Prevenção e valorização de técnico são melhores formas de evitar acidentes do trabalho
Por Joaquim Castro
Foto: Reprodução
No próximo domingo, 27 de julho, é comemorado o Dia Mundial de Prevenção de Acidentes do Trabalho. A data tornou-se oficial no país em 1972, quando foi instituído o Plano Nacional de Valorização do Trabalhador, que tornou obrigatória a existência de um serviço de segurança e medicina do trabalho em empresas com mais de 100 funcionários. Segundo a médica do trabalho Maria Betânia Senna, para se obter êxito na prevenção, e até na anulação dos acidentes do trabalho, é preciso que tanto as empresas quanto os empregados tenham a consciência de que é importante tomar medidas preventivas. Ela destaca que é dever do profissional conhecer o local de trabalho, e que as empresas precisam fornecer informações, com sinalizações e placas, além de fornecer os EPI’s (equipamentos de proteção) para seus funcionários. “Em um local de trabalho úmido, o profissional precisará de sapatos especiais, com sola antiderrapante, e a empresa tem que fornecer esse material. Mas o funcionário também deve colaborar. Não iria adiantar nada se, por exemplo, a empresa fornecer fones de ouvido para proteção e o trabalhador apenas pendurar no pescoço”, explica Maria. “A empresa e os funcionários devem se atentar também para a prevenção da área biológica do local de trabalho e com a própria saúde”, completa. Sobre os altos números de acidentes de trabalho na Bahia, que lidera essa estatística no nordeste, a médica destaca que as empresas do estado precisam investir mais em programas de prevenção aos acidentes e valorizar os técnicos em Segurança do Trabalho. “As empresas seguem apenas o que a lei determina, sem se preocuparem em avaliar essas normas à realidade quais elas se encontram. Em empresas que possuem um alto nível de valorização desses técnicos, ao avaliar uma situação de risco na atividade dos trabalhadores, eles têm o poder de parar com o serviço até que seja corrigida a situação e o risco seja eliminado”, afirma.
Para a médica do trabalho Maria Senna, as empresas seguem a lei, mas não se adequam às suas realidades. Foto: Arquivo pessoal