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Aprovados em concurso fazem nova manifestação e presidente do TCE fala em 'distorções'

Por Rebeca Menezes

Aprovados em concurso fazem nova manifestação e presidente do TCE fala em 'distorções'
Foto: Leitor BN
Um grupo de pessoas que foram aprovadas em um concurso do Tribunal de Contas do Estado (TCE) protestou novamente, nesta terça-feira (30), contra o projeto que visa a criação de 47 cargos comissionados para o órgão. O primeiro protesto ocorreu há 15 dias e também questionava a criação de novos cargos comissionados ao invés da contratação dos aprovados. “Já existem várias denúncias de casos duvidosos de nomeação de cargos em comissão para parentes de políticos que não exercem a atividade fim do órgão. É um órgão de prestação de contas e você vai colocar gente envolvida com política para fazer auditorias?”, questionou Juliana Prates, que participa da comissão dos aprovados. Ela afirma que conseguiu, na Justiça, uma liminar que garante sua vaga e reclama que os conselheiros com os quais o grupo falou se esquivaram sobre o problema. “O presidente não nos atende. Nós falamos com seis conselheiros. Mas depois assistimos diversas plenárias e eles nunca conversaram sobre o assunto, como se não fosse nada importante”, alegou. O presidente do TCE, Inaldo da Paixão Araújo, afirmou que as alegações “não procedem” e que o grupo “distorceu” diversas informações. “Eu estou tranquilo em relação a isso. Recebi várias vezes as comissões mas, mesmo assim, eles judicializaram a questão, foram no Ministério Público, na mídia, fizeram manifestação... A administração é obrigada a chamar apenas as vagas ofertadas. O edital previa 25 vagas e as 25 foram chamadas”, defendeu. Segundo Araújo, eles olham apenas “um lado” do projeto que cria as vagas e não considera que ele foi criado em dezembro, enquanto o edital foi feito em outubro. Sobre a liminar obtida por Juliana, ele disse se “preocupar” com a ação individual. “Cerca de 30 concursados aprovados além do número de vagas foram à Justiça, mas o pedido foi negado. Quando ela viu que eles tinham perdido, entrou com outro processo igual, em outra vara. Me preocupa uma pessoa dessa natureza querer entrar no Tribunal. Eu respeito os direitos individuais, mas quem entrar no TCE deve defender os interesses da sociedade”, afirmou. O presidente ainda disse reconhecer a “frustração” de alguém que não consegue passar em um concurso, apesar de classificar o grupo de protestantes como “jovens, que iniciaram a concursar”. “Eu sofro, entendo a frustração e respeito. Mas não posso defender interesses individuais. E se você olhar as pessoas que estão protestando, parece que estão saindo do segundo grau”, alfinetou.