Estudo indica que crianças nascidas a partir de embriões congelados podem ser mais sociáveis e independentes

Uma recente pesquisa chinesa, apresentada na reunião anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva apresenta um dado inovador e importante para medicina de fertilização: crianças geradas a partir de embriões congelados se tornam pessoas mais sociáveis, comunicativas e independentes quando comparadas àquelas nascidas naturalmente ou a partir de outros tratamentos de fertilização. Para a realização do estudo os pesquisadores acompanharam 250 crianças desde o momento em que nasceram até o berçário, analisando as suas reações psicológicas e comportamento. O grupo avaliou a dependência e habilidades de comunicação de cada criança. Lan Feng Xing, um dos pesquisadores, disse que a pesquisa é importante para desmitificar a ideia de que crianças nascidas de embriões congelados apresentam maior dificuldade de desenvolvimento. As crianças nascidas de embriões congelados tiveram uma pontuação maior na avaliação de habilidades sociais, atingindo uma nota de 10,2, mais de um ponto a mais do que as crianças nascidas de fertilização in vitro, que conseguiram uma média de 9,1, Para chegar a esses números, foram respeitadas a métrica Weshler Intelligence Scale for Children. Os cientistas explicam esses resultados argumentando que, normalmente, os embriões selecionados para o congelamento podem ser de ‘melhor qualidade’, e, além disso, normalmente as crianças que nascem dessa forma têm mais pais velhos e mais dispostos a dar atenção e carinho aos filhos, o que explicaria a maior facilidade de comunicação.