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Pesquisa conclui que ação humana amplia incidência de vírus que causa síndrome mortal

Pesquisa conclui que ação humana amplia incidência de vírus que causa síndrome mortal
Foto: Erica Carmo
Causador de uma síndrome pulmonar mortal, o hantavírus pode estar em processo de disseminação devido a fatores sociais, ecológicos e climáticos. As evidências foram identificadas por uma pesquisa coordenada por Jean Paul Metzger, professor titular do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. "Queríamos identificar quais variáveis socioambientais estão relacionadas com a doença e tentar estabelecer quais seriam as condições de risco de infecção", afirmou Metzger à Agência Fapesp. Até o momento, foram identificadas oito variantes de hantavírus no Brasil. Oito também é o número de espécies de roedores que são reservatórios naturais do vírus no país. Três dessas espécies são responsáveis pelo maior número de casos: o rato do rabo peludo (Necromys lasiurus) na região de Cerrado no nordeste de São Paulo; o ratinho do arroz (Oligoryzomys nigripes) na Mata Atlântica paulista; e o rato da mata (Akodon montensis) no Paraná. “O estudo consistiu em quantificar as associações entre a incidência da síndrome pulmonar hantavírus em São Paulo entre 1993 e 2012 com variáveis climáticas (precipitação anual, temperatura média anual), com a estrutura da paisagem (proporção de cobertura florestal nativa, número de fragmentos florestais, proporção de área plantada com cana-de-açúcar) e com fatores sociais, como o Índice de Desenvolvimento Humano de cada cidade e o total de homens trabalhadores rurais com mais de 14 anos", explicou o pesquisador. Um resultado importante do estudo é que a extensão das plantações de cana-de-açúcar se mostrou o mais importante fator para estimar a infecção por hantavírus, e que essa relação se observa tanto no Cerrado como na Mata Atlântica. Do ponto de vista ecológico, os pesquisadores apontam que o aumento no número de casos pode ocorrer em função do desmatamento e da expansão dessa cultura.