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Ebola: Sobreviventes ignoram estigma e ajudam no combatem à doença na África

Ebola: Sobreviventes ignoram estigma e ajudam no combatem à doença na África
Foto: Michelle Nichols/Reuters
Pessoas que sobreviveram ao ebola agora têm outra luta para encampar: enfrentar o estigma imposto para quem se curou, mas ainda é visto com desconfiança pela população. É o caso da professora de ensino médio Fanta Oulen Camara. Em março, ela passou duas semanas em luta contra o vírus, mas os dias mais difíceis vieram quando Fanta se curou da doença e voltou para casa, em Guiné. “A maioria dos meus amigos parou de me visitar. Eles não falam comigo, eles me evitam”, disse a professora, de 24 anos. “Eu não tinha mais permissão para dar aula." Até o momento, o vírus já vitimou quase cinco mil pessoas. Para fazer frente à estigmatização, sobreviventes do ebola, como Fanta, se filaram a uma associação em Guiné que dá assistência a pessoas que se recuperaram. A entidade ainda incentiva os sobreviventes a ajudar a combater a doença. Acredita-se que sobreviventes tenham imunidade ao ebola graças devido a anticorpos que são incorporados ao sangue, o que os torna uma arma poderosa na luta contra o vírus. No ebola, o vírus se propaga por fluídos corporais das vítimas, que sangram, vomitam e sofrem de diarreia no estágio final da doença. Os pacientes são atendidos por profissionais que têm de usar equipamento protetor para evitar contágio, mas os sobreviventes não precisam passar por isso. Fanta mesmo, que perdeu seis familiares para o ebola, trabalha com a ONG Médicos Sem Fronteiras em uma clínica na capital de Guiné, Conacri. O trabalho de sobreviventes também já é realidade na Libéria e em Serra Leoa. Eles têm ajudado nas unidades de tratamento para cuidar de crianças órfãs e para fornecer conselhos às vítimas, em uma tentativa de combater o tabu que cerca a doença. O sangue dos sobreviventes também pode ser utilizado como soro para tratar a doença. Na Libéria, há planos para armazenar o sangue de sobreviventes e a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o tratamento pode começar já em dezembro. Informações da Reuters.