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Rui Oliveira diz que governo ‘está acostumado a fazer falcatrua política’

Por Evilásio Júnior

Rui Oliveira diz que governo ‘está acostumado a fazer falcatrua política’
Rui Oliveira, presidente da APLB | Foto: José Marques / Bahia Notícias
Indignado com o questionamento feito pelo secretário estadual da Educação, Osvaldo Barreto, o presidente da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, classificou a rememoração feita pelo titular da comemoração de 6 de dezembro de 2011 como “tentativa de desqualificar” o pleito dos professores. Em entrevista ao Bahia Notícias, o chefe da entidade descreveu passo-a-passo o processo de negociação com o governo. Segundo ele, logo após a assinatura do acordo, o governador Jaques Wagner foi a Brasília para pedir aos deputados federais que o pagamento do piso nacional do magistério fosse feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), reajustado em 6,5%. “O projeto foi discutido em quatro comissões e, não sei se os deputados cochilaram, mas passou o INPC. Aí, a deputada Fátima Bezerra, que é do PT do Rio Grande do Norte e era presidente da Comissão de Educação da Câmara, entrou com um recurso e garantiu o retorno dos 22,22%”, descreveu Oliveira. De acordo com o requerimento da petista potiguar, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) também deveria ser utilizado como parâmetro para assegurar o aumento. “O problema é que esse governo é especializado em fazer falcatrua política, não tem compromisso e não cumpre o acordo”, acusou Oliveira.


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O sindicalista recordou ainda recentes entrevistas de Barreto, inclusive ao Bahia Notícias e à Tudo FM (ver aqui, aqui e aqui também), para afirmar que o Estado reconhece que o acerto com a APLB inclui o piso nacional. “O próprio secretário deu diversas entrevistas, na imprensa falada e escrita, até mesmo no site de vocês, admitindo que existe o acordo, mas que o governo teria dificuldade em pagar. O secretário Manoel Vitório (Administração) também reconhece o acordo e a mesma dificuldade. Para piorar o samba do crioulo doido, o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo [PDT], disse que o governador desconhecia o acordo porque foi assinado por funcionários”, declarou. Entre os servidores descritos no documento como “representantes governamentais” estão Clóvis Caribé Menezes da SEC e Adriano Tambone (Saeb). “O primeiro é braço-direito de Osvaldo Barreto e hoje é assessor especial de [José Sérgio] Gabrielli [secretário do Planejamento]; o outro é diretor da Secretaria da Administração, responsável por firmar diversos acordos, entre eles com os servidores da Uneb”, descreveu Rui Oliveira.


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Osvaldo Barreto, por sua vez, negou a suposta ignorância de Wagner. “É lógico que ele sabia, tanto que ele assinou o projeto de lei, se comprometendo em cumprir o que foi estabelecido na mesa de negociação. O que foi assinado pelo governador vale como questão central”, rebateu. Com o impasse entre APLB e Estado, mais de 1,2 milhão de estudantes seguem fora das salas de aula e terão, consequentemente, o adiamento do fim do ano letivo.