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Exercito da Itália vai plantar maconha para fins terapêuticos

Exercito da Itália vai plantar maconha para fins terapêuticos
Foto: Reprodução
Os ministérios italianos da Defesa e da Saúde assinaram nesta semana um protocolo de cooperação para que unidade do Exército do país cultive plantas de maconha a serem usadas para fins medicinais no país. O documento prevê o cultivo de cannabis pelo instituto farmacêutico militar na cidade de Florença que normalmente produz medicamentos para uso exclusivo dos militares. A produção de maconha será voltada exclusivamente para fins terapêuticos e deverá substituir o produto importado, que é mais caro. "Até agora, importamos cannabis para uso medicinal a 15 euros por grama. Agora o custo deverá cair pela metade", disse a ministra da saúde, Beatrice Lorenzin. Medicamentos à base de cannabis já são fornecidos gratuitamente em 11 das 20 regiões administrativas italianas, mas seu uso é monitorado. Só pacientes registrados recebem os remédios. Estima-se que cerca de 600 mil italianos participem deste programa. Os primeiros remédios feitos com base na maconha italiana deverão chegar às farmácias do país em meados do ano que vem. O instituto de Florença foi escolhido por ter a capacidade de produzir e manipular a planta. A maconha deverá ser usada para aliviar a dor de pacientes que fazem quimioterapia ou no tratamento paliativo dos sintomas de males como a esclerose múltipla. Recentemente um estudo realizado em Israel revelou que a maconha ajuda a combater efeitos do estresse pós-traumáticos, sendo que cerca de 9% da população do país sofre com o transtorno por estresse pós-traumático, uma porcentagem que cresce vertiginosamente entre soldados, prisioneiros de guerra, vítimas de ataques e civis que vivem em zonas fronteiriças frequentemente afetadas pela guerra. A medida não tem nada a ver com uma liberalização da maconha no país, segundo destacou Lorenzin, que é contra o uso indiscriminado da droga. Em fevereiro deste ano, o Tribunal Constitucional da Itália anulou uma lei de 2006 que impunha duras penas à posse, venda e cultivo de maconha, equiparando-as às de drogas mais pesadas.