MP-BA investiga irregularidades no Couto Maia; Sesab admite problemas 'crônicos’

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) investiga irregularidades no Hospital Couto Maia. A maioria dos problemas apontados pelo órgão são problemas estruturais. A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) explicou que alguns problemas da unidade, principalmente os da estrutura física, “são crônicos” e sugeriu que a maior parte das questões está ligada ao fato de que o hospital tem 163 anos. Dentre os problemas listados pelo MP-BA estão fiações velhas e amontoadas, que sugerem risco de incêndio; a precariedade da cobertura dos corredores externos que interligam os prédios do hospital; a localização do ambulatório, que fica “imediatamente depois do necrotério”; problemas de higiene que podem iniciar “irreparável” risco de infecção, como cadeiras de rodas e banheiros sujos; a ausência de manutenção em materiais e equipamentos; a falta de medicamentos como Heparina, Azitromicina, Dipirona e Meropenem, além de curativos; ausência de kits para realização de exames laboratoriais de ureia e creatinina; e lâminas laringoscópicas velhas e deterioradas. A Sesab destacou que providências estão sendo tomadas pela diretoria do hospital. “Uma grande obra de reforma da unidade foi iniciada em abril de 2016, na qual foi trocada toda a rede elétrica, substituído o telhado e iniciada a pintura de um dos Pavilhões”, afirmou a Secretaria. Com relação aos medicamentos, a Sesab afirmou que a unidade “dispõe de estoque dos principais utilizados na unidade”. O hospital, que é o único especializado no tratamento do tétano, apresenta ainda mesas e macas enferrujadas. A Secretaria confirmou a informação e alegou que “isto fez parte de um processo redirecionamento de verbas de custeio, o que fez com que a direção optasse por empregá-la no que era essencial à atenção ao paciente, como a manutenção de equipamentos médico hospitalares”. O Couto Maia também é o único especializado em meningite e leptospirose do Estado.