Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/
Saúde

Notícia

Trânsito continua sendo a principal causa de morte acidental de crianças no Brasil

Por Júlia Vigné

Trânsito continua sendo a principal causa de morte acidental de crianças no Brasil
Foto: Detran/ AnPr
Uma análise realizada pela Organização Não Governamental (ONG) Criança Segura aponta que a principal causa de morte acidental de crianças entre zero a 14 anos no Brasil continua sendo o trânsito. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), acidentes de trânsito matam 1,3 milhões de pessoas anualmente. A Semana Nacional de Trânsito é comemorada entre os dias 18 a 25 de setembro. A coordenadora nacional da Criança Segura, Gabriela Guida de Freitas, afirmou que o uso de cadeirinha do carro e capacete apropriados podem salvar as crianças em alguns casos. “Além disso, é importante que a gente não deixe a criança andar sozinha antes dos dez anos e, mesmo depois dos dez, só deixar andar depois de ensinar as regras do trânsito, a só atravessar na faixa e cuidados necessários”, declarou. Uma Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) 277/2008, que passou a vigorar em setembro de 2010, conhecida como “lei da cadeirinha”, estabelece que menores de 10 anos devem ser transportadas nos bancos traseiros com cinto de segurança ou sistema de retenção equivalente. A medida só não é válida em coletivos, transporte de aluguel, táxis, e aqueles cujo Peso Bruto Total seja superior a 3,5 toneladas. Mesmo com a medida, o número de meninos e meninas que são transportadas em carro ainda é alto (34%), e o fato ocorre provavelmente por conta da falta de uso da cadeirinha. De acordo com a Criança Segura, estudos demonstram que as cadeirinhas, quando instaladas corretamente, reduzem em até 71% os riscos de morte em acidentes. O número de crianças que estavam em motocicletas também chama bastante atenção. A legislação brasileira estabelece que a partir dos sete anos, a criança já pode ser passageira de motocicleta, entretanto o que é visto, principalmente em cidades menores, são menores do que essa idade sendo transportadas.
A coordenadora ainda explicou que há uma diferença entre o número de mortes de meninos e meninas. “Não existe nada genético que diga que o menino é mais bagunceiro e a menina é mais tranquila. Isso tem a ver com o jeito que a gente cria e com os estímulos que a gente dá. Ainda existe uma tendência de proteger mais a menina e incentivar o menino a fazer coisas radicais. Então pode ter relação com isso. Ainda mais porque até um ano as taxas são muito parecidas”, afirmou. O mesmo relatório afirma que 90% dos acidentes entre 2001 e 2014 poderiam ser evitados. Gabriela Guida de Freitas ainda disse que as principais medidas que podem ser tomadas se englobam em três ações principais: comportamento, supervisão e adaptação do ambiente, já que grande parte dos acidentes acontecem em ambiente doméstico. “Existem algumas medidas pequenas, mas que podem evitar acidentes ou até mesmo o óbito da criança como supervisionar melhor a criança, colocar uma tela na janela, um portão na escada, uma grade cercando a piscina, ou até mesmo um protetor de tomada”, explicou Gabriela. Quando perguntada sobre as crianças maiores, a coordenadora ressaltou a importância de informar sobre o trânsito, uma vez que elas saem mais de casa sozinhas. “Temos que conscientizá-las sobre os riscos, ensinar os sinais de trânsito; com relação ao afogamento, devemos ensinar a não entrar no mar quando há sinalização de perigo e a ver quando está muito forte”, finalizou. Confira o levantamento completo: