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Marca Bahia Notícias

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Sem glamour, primeira edição de prêmio de música contemporânea celebra compositores

Por Ailma Teixeira

Sem glamour, primeira edição de prêmio de música contemporânea celebra compositores
Nathan Ourives e Patrick Andrews | Foto: Ailma Teixeira/ Bahia Notícias
“Um prêmio chama mais atenção e é uma oportunidade ótima para mostrar que a Bahia produz música tão diversa que muita gente nem imagina”, foi assim que o maestro da Camará, Paulo Rios, definiu a importância do I Prêmio de Música Contemporânea da Bahia, realizado na noite desta terça-feira (20), na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Rios esteve à frente do Conjunto de Câmaras da Ufba que apresentou ao público cinco das dez obras premiadas nesta primeira edição.

Sem glamour, pompas nem grande público, o clima na premiação era de pura apreciação das obras. O mestrando em composição, Tharcísio Vaz, de 28 anos, aprovou a iniciativa. “A gente é muito carente de ter iniciativas como essa, que é uma parte muito importante do nosso aprendizado como músico, como compositor”, afirma. Vaz, que também dá aulas e compõe para trilhas sonoras, acredita que a premiação abre um espaço para os compositores. “É importante ter nossas peças tocadas, ainda mais num concurso, num prêmio que incentiva a produção. Porque a gente não só tem a oportunidade de escutar o que a gente faz, mas de trazer pessoas pra conhecerem”, explica. Nessa edição, Vaz não conseguiu inscrever nenhuma obra.


Grupo Camará, regido pelo maestro Paulo Rios | Foto: Ailma Teixeira/ Bahia Notícias

O maestro, que voltou a Salvador só para a ocasião, compartilha a opinião do mestrando. “Pra mim, pessoalmente, é uma felicidade absurda porque eu tive toda a minha formação como compositor aqui. Participar de um prêmio de composição é algo maravilhoso, ver as peças dos meus colegas, dos meus amigos sendo bem trabalhadas”, comenta. Rios, hoje, vive no litoral do Piauí.
 
Com competidores e organizadores satisfeitos com a premiação, uma segunda edição do evento seria quase certa, mas é preciso financiamento do governo para se concretizar. “A gente pensou num projeto contínuo, que todo ano acontecesse, que a gente pudesse contemplar outras temáticas para formar público e a gente espera que isso aconteça”, explica Nathan Ourives, um dos organizadores da premiação. Ourives, ao lado de Patrick Andrews, pretende inscrever o projeto em editais públicos. Essa edição, sonhada pelos dois há anos, foi financiada pelo Fundo de Cultura do Estado da Bahia.