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Podcast Bengalas estreia 4ª temporada com episódio sobre idosos LGBTQIAPN+ e os desafios do cuidado familiar

Podcast Bengalas estreia 4ª temporada com episódio sobre idosos LGBTQIAPN+ e os desafios do cuidado familiar
Fotos: Divulgação
Nesta quarta-feira (4), às 15h, estreia a quarta temporada do Podcast Bengalas, um projeto que há dois anos vem acolhendo e instrumentalizando filhos e filhas que cuidam de pais idosos: a chamada geração sanduíche.

Podcast Bengalas lança quarta temporada e celebra dois anos de acolhimento à geração sanduíche

Podcast Bengalas lança quarta temporada e celebra dois anos de acolhimento à geração sanduíche
Fotos: Divulgação
A Comunidade Bengalas de Apoio a Filhos de Pais Idosos, criada com o objetivo de acolher e instrumentalizar cuidadores parentais de idosos longevos, completa dois anos em setembro e inicia a quarta temporada do Podcast Bengalas, em parceria com o site Bahia Notícias. O projeto nasceu com um grupo de amigas trocando experiências sobre os desafios do cuidado com os pais e, desde então, ganhou corpo, força e transformou a forma como muitas pessoas lidam com o envelhecimento e o cuidado.

Especialistas apontam causas e riscos da adultização precoce de crianças no Brasil

Especialistas apontam causas e riscos da adultização precoce de crianças no Brasil
Foto: Imagem Ilustrativa. Bruno Peres/Agência Brasil
A adultização, termo recém utilizado e debatido no Brasil, virou tema de debate entre especialistas na área de saúde, durante o podcast Saúde360, do Bahia Notícias, nesta terça-feira (26). Em entrevista ao programa, a psicóloga Ana Paula Pitiá e a ginecologista Patrícia Almeida, discorreram acerca do tema que trata sobre exposição de crianças e adolescentes a comportamentos, conteúdos e responsabilidades direcionadas a adultos, antes do momento adequado para a idade. 

Artigos

Movimento “Anti-Sunscreen” nas redes sociais preocupa especialistas e acende alerta sobre risco de câncer de pele
Foto: Divulgação

Um movimento crescente nas redes sociais, conhecido como “Anti-Sunscreen”, tem despertado preocupação entre médicos e pesquisadores da área da saúde. A tendência, impulsionada por alguns influenciadores digitais, questiona a segurança dos filtros solares e defende o abandono do produto. Especialistas alertam, no entanto, que a desinformação em torno do tema pode comprometer décadas de avanços na prevenção do câncer de pele e no combate ao envelhecimento precoce.


Os perfis que aderem ao discurso “anti-protetor solar” alegam que alguns componentes químicos presentes nos produtos causariam irritações ou danos à saúde. Em decorrência disso, muitos usuários têm recorrido a alternativas sem comprovação científica, como receitas caseiras, filtros minerais de eficácia duvidosa ou até mesmo a completa suspensão do uso.

 

Essas práticas colocam em risco a saúde da população, já que não garantem a proteção necessária contra os raios ultravioleta (UV). A exposição desprotegida pode provocar desde queimaduras até mutações no DNA das células, desencadeando o desenvolvimento de diferentes tipos de câncer de pele.

 

Toda substância química tem potencial de causar alergias. Algumas já foram banidas e outras serão substituídas ao longo do tempo, mas isso não elimina a importância do protetor solar. A maior causa do câncer de pele é a exposição solar sem proteção, seja em episódios de queimaduras, seja por dano cumulativo ao longo dos anos.

 

Ainda que há ampla evidência científica sobre os benefícios do protetor solar. Um exemplo vem da Austrália, país com os maiores índices de melanoma no mundo, onde campanhas nacionais exigem o uso diário do produto em escolas e ambientes externos. Essa política já mostra resultados concretos, com redução progressiva na incidência de câncer de pele.

 

Um estudo do Orlando Health Cancer Institute mostrou que um em cada sete adultos com menos de 35 anos acredita que usar protetor solar diariamente faz mais mal do que se expor ao sol sem proteção. O dado evidencia a vulnerabilidade da chamada Geração Z, altamente impactada pelo conteúdo viralizado nas redes sociais.

 

O melanoma é um câncer altamente letal, e os carcinomas geram grande morbidade. A fotoproteção é a principal medida preventiva, e os filtros solares são peça fundamental nesse processo.

