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'É possível ter problema de ereção sem afetar o desejo', diz psiquiatra em entrevista

'É possível ter problema de ereção sem afetar o desejo', diz psiquiatra em entrevista
Foto: Reprodução
Os transtornos sexuais devem ser investigados de acordo com as respostas sexuais de homens e mulheres. Esse ó ponto de vista da psiquiatra Carmita Abdo. Ela lança a edição atualizada do livro de sua autoria ‘Sexualidade Humana e seus Transtornos’. Entre as peculiaridades da publicação, o livro traz as modificações do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM 5), texto considerado a ‘bíblia da psiquiatra’ e que foi revisado no ano passado. Carmita, em entrevista ao O Globo, fala que as principais mudanças no DSM 5, tem a ver com o conceito de disfunção sexual para ambos os sexos. "Por exemplo, a disfunção sexual feminina antes dividia-se em falta de desejo, de excitação, de orgasmo, dor. Agora a dificuldade de ter desejo e excitação é considerada uma única coisa, dado que as condições raramente estão isoladas. No homem, não. A falta de desejo e excitação podem ser problemas diferentes. É possível ter problema de ereção sem afetar o desejo". Carmita ainda comenta as mudanças como forma de retirar o estigma da homossexualidade. "Houve uma tentativa de tirar o estigma destas categorias, começando pela mudança de nome. Os transgêneros — grupo que inclui travestis, drag queens, transformistas e transexuais — agora são classificados em disforias de gênero: pessoas cujo gênero de nascimento é contrário ao daquele com o qual se identificam". Outra mudança que a psiquiatra relata é referente a preferências sexuais, como fetichismo, sadomasoquismo e necrofilia. "Tudo era considerado transtorno. Hoje, o DSM 5 divide esta situação em duas categorias. Não é considerado patologia se o indivíduo não sofre com o comportamento e se há consenso do outro. Por exemplo, o sadomasoquismo pode ser ou não transtorno. Mas, por outro lado, se o parceiro não aceitar ou for forçado, continua sendo desvio. Ou seja, a pedofilia é um deles, porque se entende que a criança, mesmo consentindo, não tem capacidade para tomar a decisão", completa.