Processo de aquisição do Marista pelo IFBA ainda estaria sob ameaça I
Por João Gabriel Galdea
O processo de aquisição da antiga sede do colégio Marista, no Canela, pelo Instituto Federal da Bahia (IFBA, antigo Cefet), ao que parece, ainda está longe de um desenlace. O Bahia Notícias teve acesso a novas informações sobre as contestações que envolvem a transação, iniciada em dezembro de 2009 com a assinatura pelo reitor do IFBA de então, Albertino Nascimento, e pelo diretor-presidente do Marista, Irmão Gentil Paganotto, do contrato de compra e venda do prédio do tradicional centro de ensino, que anunciou o fim das atividades em outubro de 2008. O acerto, que teve a rubrica da Unbec, mantenedora do Marista do Brasil, e da Associação de Pais e Mestres do Colégio Marista do Canela (Apamema), ocorreu após a ameaça de venda do local para uma construtora que pretendia erguer lá um residencial de luxo. Após diversos protestos de pessoas ligadas ao alunado e à comunidade religiosa, o local foi provisoriamente tombado pelo Iphan, pondo o negócio imobiliário por água abaixo e abrindo caminho para o IFBA entrar na jogada. No decorrer da ação, a Apamema descobriu ser proprietária de 50% de um terreno na região da orla onde atualmente funciona o Colégio Marista de Patamares – desse total, 45% foram negociados com o instituto federal e os outros 5% com a Unbec. Os valores pagos ao grupo associado girariam em torno de R$ 36 milhões e trariam como contrapartida a cessão de parte do espaço do Marista do Canela ao IFBA, anteriormente anunciada sob a quantia de R$ 18,6 milhões. Acontece que uma indisposição entre membros da associação teria dado novos rumos ao processo, que veio após denúncias no seio do grupo de supostas irregularidades, como desvios de recursos para contas pessoais e ONGs, entre outras. Processo de aquisição do Marista pelo IFBA ainda estaria sob ameaça II. Associação nega irregularidades em cessão do Marista para o IFBA e diz que acordo foi fechado.