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Imagens inéditas mostram gravidade da lesão causada pelo vírus zika no crânio de um bebê

Imagens inéditas mostram gravidade da lesão causada pelo vírus zika no crânio de um bebê
Foto: Sumaia Villela/ Agência Brasil
A revista científica Neurology, da Academia Americana de Neurologia trouxe, como capa, imagens tridimensionais inéditas da gravidade da lesão encontrada no crânio de um bebê com microcefalia. A mãe do bebê que teve seu cérebro utilizado foi exposta ao vírus zika no primeiro trimestre de gestação. De acordo com a Agência Fiocruz de Notícias, as imagens fazem parte do artigo “Cranial bone collapse in microcephalic infants prenatally exposed to zika virus infection” (Colapso dos ossos cranianos em bebês com microcefalia expostos à infecção pelo vírus zika na gestação) e fazem parte do trabalho do Instituto Fernandes Figueira (IFF). A unidade é especializada na assistência a gestações de alta complexidade e na atenção a crianças com doenças crônicas. E, desta forma, acompanha as consequências da infecção pelo zika em gestantes e o nascimento de crianças com anomalias, em especial a microcefalia. A Agência Fiocruz de Notícias divulgou que a equipe se surpreendeu ao comparar os achados radiológicos das crianças que têm microcefalia por conta do vírus zika com as que possuíam a doença por fatores genéticos ou por infecção congênitas. “Com as imagens tridimensionais realizadas no IFF, nós conseguimos visualizar todos os aspectos da calota craniana. Nessas imagens, temos as dimensões reais. Como estamos diante de uma situação nova, o que nos chamou atenção foi o grau de deformidade do crânio”, afirmou a médica radiologista responsável pela realização dos exames e das imagens publicadas, Márcia Boechat. Ela destacou que o tecido cerebral foi afetado no que diz respeito ao arcabouço ósseo. “É como se acontecesse o colapso da calota craniana, secundariamente a destruição do cérebro que estava em desenvolvimento. Com isso, os ossos superiores foram rebaixados. Clinicamente, é possível palpar uma espécie de bico tanto atrás, na região occipital, quanto nas laterais da cabeça dos bebês”. Tânia Saad, neurologista infantil do Instituto, afirmou que a deformidade por conta do vírus afeta diretamente os neurônios. “Por conta da desaceleração do crescimento cerebral, alguns neurônios acabam perdendo as suas funções, o que prejudica diretamente a capacidade de aprendizagem dessas crianças. Contudo, dependendo da localização no cérebro onde há lesões e do grau de sua extensão, os bebês podem apresentar problemas de visão, surdez, dificuldade para deglutir a própria saliva, convulsões, entre outros sintomas”, afirmou.