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Carreiras FTC: Você já fez Networking hoje?

Por Alessandra Calheiras

Carreiras FTC: Você já fez Networking hoje?
Foto: Divulgação

Desde que fazia faculdade de Comunicação, me habituei a ouvir que, para se conseguir um estágio na área, era necessário ter um forte QI. Para quem ainda não sabe, a sigla, neste caso, não significa “Quociente de Inteligência’, mas sim “Quem Indica”, uma anedota carregada de acidez que por si só já destrata o profissional detentor de uma indicação. Neste período, ao tratar deste tema, as pessoas costumavam torcer o rosto, falar sobre o assunto à boca miúda e, usualmente, apontar [pelas costas] uma pessoa que tivesse ingressado em uma empresa mediante o tal QI. A falta de traquejo com o assunto fazia com que se pensasse que o profissional em questão não estaria ali se não tivesse sido indicado por alguém. O tempo passou, mas você acredita que ainda tem gente pensando assim?

 

Quem já foi meu aluno ou esteve presente em algum curso que ministrei sabe que, quando toco neste tema, faço questão de distinguir indicação de peixada. Chamo de “peixada” aquele tipo de situação em que o profissional é imposto hierarquicamente de cima para baixo, desrespeitando os protocolos organizacionais e a opiniões de especialistas. Já a “indicação” geralmente é feita considerando um barema (ainda que invisível) onde quase sempre está envolvida a análise de competências, reputação e confiança. Quem já esteve comigo em sala de aula também já deve ter me ouvido aconselhar que todos esqueçam o papel do inconformado e virem ativos no propósito de conquistar indicações. É simples entender o porquê.

 

Indicar e ser indicado é uma das mais relevantes ações de um bom networking. Formar e fortalecer uma rede de relacionamento pode significar ascensão na carreira, ampliação da carteira de clientes e mais negócios. E isso, se feito de forma honesta e limpa, não está errado. Pense comigo: Se surgisse uma vaga na sua equipe de trabalho e você tivesse oportunidade em decidir a contratação, quem escolheria? Se você se deparasse com a oportunidade de indicar um fornecedor para um cliente importante, quem indicaria? Posso jurar que preferiria um conhecido, mas que também morreria de medo com esta atitude. Afinal, quem indica, chancela. Por isso, é fundamental sistematizar e naturalizar a prática de fazer networking não apenas para garantir que conhece bem as suas conexões, mas especialmente que as pessoas o conhecem.

 

Comece pensando sobre o seu diferencial competitivo e se este está claro para a maior parte das pessoas que estão relacionadas a você. Saiba e reconheça quem são os elos mais fortes da sua rede e com que propósito os selecionou. Organize sua agenda de forma a possibilitar o contato sistemático ainda que não seja possível presencialmente. Gere valor ao outro. É comum observar que o valor gerado retorna para você com a mesma intensidade. Coopere, retribua, indique. Beneficiar alguém é tão bom ou melhor do que ser beneficiado.

 

* Alessandra Calheira é Líder do Setor de Carreiras da Rede FTC
 
* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias