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Consumo de bebida mística do Santo Daime cresce em cidades dos Estados Unidos

Consumo de bebida mística do Santo Daime cresce em cidades dos Estados Unidos
Chá da ayahuasca/Foto: Reprodução
O interesse pela ayahuasca nos Estados Unidos pode ser medido pelo número de sites na internet, livros e conferências sobre os benefícios do chá. A bebida é feita com a mistura de duas plantas amazônicas, uma delas um cipó e uma folha do arbusto Psychotria viridis (chacrona ou rainha) que contém o princípio ativo dimetiltriptamina. Juntas, as duas plantas contêm DMT e inibidores da monoamina oxidase, que promovem visões psicodélicas e euforia. No país, pesquisadores estudam se a ayahuasca pode ser usada para ajudar pessoas a se libertarem da dependência de substâncias, desde cigarros e álcool até metanfetaminas. A ibogaína (substância derivada da casca de uma árvore africana, com propriedades psicoativas e proibida nos Estados Unidos), é usada em outros países, entre eles Canadá, México e Nova Zelândia, para combater a dependência de heroína. "Trata-se de um composto fascinante. Há muito a ser aprendido com seus efeitos", disse o psiquiatra Charles Grob, do Centro Médico Harbor-U.C.L.A ao New York Times. Ele ajudou um estudo realizado no Brasil na década de 1990 que vinculou transformações positivas entre dependentes de álcool e drogas com o uso da ayahuasca. No entanto, o médico ainda é reticente quantos aos possíveis riscos que o consumo do chá pode produzir. "Quando é usada com antidepressivos, gera um excesso de serotonina no sistema nervoso central, podendo provocar confusão e tremores", disse. "E pode afetar a função cardiovascular de pessoas que já têm problemas cardíacos." Também há riscos de efeitos adversos entre pessoas com problemas psicológicos como bipolaridade ou esquizofrenia. Mas Grob não vê problema quando a bebida é ingerida de forma orientada. "Tudo depende da preparação e do ambiente", afirma. "Se o indivíduo está preparado, tendo seguido as restrições médicas e alimentares prévias, e tem a experiência com a ajuda de um facilitador informado sobre a ayahuasca, como um xamã tradicional, ela é relativamente segura", completou.