Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Artigo

Artigo

Carreiras UniFTC: O que é a Medicina do Estilo de Vida?

Por Ronaldo Carneiro

Carreiras UniFTC: O que é a Medicina do Estilo de Vida?
Foto: Divulgação

Sabe-se que até 80% de todos os casos de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e diversos tipos de câncer estão relacionados a comportamentos e hábitos não saudáveis. Grande parte dos gastos públicos com saúde são destinados justamente para essas mesmas patologias. 


Há evidências científicas de que cuidados e intervenções positivas no estilo de vida de um indivíduo ou de uma população, quando utilizados como terapia de primeira linha, são eficazes não somente no âmbito da prevenção, como também para tratar e até mesmo reverter determinadas condições de saúde.


É neste cenário que desponta a Medicina do Estilo de Vida (MEV) que, segundo o American College of Lifestyle Medicine, é justamente o uso terapêutico de intervenções nos hábitos do paciente para tratar e prevenir doenças. A prática capacita médicos, nutricionistas, educadores físicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, coaches e outros profissionais da saúde para desenvolver um trabalho voltado à prevenção de doenças crônicas relacionadas ao estilo de vida, tal como ao restabelecimento da saúde em sua mais ampla concepção.


Do ponto de vista prático, na MEV, a abordagem multiprofissional e integrada ao paciente pode ocorrer tanto em ambiente hospitalar quanto ambulatorial, na medida em que haja infraestrutura e fluxos bem determinados e adequados ao atendimento dos pacientes e às peculiaridades relacionadas ao seu racional.


O principal diferencial da MEV está no fato de que, além de uma abordagem multiprofissional, o foco de sua prática está na adoção de um estilo de vida saudável e de forma sustentada, com objetivo de fazer o indivíduo e a população viverem por mais tempo e com melhor qualidade.  Neste sentido, a mudança do "foco na doença" para o "foco na relação entre os profissionais de saúde e o paciente” é a base para o sucesso do tratamento e da manutenção dos resultados.


Com base nas premissas que definem o seu escopo e nas evidências científicas que fundamentam os seus diversos pilares, é possível inferir que a consolidação das práticas relacionadas a MEV pode revolucionar o nosso sistema de saúde, resultando em custos mais baixos, melhores resultados e melhoria do bem-estar. 
 

*Ronaldo Carneiro é coordenador acadêmico do Curso de Medicina da UniFTC
 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias