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Entrevista

Confiante, Felipe Pezzoni fala do desafio de assumir Eva e discorda de Saulo sobre Ivete ser insubstituível

Por Fernanda Figueiredo

Confiante, Felipe Pezzoni fala do desafio de assumir Eva e discorda de Saulo sobre Ivete ser insubstituível
Fotos: Glauber Guerra / Bahia Notícias

Há uns três meses, você certamente se questionaria quem era esse entrevistado da Coluna Holofote. Em pouco tempo, após a notícia bombástica da saída do cantor Saulo Fernandes da banda Eva, Felipe Pezzoni se tornou um nome conhecido nos quatro cantos do país. Todo mundo quer saber e conhecer um pouco mais sobre o menino que terá a difícil missão de substituir “o cara do Eva”. Ou melhor: “a cara do Eva”. Por isso mesmo, a Coluna Holofote foi atrás desse bonitão, que se parece demais com Ricky Martin e descobriu que ele tem auto-confiança para dar e vender e nenhum receio das comparações que virão quando ele receberá os microfones do Eva das mãos de Saulo, na terça-feira de carnaval, conforme adiantou em nosso bate-papo. Auto-confiança suficiente para discordar de Saulo quando disse que Ivete é insubstituível. “Não concordo”, disparou Felipe, de imediato. Ele falou da receptividade do público e pediu paciência aos fãs do Eva para poder mostrar o seu trabalho. Ah! Meninas, peguem leve com o rapaz, pois ele é noivo. Viram só? A Coluna Holofote descobriu várias coisas para vocês, inclusive, os projetos do rapaz, já para este verão. Ou vocês acharam que ele ia ficar parado esperando a quarta-feira de cinzas chegar? Confira a entrevista na íntegra!

Coluna Holofote: Felipe... Que virada na vida, hein? Você algum dia tinha imaginado que fosse cantar na Banda Eva?

Felipe Pezzoni:
Na verdade, eu já venho buscando isso há muito tempo, né? Uma oportunidade como essa. E aconteceu de uma forma muito tranquila. Há dois anos atrás nós montamos um projeto chamado Mil Verões, que foi um projeto que a gente abdicou de tudo, de outras bandas e tal, só para poder montar esse projeto, que foi um projeto muito legal, muito autoral. A gente tocava muito a nossa verdade. Eu falo “nós” porque eu tenho mais um sócio na Mil Verões, que está vindo junto comigo, também, para o Eva, que é Marcelinho Oliveira. E a gente estava participando do casting do Grupo Eva, que estava cuidando da carreira da Mil Verões. Em uma das reuniões, eles vieram com essa novidade boa.

CH: Você disse aí que já era uma coisa que vocês vinham buscando... Então, você já sonhava em cantar, especificamente, no Eva?

FP:
Não. Até porque, eu nunca tive isso como meta, sabe? Tipo: eu vou cantar na banda Eva. Não. Eu sempre sonhei em ter o reconhecimento do meu trabalho, seja com o Eva; seja com a Mil Verões ou com qualquer outro projeto. Eu almejava isso.

CH: A gente não ouvia falar muito de você e, de repente, você aparece como o substituto de Saulo Fernandes. De quem foi a indicação do seu nome?

FP:
Foi meu nome porque eu já estava lá dentro mesmo, né?

CH: Sim, mas não existia outro nome? O seu foi o primeiro e único nome pensado para substituir Saulo? Não houve um teste? Porque quando Ivete saiu, tinha Emanuelle Araújo e o próprio Saulo como possíveis nomes para o posto...

FP:
Quando eles ficaram sabendo que Saulo se desligaria, eu já estava dentro do escritório, aí eles já optaram pela gente. Porque eles viram que a gente já tinha um trabalho autoral, já tinha uma identidade meio formada e aí, eles não cogitaram outro nome, não.

CH: É que no vídeo institucional do Eva, você diz que Saulo foi quem abriu os olhos do pessoal lá do Grupo Eva, que mandou ficarem de olho em você e tal. Saulo te indicou?

FP:
Não. Isso aí já foi depois. Depois eles já começaram a buscar, não sei se eles sondaram alguém...

CH: Depois do quê?

