Chefe da SSP diz que MP ‘deve ter motivos’ para interpretar laudos
Por Luana Ribeiro / Alexandre Galvão
Foto: Tiago Melo/ BN
O secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, afirmou que os mesmos laudos que foram usados no Ministério Público da Bahia (MP-BA) para indicar que as 12 mortes no Cabula foram frutos de uma "execução sumária" foram usados pela SSP para provar que tudo não passou de legítima defesa dos policias militares. De acordo com Barbosa, “essa é uma questão de interpretação”. “Sempre batemos na tecla de que a reprodução simulada do fato era fundamental, pois os laudos são muito interpretativos. O MP deve ter os motivos dele para interpretar assim (como execução sumária)”, afirmou, em coletiva nesta sexta-feira (3), na sede do órgão. De acordo com Barbosa, a tese de execução sumária não procede, também, pelas ações dos PMs logo em seguida às mortes. “Isso foi batido pelos sobreviventes e, para mim, é muito convincente. Vamos pensar numa execução onde quatro ou cinco pessoas estavam vivas? Elas são unânimes em dizem que o socorro não demorou”, explicou. Ainda de acordo com o chefe da SSP, o laudo da PM será apensado ao processo e servirá tanto para a acusação quanto para a defesa. “Isso tudo vai ser usado pelo juiz para que o veredito final seja dado”, concluiu.