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Quando o segundo sol chegar. Se chegar!

Por Davidson Botelho

Quando o segundo sol chegar. Se chegar!
Foto: Divulgação

Últimos capítulos de uma das melhores dramaturgias da TV brasileira. Retratou com maestria a cultura e vida de um povo cheio de alegria, carinho dentro da alma, de uma cidade linda, cheia de contrastes, desigualdades, cantos e encantos. E as imagens? Sensacionais, Oscar de fotografia. E a trilha sonora? Mais um Oscar para a produção musical, palmas para a Rede Globo, vocês são competentes.


E por que esse segundo Sol não brilhou pra nós?

 

Quer mesmo que eu fale? Pois bem, não brilhou porque não temos a competência do elenco, dos diretores, produtores e da emissora. Não brilhou porque o turismo não é nem de longe uma prioridade para os governantes municipal e estadual.


Uma cidade que tem sua vocação única e exclusiva para o turismo (arte e cultura estão no mesmo contexto), ficamos mais de 6 meses no ar, no principal veículo do país, no horário mais nobre da TV brasileira e não fizemos nada, absolutamente nada.

 
Não houve uma chamada nos intervalos, não houve nenhuma ação pra surfar essa onda, inclusive por parte dos artistas que deveriam se unir (se é que isto é possível) e tentar resgatar a nossa música raiz que é mola propulsora do nosso turismo.


Nem o trade, nem os artistas e nem muito menos as secretarias de turismo do município e do estado fizeram absolutamente nada pra extrair desse belo Sol raios favoráveis a essa terra tão sofrida que a cada dia fecham mais hotéis, bares, restaurantes e só não fecha centro de convenções porque não temos há anos.

 
Triste Bahia, onde a única coisa que tem crescido é o atraso e as mentes dos nossos governantes ficam mais velhas numa rapidez maior que a nossa história. E antes que me digam que não tinha verba para realizar ações, peço que me economize com essa desculpa esfarrapada, bastava tirar um pouco de toda verba publicitária dizendo que tinha asfalto novo aqui, acolá, essa encosta fui eu que fiz, da guerra da paternidade do metrô e a interligação, e tantas outras campanhas rasteiras e politiqueiras que não trazem nenhum benefício a nossa cidade e seus habitantes.


Nossos gestores públicos precisam se libertar de mecanismos e pensamentos ultrapassados de gestão pública, incluso para uma boa parte o futuro será ver o segundo Sol quadrado.


Falta criatividade e vontade de realizar, sobra vaidade e desleixo com o dinheiro público.


O segundo Sol infelizmente não brilhará para nós, perdemos a oportunidade nos dada gratuitamente e nos contentamos com isso, talvez imaginando que os resultados virão por osmose. Assim como na fotossíntese, onde o processo precisa de vários elementos, no turismo é igual. A luz do Sol seria a boa vontade e a competência dos governantes, se não tem Sol a vida se torna mais difícil e vai ficar muito difícil pra sair o 3° Sol na Bahia!

 

* Davidson Botelho é empresário 

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias