Médicos param Avenida Tancredo Neves contra medidas do governo federal

Um grupo de médicos e estudantes de Medicina fez uma caminhada, no fim da tarde desta terça-feira (23), da Avenida ACM até a Tancredo Neves, para protestar contra as recentes medidas anunciadas pelo governo federal que afetam a classe. Com jalecos e roupas brancas, os manifestantes ecoaram o grito “Ei, Dilma, vai tratar do SUS” e portavam faixas com críticas ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e às condições de trabalho do Sistema Único de Saúde. De acordo com o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, a medida “não resolve” o problema da falta de profissionais nas cidades do interior e periferias, porque o que afastaria os médicos do atendimento nos locais seria a estrutura precária oferecida pela rede pública. “Eles não se sentem seguros para atuar. Além disso, falta a implementação da carreira de Estado para a categoria, assim como já existe para juízes e advogados”, critica. Ele também classifica o aumento de dois anos no curso e o “serviço obrigatório” dos estudantes no SUS como uma “violência” e acredita que irá prejudicar o período de residência, necessário para a formação médica. O sindicalista avalia que o veto parcial do Ato Médico criará um "problema para a população", ao permitir que outros profissionais também possam diagnosticar doenças. Segundo o representante sindical, a categoria planeja uma nova manifestação, com paralisação de 24h, na próxima terça-feira (30). Antes da caminhada desta terça (30), os médicos realizaram uma feira de saúde, com atendimento gratuito à população, na praça em frente ao Shopping Iguatemi.