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Quebradeira baiana: 2015 foi o ano que marcou a ascensão e a queda da arrochadeira

Por Paulo Victor Nadal - [email protected]

Quebradeira baiana: 2015 foi o ano que marcou a ascensão e a queda da arrochadeira
O 'príncipe do guettho' vive o ápice da carreira | Foto: Bruna Castelo
Um ano se passou e diversas mudanças ocorreram no cenário da música baiana. O que era tendência para o verão 2015, acabou não se consolidando como o esperado. Alguns dos empresários que 'apostaram alto' no novo negócio que despontava, não obtiveram o lucro almejado e acabaram desistindo de suas bandas.

Mas, o que aconteceu? Hoje em dia é muito mais fácil botar a culpa de um fracasso do negócio na 'crise econômica' do que numa má gestão ou em um planejamento equivocado em médio prazo. Temos exemplos claros de bandas que fizeram investimentos altos no mercado da arrochadeira e, inclusive, foram noticiadas aqui na coluna Quebradeira Baiana. Mas um planejamento precipitado fez com que não durassem mais do que quatro meses de fama. Veja aqui, aqui, aqui e aqui.


 

Mas, o que fizeram de errado? Talvez a resposta seja a mesma crítica que fiz no meu último texto sobre a decadência do pagode baiano. Além das composições que nada, ou muito pouco, acrescentam ao ouvinte, as bandas não conseguiram se adaptar ao contexto atual que vivemos, seja inovando nas letras, melodias, batidas e arranjos, de forma que desistiram.

Mas, toda regra tem sua exceção? Sim, sem sombra de dúvidas. Temos exemplos positivos de bandas e músicas da arrochadeira que ainda estão estouradas em todos os paredões, como é o exemplo da ‘Vingadora’ que vem ganhando, cada vez mais, espaço na capital baiana. Além dela, temos também a banda Luxúria, que recentemente gravou um clipe nos EUA, dentre outros.

Segundo o dono de um dos muitos 'paredões de som' encontrados no interior da Bahia, o forró tem ganhado o espaço do pagode e da arrochadeira nos paredões de som: "As pessoas sempre pediam pagode, porém, hoje está meio que mais diversificado, as pessoas pedem mais forró, Wesley Safadão, o forró ostentação, a arrochadeira", conta Fernando Junior, que completa: "O forró tem uma qualidade sonora maior, por isso ganha um certo destaque e já o pagode está ficando muito vulgar, mas o Robyssão nunca deixa de tocar. Bandas novas como La Fúria, etc." Para Fernando, as bandas de arrochadeira que um ano atrás estavam no seu auge, hoje perderam força: "Luxúria caiu muito, Neto LX caiu muito. O que domina hoje é A Vingadora... E o Rei da Cacimbinha em ritmo de arrochadeira", finalizou.

Além da arrochadeira, nesse 1 ano de Quebradeira Baiana podemos destacar ainda a evidência de diversos artistas do pagode, como por exemplo:

O vocalista Igor Kannário, que vive o ápice da carreira, realizando brilhantes shows e marcando presença nos principais eventos da capital baiana, inclusive lançando músicas que estão ‘estouradas’ em toda a Bahia;
- Merece destaque também a cantora Katê que com seu toque feminino vem trazendo novidades e composições para o pagode baiano;
- Houve também a volta de Flavinho ao Pagodar't após cinco anos de separação;
- Atentamos também a Black Style relembrando os seus 10 anos de banda gravando um disco promocional com (quase) todos os sucessos desde a época do ex-vocalista Robyssão;
- Tivemos também a ida de Tony Salles para o Parangolé, levando uma nova proposta para a banda.
 

 
Mas também tivemos polêmicas: 
- Como o vocalista Robyssão que alfinetou os cantores da arrochadeira e conclamou que eles voltassem ao pagode, rendendo rechaçada de um dos empresários de maior sucesso na arrochadeira;
- Tivemos também a 'saída' vocalista Tierry Koringa do Fantasmão e do pagode baiano migrando para a Bachata, que é um ritmo latino-americano que se assemelha com o arrocha;
- Houve também artista que lançou clipe e horas após abandonou a banda.

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Ao longo deste ano foram 38 notas autorais, rendendo mais de 80 mil leitores e cerca de 90 mil visualizações ao total. Só tenho a agradecer todos vocês que dedicaram alguns minutos do seu dia para ler as novidades trazidas por mim.

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