 

A orientação médica segue firme: o uso regular e correto do protetor solar, aliado a chapéus, roupas adequadas, óculos escuros e à evitação da exposição solar nos horários de maior intensidade (10h às 16h), continua sendo a forma mais eficaz de preservar a saúde da pele.

 

*Laryssa Faiçal é dermatologista do Grupo de Oncologia Cutânea

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Como evitar riscos e manter resultados após as canetas emagrecedoras?
Foto: Divulgação

Para falar sobre o tratamento da obesidade e o uso das chamadas canetas para emagrecimento, antes de tudo, é necessário ter uma visão inclusiva, uma consciência de que trata-se de uma doença crônica. A obesidade aumenta significativamente o risco de desenvolver diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, apneia do sono e outras complicações graves, impactando diretamente a qualidade e a expectativa de vida do ser humano. Quando se fala dessa patologia, é fundamental encará-la com a seriedade e o respeito que a doença merece, combatendo o estigma social e as falsas promessas milagrosas. Os profissionais da área de saúde precisam estar aptos para lidar de maneira humanizada e tratar essa doença com um olhar individualizado para cada paciente.

 

As canetas emagrecedoras são medicamentos utilizados para o tratamento do Diabetes Mellitus Tipo 2 e da obesidade. Esses análogos agem nos receptores intestinais e cerebrais, sendo capazes de promover a saciedade e de retardar o esvaziamento gástrico. Com isso, o indivíduo reduz o consumo de alimentos e, consequentemente, gera um déficit calórico (redução da ingestão calórica).  Assim como qualquer medicamento, é necessário atenção para o uso indiscriminado das canetas emagrecedoras e a orientação de um médico e acompanhamento nutricional adequado. Quando aplicadas sem supervisão, podem causar perda excessiva de massa muscular e até levar a quadros de desnutrição. Em determinados casos, a suplementação individualizada também se torna necessária para garantir segurança e eficácia no tratamento.

 

Durante a utilização medicamentosa, estratégias nutricionais precisam visar déficit calórico com qualidade nutricional para garantir a ingestão adequada de vitaminas e minerais, mesmo com menor ingestão calórica. A manutenção da massa muscular é outra preocupação. Além de otimizar o emagrecimento de gordura, é preciso preservar a massa magra do paciente, que é o tecido que possibilita um metabolismo mais ativo a longo prazo. Isso deve ser feito através de um consumo proteico adequado, priorizando fontes de proteína de alta qualidade (carne, ovos, laticínios, leguminosas) para preservar essa massa magra durante o emagrecimento. A dieta precisa ser anti-inflamatória e antioxidante, ou seja, rica em cores, com uma grande variedade de frutas e vegetais. Para minimizar alterações gástricas provenientes dos sintomas causados pelos medicamentos, que, na grande maioria dos casos, incluem náuseas, vômitos e constipação, visando uma boa saúde intestinal, recomenda-se maior fracionamento das refeições e ingestão de chás terapêuticos como: camomila, espinheira-santa e passiflora e adição de fibras, como chia, linhaça e aveia ao longo das refeições.

 

O outro momento que demanda estratégias nutricionais centradas no paciente é o período pós-tratamento medicamentoso, pois, o risco de reganho de peso é significativo. Isso ocorre porque, sem estratégias adequadas, o organismo sempre vai tentar trazer de volta o maior peso que a pessoa já teve, diminuindo o metabolismo e aumentando a fome.

 

Para mitigar esse efeito, a transição pós-terapia deve ser cuidadosamente planejada, pensando nos pilares: manutenção do peso e controle da fome, manutenção do metabolismo energético, saúde intestinal e controle da ansiedade. Nesse cenário, estratégias nutricionais tornam-se fundamentais para manter os resultados conquistados. Uma das principais recomendações é o aumento do consumo de fibras distribuídas ao longo das refeições. Alimentos como chia, aveia e linhaça são boas opções, além do psyllium, que pode ser utilizado antes ou durante as principais refeições, diluído em água ou incorporado aos alimentos. Essa prática ajuda a promover sensação de plenitude gástrica, já que as fibras retardam a digestão e o esvaziamento do estômago, funcionando como alternativa natural à saciedade proporcionada pelo medicamento. 

 

Outra estratégia essencial é a prática regular da musculação, que contribui para a manutenção e o ganho de massa muscular. Esse tecido ativo é responsável por aumentar o gasto energético diário, favorecendo o equilíbrio metabólico e a manutenção do peso a longo prazo.