FP:
Eu não tenho essa informação, ao certo. Eu só sei que Saulo tinha o meu trabalho da Mil Verões, inclusive, ele tinha elogiado bastante o meu CD da Mil Verões, quando a gente estava entrando lá no Grupo Eva. Aí, quando ele soube que seria eu, ele ficou muito feliz. Falou: “porra, que massa! Felipão é um cara talentoso”.

CH: Então, não foi Saulo quem te indicou?

FP:
Exatamente. Ele gostava do meu trabalho na Mil Verões.

CH: Vocês já se encontraram, bateram uma bola depois dessas notícias todas dos últimos dias?

FP:
Ainda não. A gente ainda não teve tempo. Até porque ele está na correria dele de shows e tal. Então, a gente ainda não teve esse tempo ainda. Espero que possamos ter em breve.

CH: Saulo já chegou a ser sua inspiração?

FP:
Também. Mas tem muita gente. Tem Ivete, Carlinhos Brown, Caetano Veloso, Gilberto Gil, aqui da Bahia. De fora tem outras influências também, como Ed Motta, Marisa Monte, tem muita gente boa.

CH: Você tem um estilo bem parecido com o de Saulo, né?

FP:
Não. Olha, na verdade, eu acho que... Ele... Eu gosto muito de música romântica, de cantar o amor. Se você vir o CD da Mil Verões, 90% das músicas falam de amor e o Eva sempre teve isso, também, nas suas canções. Então, eu acho que a gente tem uma identificação nesse sentido assim. Mas em ritmo de axé.

CH: Hoje, quando a gente pensa em Eva, pensa em Saulo. Isso te preocupa?

FP:
Não. Isso aí é inevitável, afinal, ele passou 11 anos na banda. Como o Eva tinha a cara de Ivete antes de Saulo chegar, teve a cara de Emanuelle. Então, isso aí é extremamente normal. Encaro isso muito tranquilo. Até porque, isso demanda certo tempo e o público vai conhecendo seu trabalho, se identificando, para poder, lá na frente, o Eva ter a cara de Felipe. Não vai ser agora. Eu sei que não é agora. Não vou crer que seja agora, até porque não tem como.

CH: Isso pode ser uma barreira para você? Porque há quem diga que você vai repetir a história de Emanuelle Araújo quando assumiu o Eva no lugar de Ivete...

FP:
Eu acho que não. A gente já tem um estilo meio que formado, desde a Mil Verões. E o público teve acesso ao segundo CD da Mil Verões, que foi um CD diferente de tudo que estava rolando no mercado, um CD com uma qualidade absurda mesmo. E isso porque a gente era uma banda independente, sem muita estrutura. Então, agora a gente vai poder trabalhar de uma forma muito mais livre. E o legal é que o Eva dá essa liberdade para o artista trabalhar. Então, isso não me preocupa. É só questão de tempo mesmo para o pessoal começar a me conhecer.


CH: Na entrevista que Saulo deu pra gente, ele disse que talvez, se ele tivesse substituído Ivete, e não Emanuelle, talvez ele hoje não fosse um nada, as pessoas nem se lembrassem dele, porque Ivete é quase insubstituível...

FP:
Eu discordo dele. Eu acho que, na verdade, todo mundo é insubstituível. Ivete é insubstituível, Saulo é insubstituível e cada um tem seu trabalho. Não dá para ficar comparando. Porque você não pode comparar talento.

CH: Mas o público compara...

FP:
Mas não pode. Porque cada um tem seu trabalho. Ninguém é melhor ou pior. Somos diferentes.

CH: Se, de repente, fosse uma mulher a substituir Saulo, o desafio seria menor, seria mais fácil para ela do que vai ser para você? Porque um outro homem, as comparações se tornam inevitáveis...

FP:
Que nada. Eu acho que seria da mesma forma, não mudaria nada.

CH: Você tem algum receio? Porque a impressão que você passa é que não vai ser nada difícil essa missão...

FP:
Não. É porque a gente vai trabalhar para poder mostrar o som. Se a gente mostrar nosso som, se nosso som chegar até o público, já foi. Eu só peço paciência ao público, só isso que eu peço.

CH: Nem um medinho?

