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Afastamento de desembargadores põe credibilidade de juízes em xeque, diz presidente da Amab

Afastamento de desembargadores põe credibilidade de juízes em xeque, diz presidente da Amab
Foto: Claudia Cardozo / Bahia Notícias
Eleita por maioria dos votos de seus pares, a juíza Marielza Brandão assume no dia 7 de fevereiro a presidência da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab). Apoiada por sua antecessora, Nadir Weber, Marielza pretende dar continuidade à gestão. Ao Bahia Notícias, a presidente eleita analisa os problemas enfrentados pela magistratura, principalmente a de primeiro grau, em meio à crise instalada no Judiciário baiano. “Nós temos alguns problemas de gestão mesmo, nós temos problemas políticos internos que resultou no afastamento do presidente atual e da ex-presidente do tribunal que estão sendo investigados”, avaliou. Para ela, o afastamento dos desembargadores Mario Alberto Hirs e Telma Britto é “preocupante”, porque “põe a credibilidade do Poder Judiciário em xeque”. Brandão ainda diz esperar que apuração do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) seja rápida, “porque o afastamento termina por punir antecipadamente dois magistrados”. “A apuração de tudo que foi denunciado poderia se feita sem o afastamento, porque nós estamos no final desta gestão, e se depois ficar apurado que não houve responsabilização destes magistrados? Como é que faz para recuperar estes três meses de gestão em que ele não pode atuar e concluir o seu trabalho?”, questionou. A presidente eleita ainda disse que o salário da magistratura sofreu uma defasagem muito grande nos últimos tempos e que o juiz precisa ter “uma remuneração que seja condigna com seu cargo” e que faça com que ele tenha “tranquilidade para ter uma vida descente e possa julgar com tranquilidade”. Ela diz, por exemplo, que gasta um 1/3 do salário somente com despesas de faculdade de uma só filha. Além disso, ela ainda defende a manutenção de 60 dias de férias para os juízes, porque a categoria não tem uma carga horária definida, além de toda responsabilidade que se tem ao julgar. “É necessário que exista um ‘time’ para que o magistrado possa repor as suas energias, possa estar com sua família, seus amigos, e, muitas vezes, essas férias são utilizadas para colocar em dias os seus serviços”, explicou. Confira a entrevista na íntegra!