 

Terapias injetáveis são poderosas, mas não como soluções isoladas. Seu sucesso depende da integração com outras estratégias. Os pilares essenciais devem ser através da Nutrição e suplementação, que são fundamentais para a eficácia do tratamento e da manutenção a longo prazo. Para tanto, cada paciente deve ser olhado e tratado como único. Uma abordagem técnica e personalizada é crucial para otimizar os resultados.

 

*Mayara Cardoso é nutricionista, coordenadora e docente do curso de graduação do Centro Universitário Estácio da Bahia. É especialista em Nutrição Ortomolecular aplicada à Nutrigenética, Nutrição em Estética e Nutrição Esportiva Funcional

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Estresse crônico pode ser o gatilho silencioso para doenças autoimunes

Por Cipriano Gama

Estresse crônico pode ser o gatilho silencioso para doenças autoimunes
Foto: Divulgação

O estresse crônico, considerado por muitos apenas um "mal da vida moderna", pode estar desempenhando um papel muito mais significativo na saúde humana do que se imaginava. Pesquisas recentes têm demonstrado uma conexão cada vez mais evidente entre períodos prolongados de estresse e o desenvolvimento de doenças autoimunes, revelando um mecanismo biológico complexo que transforma pressões psicológicas em ataques do próprio sistema imunológico contra o organismo.

 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças autoimunes afetam aproximadamente 8% da população mundial, com uma incidência que tem crescido consistentemente nas últimas décadas. No Brasil, estimativas do Ministério da Saúde indicam que mais de 15 milhões de pessoas convivem com algum tipo de condição autoimune, desde artrite reumatoide até esclerose múltipla, passando por doenças raras como lúpus eritematoso sistêmico e Doença de Sjögren.

 

O estresse crônico ocasiona a perda do mecanismo de tolerância imunológica, que é a capacidade do sistema imunológico de não reagir ao seu próprio organismo. Isso ocorre, pois o estresse gera a produção de hormônios, como por exemplo a adrenalina e o cortisol, em razão da ativação do eixo cérebro – glândulas adrenais, por meio do “sistema de luta e fuga”, também chamado sistema nervoso simpático. Desta forma, a reação aguda do corpo ao estresse causa maior risco de infecções e, cronicamente, gera uma maior incidência de doenças autoimunes, cânceres e doenças cardiovasculares.

 

Estudos epidemiológicos têm documentado que eventos estressantes significativos, como perda de emprego, divórcio, morte de familiares ou traumas, frequentemente precedem o desenvolvimento de doenças como artrite reumatoide, doença de Crohn, psoríase e tireoidite de Hashimoto.

 

A Sociedade Brasileira de Reumatologia tem incorporado essas descobertas em suas diretrizes mais recentes, recomendando que a avaliação psicossocial faça parte do protocolo diagnóstico para doenças autoimunes. A abordagem integrativa, que combina tratamento farmacológico com intervenções psicológicas e mudanças no estilo de vida, tem demonstrado resultados superiores em termos de qualidade de vida e controle da progressão da doença.

 

A relação estresse-autoimunidade também apresenta aspectos esperançosos. Se o estresse pode desencadear essas condições, sua gestão adequada pode preveni-las ou amenizar seus efeitos. Estudos apontam que as terapias “mente-corpo”, como por exemplo: Yoga, “mindfulness”, meditação e Tai-Chi, em pacientes com artrite reumatoide e outras doenças autoimunes em uso regular das medicações, demonstraram melhora na qualidade de vida, menos dor, fadiga e depressão.

 

Para a população geral, o especialista recomenda estratégias proativas de gestão do estresse: exercícios físicos regulares, pausas durante o dia para realizar técnicas de respiração e alongamentos, manutenção de vínculos sociais saudáveis, uso moderado de telas, sono adequado e, quando necessário, acompanhamento psicológico. O reconhecimento precoce dos sinais de estresse crônico - como fadiga persistente, alterações do sono, irritabilidade constante e sintomas físicos inexplicados - pode ser decisivo na prevenção de complicações autoimunes.

 

*Cipriano Gama é especialista em reumatologia na Clínica IBIS Imunoterapia, pertencente ao Grupo CITA | CRM: 30335-BA RQE Nº: 21627

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Medicina do esporte: Como Cristiano Ronaldo, Anderson Silva e Minotauro trataram lesões sem cirurgia

A medicina regenerativa tem ganhado destaque nos últimos anos, especialmente no esporte de alto rendimento. Com impacto direto na performance e na longevidade dos atletas, a busca por tratamentos menos invasivos e mais eficazes tem impulsionado avanços importantes na medicina esportiva. Entre as abordagens em desenvolvimento está o uso de ortobiológicos — técnica que utiliza o material biológico do próprio paciente e que ganhou visibilidade após grandes atletas mundiais recorrerem ao tratamento, como Cristiano Ronaldo, Anderson Silva, Rodrigo Minotauro e Mike Tyson.


