Distribuição de droga que supostamente cura câncer é ilegal, afirma Anvisa
Cápsula semelhante à fosfoetanolamina sintética | Foto: iStock
A distribuição da substância fosfoetanolamina, propalada como a “cura do câncer”, à população pela Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos (SP) é ilegal, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A droga, utilizada por muitos como tábua de salvação na tentativa de conseguir a cura para a doença, não tem eficácia comprovada cientificamente. De acordo com o UOL, a substância não pode ser considerada medicamento pelo fato de não ter sido testada oficialmente em humanos, algo essencial para comprovação de sua eficiência, segurança e de que não possui efeitos colaterais. As pesquisas documentadas foram feitas com animais e células humanas in vitro, mas ainda são necessárias várias etapas de estudo para comprovar sua função efetiva no tratamento do câncer. Sem um estudo oficial registrado pela Anvisa, a entrega de cápsulas contendo a substância para fins medicinais viola a lei 6.360/76, segundo o órgão. A lei impede entrega, venda e industrialização de medicamentos, drogas, entre outras substâncias, sem o registro da agência. "A comercialização, bem como a exposição do produto fosfoetanolamina, estaria em desacordo ao que prevê a Lei nº. 6.360/76, que em seu artigo 12 dispõe: ‘...nenhum dos produtos de que trata esta Lei, inclusive os importados, poderá ser industrializado, exposto à venda ou entregue ao consumo antes de registrado...", citou a Anvisa em nota técnica enviada à publicação.