Corregedora-geral do TJ-BA critica falta de concurso e 'má gestão' na Justiça baiana
Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias
Atual corregedora-geral do Tribunal de Justiça da Bahia, a desembargadora Ivete Caldas não tem reservas para criticar a situação da Corte máxima do estado e a condução do presidente Mário Alberto Hirs em diversas questões. Possível pleiteante ao comando do TJ-BA na próxima gestão, ela faz questão de frisar, sobretudo, que o Serviço de Automação da Justiça (SAJ) é ineficaz e o número de servidores insuficientes para a demanda de processos. Segundo ela, há proposta de resolução para regulamentar concurso público de 10 mil servidores do primeiro grau. Mesmo assim, Hirs não põe em votação no tribunal pleno. "Os cargos são criados por necessidade, e tem que ter a prévia dotação orçamentária, porque ele vai ser preenchido. E se ele não é preenchido, e nós temos no caso da Justiça Comum mais de 10 mil vagas, onde está esse dinheiro do pagamento de pessoal? A Presidência devolve, porque não tem os 10 mil para pagar? Não sei", questionou, em entrevista ao Bahia Notícias. Ivete fala também sobre os procedimentos administrativos abertos contra magistrados e funcionários no último ano e conclui: os membros do Judiciário precisam denunciar mais situações de improbidade e corrupção à Corregedoria. "Se falou muito sobre a prática de corrupção nos oficiais de Justiça. Alguns desembargadores disseram que " os advogados estão reclamando”. Mas os advogados incentivam muito essa prática. Não creio que seja a maioria, porque se fosse a maioria seria o caos. Mas muitos incentivam, é uma questão lógica, porque se não incentivassem, os oficiais de justiça não estariam condicionando o cumprimento de uma diligência sob pagamento de propina", avaliou. Confira a entrevista na íntegra!