Essa técnica tem se consolidado como uma alternativa complementar ao tratamento de lesões articulares e tendíneas, principalmente em situações que envolvem desgaste crônico ou falha na resposta aos tratamentos convencionais. Pesquisas recentes ampliaram o conhecimento sobre terapias biológicas na recuperação de lesões musculoesqueléticas, como o uso de concentrados de plaquetas e células mesenquimais, que modulam a inflamação e favorecem o ambiente intra-articular, aliviando dores e estimulando a cicatrização de tecidos. A ortopedia contemporânea avança para disponibilizar tratamentos menos invasivos, capazes de evitar ou adiar procedimentos cirúrgicos agressivos.


As abordagens terapêuticas podem variar de acordo com as necessidades e condições de cada pessoa. Além do uso de ortobiológicos, abordagens consolidadas como a terapia por ondas de choque, infiltrações guiadas por ultrassom e fisioterapia ajudam na diminuição da inflamação, cicatrização dos tecidos e fortalecimento muscular.


Entre os atletas que já recorreram às técnicas minimamente invasivas, o jogador português Cristiano Ronaldo foi um dos nomes mais comentados. Reportagens internacionais indicam que ele utilizou terapia celular para acelerar sua recuperação após uma lesão no joelho, antes de uma fase decisiva da Champions League. O lutador de MMA Anderson Silva também utilizou a técnica após fraturar a perna em uma luta em 2013 — lesão considerada grave, que comprometeu a tíbia e a fíbula. O ex-campeão Rodrigo Minotauro e o boxeador Mike Tyson também buscaram a terapia com o objetivo de tratar dores crônicas e lesões acumuladas ao longo da carreira.


Casos como esses evidenciam o potencial da ortopedia contemporânea no suporte à performance e à longevidade esportiva, além de possibilitar que pacientes não dependam tanto de cirurgias invasivas no tratamento de lesões. Atletas que dependem do próprio corpo como ferramenta de trabalho precisam do tempo de recuperação, do alívio da dor e da melhora da função para seguir competindo em alto nível.
É importante que o uso dessas tecnologias esteja integrado a um tratamento de reabilitação, fisioterapia, fortalecimento muscular e correção biomecânica, sempre levando em conta as particularidades de cada paciente. Essa abordagem oferece uma nova perspectiva para quem convive com dor crônica, desgaste articular ou lesões de difícil cicatrização.


Há uma trajetória extensa no campo da pesquisa e da educação em terapias celulares. O OrthoBIOS, criado ao lado do ortopedista Ronald Barreto, desenvolve estudos em terapias celulares e promove cursos de capacitação para médicos na área de intervenção em dor e medicina ortobiológica. Também é referência o centro de estudos em terapias celulares da Omane — o primeiro laboratório de manipulação celular do Nordeste dedicado à pesquisa de terapia celular para o tratamento de lesões ortopédicas, aprovado em Comitê de Ética e Pesquisa.


O trabalho envolve pesquisa e ensino sobre os ortobiológicos para encontrar soluções eficazes e seguras para proporcionar alívio da dor e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A prática inclui desde a coleta até a manipulação e preparo dos produtos, com avaliação científica dos métodos utilizados, sempre com rigor técnico e excelência acadêmica e clínica.

 

*David Sadigursky é David Sadigursky é ortopedista graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, mestre em Cirurgia do Joelho pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorando pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Ele realizou fellowship em Doenças da Cartilagem e trauma esportivo na Harvard Medical School, em Boston, EUA, e em cirurgia ortopédica de artroplastia do joelho no Hospital CLINIC, em Barcelona, Espanha. Possui pós-graduação em Clínica da Dor pelo CTD e em Intervenção em Dor pela Universidade da Coreia, em Seul. É membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (SBRATE). Participa ativamente da Sociedade Internacional de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Esporte (ISAKOS) e é membro associado das sociedades de dor e medicina regenerativa, como SBRET, SBED e SOBRAMID. Atualmente, é sócio da Clínica Omane e diretor do centro de estudos em terapias celulares.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Segurança do Paciente no Nordeste: Desafios e Soluções

Por Sérgio Bringel

Segurança do Paciente no Nordeste: Desafios e Soluções
Foto: Divulgação

A segurança do paciente é um compromisso universal da saúde. Mas em um país com dimensões continentais como o Brasil, é natural que diferentes regiões enfrentem realidades distintas, não por falta de competência, mas por desafios geográficos, históricos e estruturais que exigem soluções sob medida.

