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Entrevista

Médico baiano é integrante da pesquisa que usa técnica de edição de genes no combate a anemia falciforme

Por Victor Hernandes

Médico baiano é integrante da pesquisa que usa técnica de edição de genes no combate a anemia falciforme
Foto: Glenn Ramit / Innovative Genomics Institute

O baiano Bruno Solano, médico pesquisador da Fiocruz e especialista em terapia celular, é um dos integrantes de um estudo que busca  alternativas mais eficientes para reduzir custos de um tratamento para pacientes que sofrem com doenças de falciformes no mundo. Trata-se da técnica de edição de genes CRISPR para atacar doenças como a anemia falciforme, condição genética e hereditária que traz complicações graves, com prevalência na população negra. 

 

 

O CRISPR é uma ferramenta que permite editar com precisão o DNA de microorganismos, plantas e animais e fez com que à Jennifer Doudna e Emmanuelle Charpentier fossem vencedoras do Nobel de Química em 2020. 

 

O pesquisador baiano participa à frente do trabalho em um laboratório no IGI (Innovative Genomics Institute), nos Estados Unidos, fundado pela ganhadora do Prêmio Nobel de Química em 2020 Jennifer Doudna. Atualmente, os custos podem chegar a US$ 2 milhões por paciente.

 

Segundo o especialista, a pesquisa apresentou “resultados muito encorajadores” no combate a condição genética e hereditária, que atinge de 60 a 100 mil pessoas no Brasil. No Distrito Federal, Minas Gerais e Bahia (um caso a cada 650 nascidos vivos) como locais com alta incidência. 


 

“Essa tecnologia nova que a gente chama de CRISPR é um método novo que a gente consegue ir no ponto específico do DNA e fazer alterações e correções  de mutações e isso tem uma implicação direta em doenças genéticas como o caso da anemia falciforme. É uma técnica que está completando dez anos agora e a gente tem uma série de evoluções para que essa tecnologia seja aplicada a tratamento de doenças humanas como a anemia falciforme”, disse. 

 

 

“Aqui nos Estados Unidos já têm estudos avançados com o tratamento de mais de 70 pacientes com essa doença, com resultados muito encorajadores em termos de segurança do procedimento e da eficácia também no controle dos sintomas e em alguns casos até em cura funcional. Então são muito animadores os resultados, então nos próximos meses vamos ver uma aprovação da agência americana para comercialização”, explicou.   

 

Confira entrevista completa: