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Pediu para sair: Roberto Calos deixará Corregedoria da AL-BA, diz Marcelo Nilo

Por José Marques

Pediu para sair: Roberto Calos deixará Corregedoria da AL-BA, diz Marcelo Nilo
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Indiciado por suspeita formação de quadrilha, peculato, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, o deputado estadual Roberto Carlos (PDT) deixará a Corregedoria da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O anúncio veio com velocidade de calhambeque: mais de dois meses após a Operação Detalhes, da Polícia Federal, que devassou o gabinete do pedetista. De acordo com o presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), o próprio correligionário o procurou para anunciar o afastamento. “Ele vai pedir licença da Corregedoria. Eu já combinei com ele”, afirmou Nilo, em entrevista ao Bahia Notícias. 
 

 
À época da ação da PF, Marcelo Nilo enviou ofícios à Polícia Federal e ao Ministério Público para saber do que se tratava o inquérito contra o correligionário, mas, como o processo corre em segredo de Justiça, os órgãos não o responderam. Embora não existam acusações formais, o presidente foi constantemente questionado sobre o motivo da conservação de um deputado investigado pela suposta manutenção de funcionários fantasmas lotados em seu gabinete como corregedor do Legislativo baiano. De acordo com Nilo, a Presidência “não tem o poder de demitir o deputado” da Corregedoria. “A Corregedoria é um ato meu, mas é mandato. Ele tem mandato de dois anos. Eu não tenho o poder de demiti-lo. Mas ele teve a iniciativa de me procurar e conversar comigo. Ele disse que gostaria de sair da Corregedoria e podia ir até para outro cargo, mas não o de corregedor, porque nós estamos instalando o Conselho de Ética”, afirmou. Roberto Carlos deve deixar o cargo na próxima semana.
 

Nilo: 'Ele teve a iniciativa de me procurar e conversar comigo'
 
Até esta sexta-feira (15), 73 dias depois da ação da PF, nenhum dos 63 deputados estaduais subiu ao plenário da Casa para se manifestar sobre a situação (ver aqui e aqui). À época da operação, o clima no local estava mais pesado que as baleias. Até hoje, o próprio Roberto Carlos faz mais curvas que a estrada de Santos quando vê um jornalista na AL-BA para não tecer comentários sobre o assunto. Ao BN, parte das lideranças garantiu que concordaria com a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigasse a existência de funcionários fantasmas nos gabinetes dos legisladores, mas nenhum deles se dispôs a coletar assinaturas para protocolar o colegiado.