 

O Nordeste brasileiro é uma região de grande riqueza humana, cultural e institucional. Com uma população acolhedora e profissionais altamente capacitados, tem avançado significativamente em diversos indicadores de saúde. No entanto, como em outras regiões do país, há questões que precisam de atenção especial, sobretudo quando falamos de infraestrutura, logística e acesso a tecnologias que sustentam práticas seguras e padronizadas.

 

Ambientes como os Centrais de Material e Esterilização (CME) , que operam muitas vezes de forma invisível ao público, são pilares fundamentais para garantir cirurgias seguras, reduzir riscos infecciosos e assegurar conformidade com normas sanitárias. Investir nesse setor é investir diretamente na segurança do paciente.

 

Sabemos que muitos gestores de saúde da região convivem com limitações de espaço físico, recursos e tempo. Nesse cenário, soluções inovadoras, ágeis e adaptáveis fazem toda a diferença. Estruturas modulares, unidades móveis de esterilização e sistemas digitais de rastreabilidade vêm se mostrando alternativas eficientes e viáveis para ampliar a capacidade assistencial sem comprometer a operação ou o orçamento.

 

No Nordeste, instituições de saúde vêm adotando alternativas para lidar com desafios estruturais e operacionais, especialmente em contextos de reforma ou expansão. Estratégias como a adoção de soluções modulares, tecnologias acessíveis e a reorganização de processos têm contribuído para manter a continuidade do cuidado, reduzir riscos regulatórios e melhorar indicadores de controle de infecção.

 

Esses avanços mostram que, mesmo em contextos desafiadores, é possível aprimorar a segurança do paciente por meio da cooperação entre diferentes atores do sistema de saúde. O fortalecimento dessas iniciativas depende menos de soluções prontas e mais de parcerias sensíveis às necessidades locais, com participação ativa de profissionais, instituições e gestores públicos.

 

*Sérgio Bringel é CEO do Grupo Bringel

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Fertilização In Vitro: Um avanço que transforma vidas todos os dias

Por Wendy Delmondes

Fertilização In Vitro: Um avanço que transforma vidas todos os dias
Foto: Divulgação

A cada 35 segundos, um bebê nasce no mundo por meio da Fertilização In Vitro (FIV). Este dado impressionante, revelado em um estudo recente da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, simboliza não apenas a eficácia dessa tecnologia, mas também sua consolidação como pilar essencial da medicina reprodutiva moderna.

 

O levantamento, baseado em quatro décadas de dados coletados pelo Comitê Internacional para Monitoramento de Tecnologias de Reprodução Assistida (ICMART), demonstra o impacto crescente da FIV no tratamento da infertilidade – condição reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como um problema de saúde pública global.

 

Como médica coordenadora da unidade de Reprodução Humana do Mater Dei Salvador, vejo diariamente a esperança e a realização nos olhos de quem, após uma longa jornada, finalmente alcança o sonho da maternidade ou paternidade. Saber que a cada minuto quase dois bebês vêm ao mundo graças à FIV é a comprovação do quanto a ciência evoluiu – e do quanto ainda podemos avançar.

 

Mais de 40 anos de ciência e transformação
Desde o primeiro nascimento por FIV, em 1978, o caminho trilhado por essa técnica foi marcado por avanços extraordinários. Inicialmente recebida com ceticismo, a FIV rapidamente se espalhou por diversos países na década de 1980. Já nos anos 1990, conquistas como a ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides) possibilitaram o tratamento eficaz de casos graves de infertilidade masculina.

 

Os anos 2000 reforçaram o compromisso com a segurança e eficácia: houve um importante movimento para reduzir gestações múltiplas, com a adoção da transferência de embrião único – uma prática que, aliada aos avanços em meios de cultura e congelamento embrionário, aumentou as chances de sucesso e reduziu riscos para mães e bebês.

 

Além disso, os testes genéticos embrionários, os aprimoramentos laboratoriais e o manejo hormonal mais refinado têm proporcionado resultados cada vez melhores. Em 2010, o reconhecimento dessa revolução veio com o Prêmio Nobel de Medicina concedido ao biólogo Robert Edwards, um dos criadores da técnica.

