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Em discurso, Eserval diz que cargo público é ‘ônus’ e que Justiça precisa de ‘reestruturação’

Por Rebeca Menezes

Em discurso, Eserval diz que cargo público é ‘ônus’ e que Justiça precisa de ‘reestruturação’
Foto: Angelino de Jesus / OAB-BA
Durante o seu discurso de posse, o novo presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) disse que não encara o exercício de cargos públicos como distinção pessoal, mas como “ônus”. O desembargador Eserval Rocha afirmou que não planejou disputar o cargo, mas que foi “atropelado pelos acontecimentos”. Ele defendeu que transparência e melhoria da atividade-fim serão prioridades da sua administração, mas que para isso a Justiça de 1º grau deverá passar por uma “reestruturação radical”. No decorrer do seu texto, o presidente chamou Eliana Calmon de ministra, mesmo que ela tenha deixado o cargo para concorrer ao senado – o que causa estranhamento sobre o motivo da sua presença na mesa de posse. O magistrado citou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ao dizer que o ministro enfrentou “um dos maiores problemas do tribunal”, o “parentismo”, que para ele afeta o equilíbrio de forças no julgamento. Ao final do discurso, Eserval se emocionou ao citar uma postagem feita pela filha em uma rede social. “Hoje mais madura, sei que todas as broncas que recebi e ainda recebo (hahahaha) ajudaram-me a construir a pessoa que sou hoje”, disse o presidente, que reproduziu inclusive a “risada” da publicação. O magistrado encerrou seu discurso com passagem de José Saramago “O que as derrotas têm de bom é que elas não são definitivas. O que as vitórias têm de ruim é que elas não são definitivas”.