JH demonstra mágoa com 'time de 15 vereadores' e ACM Neto: 'Nunca consegui falar com ele'
Por Rodrigo Aguiar
Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
O ex-prefeito João Henrique (PSL) disse que não recebeu o agradecimento do atual gestor da capital baiana, ACM Neto (DEM), pelo “discreto apoio que algumas pessoas consideraram fundamental” prestado durante o processo eleitoral de 2012. “Eu preferia não tocar nesse assunto. Tentei falar com ele algumas vezes, mas nunca consegui. Aliás, não fui só eu, não. É muito difícil falar com um prefeito; a agenda é carregada”, ironizou JH, em entrevista aos jornalistas Uziel Bueno e Evilásio Júnior, no programa O Sistema é Bruto, da Rádio 100 (100,7 FM). Ao comentar as eleições de 2014, João Henrique chegou a dizer que a prefeitura atual "não quer conta" com ele. Apesar da mágoa revelada, o antigo gestor considerou precipitado fazer uma análise da atual administração. “Acho ainda cedo para avaliar; são apenas dez meses”, comentou. Sobre o recadastramento imobiliário em Salvador, o ex-prefeito opinou que “não haverá êxito” no processo. JH já havia criticado o reajuste do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), ao prever um aumento da inadimplência. O antigo gestor demonstrou também insatisfação com "um time de 15 vereadores" que faziam parte da sua base na Câmara e não votaram recentemente pela aprovação das suas contas. "Quando o voto era secreto, votaram comigo. No voto aberto, houve dez vereadores altivos e corajosos que mantiveram a palavra, mas 15 desapareceram", reclamou, ao comentar os diferentes placares nas apreciações das últimas duas finanças pelo Legislativo soteropolitano (ver aqui e aqui). Um vereador, inclusive, mereceu um comentário destacado de João Henrique: o atual líder do governo, Joceval Rodrigues (PPS). "Tatiana [Paraíso] perdia horas atendendo Joceval. Quando precisamos do voto dele [nas contas], ele teve oportunidade de reconhecer esse atendimento, o que não aconteceu. Aliás, ele se projetou na vida pública na Secretaria de Ação Social, com um cargo que demos a ele", lembrou.