 

A FIV no mundo atual: inclusão, diversidade e acesso
Hoje, a FIV é muito mais do que um tratamento médico. É também uma ferramenta de inclusão, que acolhe mulheres solteiras, casais homoafetivos, pessoas trans e casais com infertilidade sem causa aparente. Com o uso de gametas e embriões doados e a possibilidade de gestação por cessão temporária do útero, as alternativas se multiplicam para quem deseja construir uma família.

 

Estimativas indicam que até 2024, cerca de 17 milhões de bebês nasceram em todo o mundo por meio da FIV. São números que reforçam não apenas a eficácia, mas também a legitimidade da técnica como resposta a um desejo profundamente humano: o de ter filhos.

 

O perfil do paciente e o futuro da reprodução assistida
Na prática clínica, a maioria dos pacientes que buscam a FIV são mulheres entre 35 e 45 anos, muitas das quais já tentaram engravidar por métodos naturais durante anos. Endometriose, alterações no sêmen, idade materna avançada e infertilidade sem causa definida estão entre os fatores mais comuns.

 

O tratamento é composto por várias etapas – da estimulação ovariana à fertilização e transferência embrionária. E, embora cada caso seja único, os avanços tecnológicos vêm elevando significativamente as taxas de sucesso, tornando o procedimento cada vez mais acessível e menos invasivo.

 

Enquanto médica e mulher, é profundamente gratificante atuar em uma área que transforma histórias e realiza sonhos. A FIV não é apenas um avanço técnico – é uma ponte entre a ciência e o afeto, entre o desejo e a realidade de tantas famílias.

 

*Wendy Delmondes é médica especialista em Reprodução Humana / CRM - 17629 / Ginecologia e Obstetrícia - RQE 23958 / Reprodução Assistida - RQE 23959 

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Piso salarial da fisioterapia: uma questão de dignidade e compromisso com a saúde
Foto: Divulgação

A aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, do projeto que estabelece o piso salarial nacional para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais representa um avanço histórico para nossa categoria. Trata-se de um reconhecimento justo a profissionais que exercem papel fundamental na promoção da saúde e na recuperação funcional de milhares de brasileiros.

 

Como fisioterapeuta, tenho acompanhado de perto a realidade de colegas, sobretudo no interior da Bahia, onde é comum encontrar profissionais recebendo menos de R$ 1.500 por mês sem a regulamentação nacional. Essa situação é insustentável e desvaloriza não apenas o trabalho de quem estuda, se especializa e dedica anos de formação, mas também prejudica diretamente o atendimento à população.

 

O projeto aprovado na CCJ, de autoria do senador Angelo Coronel (PSD), a quem agradecemos pelo apoio, prevê um piso de R$ 4.650 para uma carga horária de 30 horas semanais, alinhado com parâmetros técnicos e respeitando as condições de financiamento dos entes públicos. Vale lembrar que o texto, já aprovado no Senado, prevê uma fonte de custeio específica: a tributação sobre o setor de energia termoelétrica, evitando impacto sobre as prefeituras e assegurando a viabilidade orçamentária.

 

Defender o piso salarial é, acima de tudo, garantir que profissionais possam exercer seu ofício com dignidade, sem precisarem acumular cargas horárias exaustivas para complementar renda. E, consequentemente, é assegurar um atendimento de qualidade à população, evitando a rotatividade e promovendo uma saúde pública mais eficiente.

 

Assim como já ocorre com outras categorias, como os profissionais da enfermagem e da educação, a definição de um piso nacional assegura valorização, reconhecimento e estabilidade para milhares de trabalhadores em todo o país. Essas conquistas ajudaram a estruturar melhor o serviço público e privado nessas áreas, trazendo benefícios diretos para a sociedade.

 

Destaco aqui o trabalho sério e incansável do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais da Bahia (Sinfito) e do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 7° Região (Crefito-7), que têm feito um verdadeiro corpo a corpo em Brasília, mobilizando lideranças, articulando junto às comissões e dando visibilidade às demandas da categoria.

 

Seguiremos firmes, agora na reta final, para que o projeto avance no Congresso – a proposta deve retornar ao Senado, pois houve modificações no texto - e se torne lei o quanto antes, ao ser sancionada pela Presidência da República. Essa é uma pauta de justiça, de respeito e de compromisso com o futuro da fisioterapia e da terapia ocupacional no Brasil.

