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Portadores de lúpus cobram assistência para pacientes em Salvador

Por Francis Juliano

Portadores de lúpus cobram assistência para pacientes em Salvador
Foto: Divulgação
Uma audiência pública está marcada para a próxima quinta-feira (8) no auditório da Câmara Municipal de Salvador para cobrar estrutura de atendimento para portadores de lúpus da cidade. De diagnóstico difícil, a doença está enquadrada nas enfermidades autoimunes, caracterizadas pela produção de anticorpos que agem contra o próprio organismo. No lúpus, o sistema imunológico que tem por missão proteger, se transforma em inimigo. Coração, pele, articulações, fígado, pulmão, cérebro e rins são afetados, o que faz o paciente (90% de mulheres) precisar de médicos de variadas especialidades. Segundo a presidente da Lúpicos Organizados da Bahia (Loba), Jacira de Souza Conceição, a assistência às pessoas com lúpus vai de mal a pior em Salvador, como também no estado. “A prefeitura demora muito para cadastrar e oferecer auxílio e no interior não existe atendimento porque todas as pessoas com lúpus vêm para cá. Até gente de Sergipe com lúpus aparece por aqui”, afirmou Jacira em entrevista ao Bahia Notícias. Dados de 2006 da associação apontavam mais de 4 mil pessoas na capital com o problema. No estado, não existe números oficiais do contingente afetado. Em Salvador três locais oferecem o serviço: o hospital da Escola Bahiana de Medicina, em Brotas, atende só nas segundas (à tarde); Hospital das Clínicas da UFBA, no Canela, com o serviço duas vezes na semana; e no Hospital das Obras Sociais Irmã Dulce, no Largo de Roma, com atendimento três vezes na semana (quarta pela manhã e terça e quinta pela tarde). Todos eles com demanda alta, segundo Jacira. Na sessão com os vereadores, a entidade reforçará a cobrança de benefícios para os pacientes na aposentadoria, além de pensão e passe livre.
 

Astrid foi diagnosticada com lúpus no início de 2012
 
Apesar de ficar mais conhecido na mídia pelos casos de famosos como o cantor Michael Jackson e a apresentadora Astrid Fontenelle, o infortúnio acomete em sua maioria a população carente.“Quem sofre com o lúpus tem de se locomover regularmente para tratamento médico e nós sabemos que a maioria dos pacientes é pobre ”, relatou a aposentada, com 55 anos e desde os 15 portadora de lúpus. Pacientes com a doença não podem ficar expostos ao sol e precisam usar protetor solar durante o dia e a noite. Lugares fechados com aglomeração também devem ser evitados para preservar os doentes de possíveis infecções. A audiência, de autoria da vereadora Aladilce (PC do B), ocorre as 9h da manhã e terá a participação de entidades como o Ministério Público da Bahia (MP-BA), além de representantes da prefeitura e do Estado.