FP:
Na verdade, eu tive antes de anunciarem. Eu ficava apreensivo pensando “porra, como é que vai ser isso aí? Como será a reação do público? Será que vão me aceitar de uma forma bacana?”. Porque Saulo está há 11 anos na banda!

CH: Pós anúncio, como você tem enxergado a receptividade do público?

FP:
Está sendo muito positivo. Muito mais positivo do que eu esperava. Eu me preparei para o pior e recebi o melhor. Está muito legal. Porque a galera, a partir do momento em que meu nome foi anunciado, eles começaram a pesquisar sobre quem eu era e tal, aí viram que “porra, esse cara tem qualidade”, entendeu? Foi como Saulo disse: “você tem capacidade, agora, cuide bem do meu Eva”. Eu vi Saulo falando isso e tem uma galera me mandando mensagem desse tipo “cuide bem do meu Eva”, “você tem talento”, “vou torcer para Saulo e para você”.

CH: Você acha que os fãs da Banda Eva com Saulo vão permanecer no Eva quando Felipe assumir?

FP:
Eu espero muito que sim. Eu espero isso. Até porque, está sendo uma transição muito tranquila, não teve uma coisa que motivou, uma briga. Então, todo mundo está vendo isso.

CH: Saulo disse que o Eva é uma escola... Se um dia você alcançar o grau de maturidade que ele alcançou, também vai deixar o Eva?

FP:
Isso está muito longe. Muito mesmo. Está tão distante ainda.

CH: É, mas, no início da nossa conversa, você disse que trabalhou para chegar aqui hoje; agora, você vai trabalhar almejando uma carreira solo?

FP:
Eu estou muito focado no trabalho que eu vou desenvolver no Eva agora. É algo muito distante, de verdade.

CH: E cantar no Eva era uma coisa tão perto para você assim?

FP:
Hã? Não. Não era. Mas eu estou muito focado, neste momento, no agora. Depois a Deus pertence. Depois a gente vê isso.

CH: Como está sua vida depois dessas notícias?

FP:
Está uma correria, mas uma correria boa. Uma correria que a gente buscava mesmo ter. E, é como eu falei: tem muita gente me adicionando nas redes sociais, mandando mensagens positivas. E isso tem me deixado muito feliz, sacou?

CH: Tô vendo a aliança aí. Você é noivo?

FP:
Sou.

CH: você é um rapaz bonito. Como é que ela está lidando com o assédio?

FP:
Até agora está bem tranquila. Mas eu não acredito que vai ficar tão tranquila assim, não lá na frente. [risos]

CH: E as fãs? Estão muito assanhadas?

FP:
Já estão começando a se soltar...

CH: Até Saulo deixar o Eva, na quarta-feira de cinzas, o que Felipe faz da vida?

FP:
A gente parou com a Mil Verões. Na verdade, ela vai continuar na nossa essência, porque a Mil Verões era a nossa verdade. Então, eu acho que ela vai estar presente no Eva também. E agora a gente já vai começar a produzir coisas para quando a gente for assumir. Vamos montar shows, montar a equipe. Vai ser um período de ralação, porque o tempo é muito curto. Carnaval já está pertinho já.

CH: Você vai participar do carnaval com Saulo Fernandes, tem algo programado para você cantar lá no Eva?

FP:
Eu acho que vai ter só a passagem na terça-feira de carnaval. Não tem nada confirmado ainda. Agora a gente vai começar a trabalhar o nome Felipe Pezzoni, nada com o Eva ainda. O Eva a gente só vai trabalhar depois do carnaval. A gente gravou uma música agora, “You and Me”, de Marcelinho Oliveira e aí a gente já soltou pra galera. Tem o clipe também. Então, a gente está preparando esse material para o pessoal ir nos conhecendo um pouquinho também. E a gente vai dois eventos só para convidados durante o verão, aqui em Salvador, a gente está definindo ainda local e convidados, para que a galera vá conhecendo mesmo o nosso trabalho.

CH: Já lhe disseram que você parece com Ricky Martín?

FP:
[risos] Já me disseram, mas eu não acho parecido, não. O cara é muito mais bonitão que eu, pelo amor de Deus! Então, eu sou a caricatura do cara, pode-se dizer assim.