Vereador da oposição quer que PDDU seja votado após eleições
Por Rebeca Menezes
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O vereador Gilmar Santiago (PT) acredita que a Câmara Municipal não deve votar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) nos primeiros meses de 2016, como espera o prefeito ACM Neto (DEM). Nesta quarta-feira (11), o presidente da Casa, Paulo Câmara (PSDB), informou que o projeto só poderá ser definido após março do próximo ano e que, até lá, espera fazer cerca de 15 audiências públicas sobre o tema. Para Gilmar, contudo, os vereadores deviam ter muito mais tempo para discutir a questão. “Por que março? Janeiro e fevereiro, a Câmara de recesso e com o carnaval. Vai dar para fazer as audiências públicas nesse período? Quinze audiências são suficientes? Por que não votar o PDDU em novembro de 2016, depois da eleição de outubro e ainda antes do término da gestão atual?”, questionou o oposicionista ao Bahia Notícias. Para Santiago, contudo, a Câmara não deve ficar preocupada em fazer um debate “afobado” do projeto. “Essa ideia é inclusive muito presente entre vários técnicos urbanistas que acompanharam a discussão do plano diretor. Eles chegaram a apresentar um documento em que afirmavam que era necessário mais tempo para atualizar os dados primários”, justificou. Questionado o porque da sugestão definir o período pós-eleições como o melhor momento, o oposicionista negou que tenha a ver com a gestão do atual prefeito. “Não é que a gente não quer que seja votado na gestão de ACM Neto. É responsabilidade dele entregar esse projeto, a cidade precisa de um novo planejamento. Mas várias questões estão indefinidas. Em janeiro tem o recesso, em fevereiro o carnaval. Só aí são dois meses perdidos. Além disso, de julho a setembro vai estar na efervescência das eleições, mesmo que tenha mudado a legislação. Novembro do ano que vem é um mês ideal”, explicou. O prefeito ACM Neto informou, nesta quarta, que encaminhará o projeto para a Câmara no dia 18 de novembro.