 

*Silva Neto é fisioterapeuta e ex-prefeito de Araci

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Reconhecimento da fibromialgia como deficiência: um avanço no cuidado com a dor invisível
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A sanção da Lei nº 15.176/2025, que reconhece a fibromialgia como uma condição passível de enquadramento como deficiência, representa um avanço importante na forma como o Brasil encara as síndromes de dor crônica e seus impactos sobre a vida das pessoas. Embora o texto da norma estabeleça critérios técnicos e avaliações individuais para esse reconhecimento, o seu simbolismo já é suficiente para abrir uma nova perspectiva de diálogo entre sociedade, medicina e políticas públicas.

 

A fibromialgia é uma síndrome complexa e multifatorial, caracterizada principalmente por dor crônica generalizada, fadiga persistente, distúrbios do sono, alterações cognitivas e sintomas emocionais como ansiedade e depressão. Apesar de não haver uma lesão estrutural detectável por exames de imagem, trata-se de uma condição real, debilitante e que interfere diretamente na capacidade funcional de quem convive com ela. A síndrome acomete principalmente mulheres entre 30 e 60 anos, e sua apresentação clínica é muitas vezes marcada pela oscilação dos sintomas, o que dificulta o reconhecimento imediato da doença.

 

Durante muito tempo, a ausência de marcadores laboratoriais específicos e a natureza subjetiva dos sintomas colocaram pacientes com fibromialgia em um limbo assistencial. Em consultórios, era comum ouvir relatos de dor desacreditada, diagnósticos tardios e tratamentos fragmentados. No mundo do trabalho, os obstáculos são ainda maiores: há dificuldade de reconhecimento da condição por parte de empregadores, ausência de adaptação de funções e, em alguns casos, preconceito direto. A nova legislação pode representar um marco para mudar esse cenário.

 

O reconhecimento da fibromialgia como deficiência funcional, a depender do grau de limitação individual, permite que esses pacientes possam acessar benefícios já garantidos a outras condições incapacitantes — como cotas em concursos públicos, políticas de inclusão e isenção de impostos em determinados contextos. Mais do que conceder direitos, essa medida corrige uma lacuna histórica: a dor invisível agora ganha espaço no debate público como uma forma legítima de sofrimento e limitação.

 

Do ponto de vista médico, é essencial ressaltar que esse reconhecimento não significa que todos os pacientes com fibromialgia estarão automaticamente aptos a receber benefícios. A própria lei condiciona essa avaliação a uma análise individualizada por equipe multidisciplinar, o que é coerente com a abordagem clínica da doença. A fibromialgia se manifesta de forma heterogênea — enquanto alguns pacientes mantêm funcionalidade com apoio terapêutico, outros enfrentam crises severas, com impacto significativo nas atividades da vida diária.

 

É nesse contexto que o tratamento multidisciplinar se torna indispensável. O acompanhamento por profissionais de diferentes áreas — reumatologia, medicina da dor, psiquiatria, nutrição, fisioterapia e psicologia — permite um olhar ampliado para o paciente, considerando os múltiplos fatores que influenciam a experiência da dor. Estratégias que combinam manejo medicamentoso com apoio psicoterapêutico, reeducação do sono, orientação nutricional e atividade física controlada têm demonstrado melhores resultados na prática clínica.

 

A nova legislação também impõe um desafio adicional aos profissionais de saúde: garantir que os critérios de avaliação funcional sejam aplicados com seriedade, empatia e responsabilidade técnica. O risco de banalização ou de judicialização indevida existe, mas não pode ser argumento para frear o avanço da escuta e do cuidado.

 

Reconhecer a fibromialgia como deficiência, quando essa condição de fato compromete a vida do paciente, é reconhecer também o direito à dignidade, ao tratamento adequado e à inclusão. Que essa conquista se traduza em mais respeito, mais acesso e, sobretudo, mais compromisso com a saúde de quem convive diariamente com a dor.

 

*Emanuela Pimenta é Reumatologista e vice-presidente da Sociedade Baiana de Reumatologia. CRM - 19526 / RQE - 19141

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Alergia ou intolerância alimentar?

Por Mariele Crespo

Alergia ou intolerância alimentar?
Foto: Divulgação

As alergias e intolerâncias alimentares são temas que frequentemente geram dúvidas entre pais e cuidadores infantis. Muitos se perguntam se essas condições são as mesmas ou se há diferenças significativas entre elas. Posso afirmar que estamos falando de situações distintas, que afetam o organismo de maneiras diferentes.

