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Carreiras FTC: Os novos profissionais de Comunicação

Por Julia Galvão

Carreiras FTC: Os novos profissionais de Comunicação
Foto: Divulgação

Se todo mercado se renova com a inclusão das tecnologias de informação, o mercado de Comunicação não só surfa a mesma onda, como também promove essa mudança. As carreiras de Jornalismo e Publicidade estão completamente adaptadas à era do compartilhamento, ao modelo renovado de comunicar: agora o consumidor também produz. Agora, não. Há alguns anos. O que, sim, agora se aprende e se ensina é a lidar com esse tipo de consumidor. Se mar calmo nunca fez bom marinheiro, pode-se dizer que, em Comunicação, formam-se os melhores, porque calmaria, aqui, não tem.

 

Esse fenômeno da “liberação do pólo emissor”, cunhado academicamente pelo Professor André Lemos, trata da facilidade com que os consumidores de notícia, agora, com seus celulares conectados à internet, também podem produzir seus conteúdos. Na Publicidade, a relação mudou também. Agora o público-alvo de determinada campanha pode participar, engajar nas redes sociais, promover suas marcas e seus ídolos com hashtags e campanhas paralelas. Da mesma forma, podem reprovar todos os esforços de comunicação de uma marca ou, por conta do excessivo compartilhamento de informação, descobrir alguma coisa que, mesmo muito longe, não converse com a atualidade.

 

 Quem não se lembra dos escândalos sucessivos sobre grandes fast-fashion valendo-se de trabalho escravo de costureiras clandestinas? Quem há de condenar a marca de cartão de crédito que suspendeu a campanha da Copa América com o jogador acusado de estupro? A verdade vem depois, mas, o quanto antes, as especulações desse tipo de caso alteram toda a rotina de uma agência, de um setor de marketing, da agenda de um RP, da redação de um jornal. Ninguém sai ileso ao fato de que, online, as notícias têm pólvora.

 

Para dar conta de tudo isso, a formação em Comunicação Social precisou se adaptar e levar para a sala de aula todas essas possibilidades. Dessa forma, o aluno que, antes, estudava teorias e práticas da produção de notícia, agora se depara com a necessidade de entender melhor o seu público e estar preparado para a interação, quase sempre inevitável. Já o estudante de Publicidade ganhou muitas outras opções de mídia e novas possibilidades de pesquisar o seu target, por exemplo.

 

A ponte entre sala de aula e ambiente externo existe e precisa estar cada vez mais preparada para entregar ao mercado profissionais completos. Somente a educação com exercício e experiência é capaz de garantir a formação de um profissional ciente de que estudar é para sempre. Principalmente num mercado em que nada é permanente.

 

*Julia Galvão é coordenadora do curso de Jornalismo na Rede FTC

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias