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Empresa que vendeu ferries gregos funciona em salão de beleza em Portugal

Empresa que vendeu ferries gregos funciona em salão de beleza em Portugal
Foto: Paula Cosme Pinto/ Correio
A sede da empresa portuguesa Happy Frontier LDA, que vendeu dois ferry-boats gregos por R$ 55,8 milhões ao governo do estado, por meio de licitação, funciona em um salão de beleza, segundo reportagem do Correio desta terça-feira (4). A compra das embarcações já havia sido questionada pelo representante de empresas gregas que desistiram da concorrência, Marcos Espinheira, que encaminhou denúncia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Relator do processo, o conselheiro do TCE Pedro Lino afirmou , em entrevista ao Bahia Notícias, que havia “fortes indícios de crime” na aquisição dos ferries. A suspeita sobre a sede da empresa que firmou contrato com o governo baiano foi levantada inicialmente pelo professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Fernando Conceição, em seu blog. De acordo com o Correio, em novembro de 2013, quando vendeu os dois ferries, a Happyfrontier tinha como objeto o “comércio por grosso de electrodomésticos e afins, mobiliário e outros bens e equipamentos para o lar”. A empresa só mudou o objeto social e passou a vender navios a partir de abril deste ano. Na ocasião da compra, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) era chefiada pelo vice-governador, também titular da pasta, agora eleito senador, Otto Alencar (PSD). O atual titular da Seinfra, Marcus Cavalcanti, disse desconhecer que a empresa funcione em um salão de cabeleireiros, mas justificou que a legislação brasileira não obriga que o governo vá até a sede da empresa. Ele também afirma que a documentação dos navios, dos proprietários e dos procuradores foi analisada tanto pela pasta quanto pelo Ministério Público (MP), que não viram problema no fato de a Happy Frontier não ter autorização para comercializar navios à época do contrato.