 

As alergias alimentares são reações imunológicas que ocorrem após a ingestão de proteínas específicas em alimentos, em indivíduos previamente sensibilizados. Essas reações podem ser graves e potencialmente fatais. Os sintomas são variados e podem incluir manchas vermelhas pelo corpo e inchaços, além de manifestações gastrointestinais como sangramento nas fezes, cólicas em lactentes e diarreia. Em casos mais graves, pode ocorrer anafilaxia, uma reação alérgica sistêmica e potencialmente fatal.

 

Os alérgenos mais comuns em crianças são o ovo, o leite de vaca, trigo e soja, responsáveis por cerca de 90% dos casos. Outros alimentos como amendoim, nozes, peixes e frutos do mar também podem desencadear reações significativas. 


Por outro lado, as intolerâncias alimentares são desconfortos que o corpo tem ao ingerir certos alimentos, mas que, diferentemente das alergias, não envolvem o sistema imunológico, afetam principalmente a digestão e geralmente causam sintomas gastrointestinais. As principais intolerâncias são à lactose (presente no leite e derivados), à frutose (encontrada em frutas, vegetais e mel), ao glúten (presente no trigo, centeio e cevada) e à rafinose (presente em leguminosas como feijão, lentilha e brócolis).

 

Os sintomas incluem dor abdominal, inchaço, distensão abdominal, diarreia e náuseas. Embora geralmente menos graves, as intolerâncias podem causar desconforto significativo e afetar a qualidade de vida da criança. 

 

Se você suspeita que seu filho possa ter uma dessas condições, busque a orientação de um gastropediatra para realizar uma avaliação completa e, se necessário, testes específicos para alergias, como os cutâneos, a dosagem de IgE específica ou de provocação oral, ou exames de intolerâncias, como respiratórios ou dietas de eliminação, além de monitorar a evolução da condição, que pode ser superada com o tempo.

 

Por isso, o diagnóstico preciso é fundamental para determinar o tratamento adequado. No caso de alergias, é necessária a eliminação estrita do alergênico da dieta, além da elaboração de um plano de ação para emergências. Já para as intolerâncias, o tratamento pode envolver a redução ou eliminação do alimento problemático ou, em alguns casos, a suplementação enzimática. É importante ressaltar que nunca se deve fazer restrições alimentares por conta própria, especialmente em crianças em fase de crescimento.

 

*Mariele Crespo é gastropediatra na CliaGEN, pertencente ao Grupo Cita - CRM 24803 / Pediatria - RQE Nº 21249 / Gastroenterologia Pediátrica - RQE Nº 21250
 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Cicatrização: Muito além da cura de uma lesão

Por Gabriela Kruschewsky

Cicatrização: Muito além da cura de uma lesão
Foto: Divulgação

A cicatrização de um ferimento crônico, como pé diabético, úlcera venosa ou outros tipos de danos na pele difíceis de recuperar, é um processo que envolve mais do que apenas o curativo de uma lesão. Nos casos de ferimentos que demoram a cicatrizar, o impacto pode não se limitar apenas à condição física do paciente, mas também à sua saúde emocional. É ela que pode ajudar muito na cura ou ao contrário, na dificuldade da remissão completa de uma ferida. 


Um emocional bem trabalhado, aliado aos pilares essenciais como uma boa alimentação, hidratação, sono restaurador, intestino bem tratado são coadjuvantes de suma importância no tratamento. 

 

A saúde emocional do paciente tem um papel tão crucial no processo de cicatrização de lesões, que ela pode inclusive dificultar a recuperação da pessoa enferma. 


Um exemplo comum é quando se desenvolve uma dependência emocional da atenção recebida durante o tratamento, especialmente se essa atenção era  ausente. Nesses casos, a doença pode se tornar uma fonte de vínculo emocional, levando o paciente a prolongar, de forma inconsciente, o processo de cura para manter essa conexão. Esse fenômeno destaca a importância de abordar a saúde do paciente de forma integral, considerando tanto os aspectos físicos quanto os emocionais.

 

Mesmo com técnicas e procedimentos inovadores disponíveis na medicina para cicatrização, o tratamento multidisciplinar do paciente continua sendo peça chave para o alcance da cura. 


Se você ou alguém que você conhece está enfrentando desafios com lesões aparentemente difíceis de cicatrizar, procure um profissional de saúde especializado para obter orientação e apoio e comece a jornada para uma recuperação completa e duradoura.

 

*Gabriela Kruschewsky é Cirurgiã especialista em Tratamento de Feridas - CREMEB - 15343 / RQE - 16466.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

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