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Mais de 60% das escovas de dente são contaminadas no banheiro, diz estudo

Mais de 60% das escovas de dente são contaminadas no banheiro, diz estudo
Foto: Reprodução
Um estudo apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Microbiologia, em Nova Orleans, nos Estados Unidos, revelou que mais de 60% das escovas de dente analisadas em moradias de estudantes estavam contaminadas por coliformes fecais encontrados em banheiros. A pesquisa vai ainda mais adiante: há chance de que 80% dessa contaminação ter se dado enquanto outras pessoas usavam o cômodo. “O problema mais grave é quando o material fecal encontrado na escova não pertence ao usuário, já que contém bactérias, vírus e parasitas que não fazem parte da sua flora normal”, afirma a pesquisadora Lauren Aber. O estudo revela também que, resistentes, as bactérias sobrevivem a qualquer método que o usuário utilize para limpar as escovas, seja água quente ou produtos de enxágue bucal. Entretanto, quem pensa que suas escovas estão imunes à contaminação pelo uso do porta-escova está enganado. Eles são mais perigosos do que se imagina. “O uso de porta-escova de dentes com tampa não impede o crescimento de bactérias. Ao contrário, acaba fornecendo um ambiente mais propício ainda para que elas se desenvolvam, já que vão ter calor e umidade. O ideal é lavar bem a escova depois de usar e deixar ela secar sem tampas”, explica Lauren. Segundo Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), muita gente nem percebe quando a escova ficou com pasta de dente ou resto de alimento entre suas cerdas, mas é fundamental garantir que isso não aconteça.  “É preciso prestar atenção ao sangramento que ocorre durante a escovação, porque é comum ficar depositado na escova, sendo uma fonte de proliferação. Além disso, também é importante evitar que as escovas da família entrem em contato umas com as outras, já que pode haver uma contaminação cruzada”, afirma Cerri. O especialista chama atenção também que as escovas devem ser posicionadas a pelo menos um metro do vaso sanitário, evitando o chamado “efeito aerossol” a cada descarga. Também deve ficar longe o suficiente da pia para evitar respingos enquanto outros membros da família lavam as mãos. “Por fim, é importante perceber quando está na hora de substituir a escova de dentes. Geralmente isso acontece depois de três meses de uso, mas pode ocorrer antes disso, especialmente se as cerdas estiverem desgastadas, abertas ou desalinhadas, ou se a pessoa acabou de se curar de uma infecção ou gripe forte. Nesse caso, a troca deve acontecer antes”, explicou.