No Dia Internacional da Felicidade, psicólogos discutem: o que faz uma pessoa feliz?
Por Renata Farias | Bruno Luiz
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Criado pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) em 2012, o Dia Internacional da Felicidade será comemorado nesta sexta-feira (20). De acordo com a resolução estabelecida pela organização, “a busca pela felicidade é um objetivo humano fundamental". Especialistas em estudo da felicidade ouvidas pelo Bahia Notícias concordam com a opinião da ONU. Angelita Scardua, psicóloga especializada em estudos sobre a experiência da felicidade, explica qual o conceito deste estado no campo da psicologia. “A felicidade hoje é entendida como sendo um estado afetivo que corresponde à aceitação emocional da vida como ela é. Ela tem muito a ver com o estado mental e a capacidade de encarar a vida de uma forma geral, com todas as dificuldades, de forma positiva”, esclarece. Para Isaura Moura, psicóloga e integrante da ONG Ministério Compaixão, instituição da Casa de Oração Mundial que possui projetos de assistência social, este conceito, no entanto, é deturpado pela sociedade. “O que tem acontecido com muita frequência é a conceituação disfuncional do que é felicidade. Muitas vezes as pessoas acham que felicidade é estar bem o tempo todo, sorrindo”, afirma. Isaura ainda complementa: “Passar por um momento de tristeza pede que a gente se sinta mal, mas não significa que não sejamos felizes. O problema maior é todo esse conceito em torno da felicidade”. Segundo Angelita, alegria e felicidade não possuem os mesmos conceitos, e a sociedade costuma confundi-los. “Alegria é uma emoção, precisa de algo para provocá-la e é de curta duração. A felicidade é muito mais um estado mental, independe de um estímulo externo. Uma pessoa feliz pode atravessar um momento extremamente difícil na vida, mas ela continua sendo feliz, só não está alegre”, esclarece.
Para a psicóloga Angelita Scardua, felicidade "tem muito a ver com o estado mental e a capacidade de encarar a vida"
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