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Entrevista

Martinez detalha propostas para o Bahia e afirma que investimento do City vai depender do presidente eleito

Por Ulisses Gama

Martinez detalha propostas para o Bahia e afirma que investimento do City vai depender do presidente eleito
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Presidente do Conselho Deliberativo do Bahia, Leonardo Martinez foi um dos nomes que conduziu o processo da SAF do Bahia. Neste fim de ano, ele tenta se tornar presidente do Esquadrão de Aço. Em entrevista ao Bahia Notícias, o advogado relatou a sua experiência e disse estar pronto para assumir o cargo no triênio 2024-2026. A votação será realizada no próximo sábado (2).

 

"Entre os candidatos, sou o que tem uma relação mais próxima a essa nova realidade do Esporte Clube Bahia. Houve a cisão e foi criado o Bahia SAF, fui presidente do Conselho que conduziu esse processo, tive um triênio movimentado, com atuações históricas, recorde de realizações de reuniões, conduzi a SAF, a expulsão de Marcelo Guimarães Filho, conduzi a reforma dos diplomas legais, estatuto...", disse.

 

O gestor também disse ter uma relação próxima com o Grupo City e reafirmou a teoria de que o conglomerado pode mudar a sua ideia de investimento a partir do presidente eleito. Martinez argumenta que o "ambiente" pode ser diferencial para a confiança de Ferran Soriano e companhia. Vale ressaltar que o contrato assinado neste ano tem um investimento pré-definido partindo de R$ 1 bilhão nos próximos 15 anos. Apesar da afirmação, não há registros públicos ou apurados pelo Bahia Notícias que indiquem a possibilidade de alteração das cifras a serem aplicadas pelo grupo na associação durante a regência do contrato.

 

"Se você tem um ambiente propositivo, de fluidez... O City vê o Bahia como a menina dos olhos, de forma positiva. Mas se eu tenho um presidente que mobiliza milhões de pessoas... O presidente pode influenciar para o bem e para a forma de criar tumulto, espuma... A tendência é que o sócio busque um caminho saudável. Pra quê [o Grupo City] investir em um esporte que está dando dor de cabeça?", pontuou.

 

Martinez também falou de planos para fortalecer o número de associados, o trabalho com torcedores do interior do estado, a busca por outros esportes e maneiras de captar recursos financeiros. Leia a entrevista completa: 

 

Como surgiu o objetivo de se tornar presidente do Bahia?
Eu sou presidente do Conselho Deliberativo ainda, com muito orgulho. Entre os candidatos, sou o que tem uma relação mais próxima a essa nova realidade do Esporte Clube Bahia. Houve a cisão e foi criado o Bahia SAF, fui presidente do Conselho que conduziu esse processo, tive um triênio movimentado, com atuações históricas, recorde de realizações de reuniões, conduzi a SAF, a expulsão de Marcelo Guimarães Filho, conduzi a reforma dos diplomas legais, estatuto... Para além disso, tenho uma experiência comprovada com as associações. O Esporte Clube Bahia sempre foi uma associação, mas a partir da cisão do departamento de futebol, temos uma identificação forte com o terceiro setor. Fui vice-presidente e colaborador da AMA, tivemos resultados alcançados, a implementação, autoria e execução de termos de fomento, destravamos o projeto da sede própria, um sonho antigo... A sede será entregue até abril de 2024, com quatro, piscina olímpica, sala de aula... Essa experiência em associações me credencia a ajudar o Bahia, sem submeter o clube a riscos.

 

Você fala muito em "terceiro setor", enquanto outras campanhas evitam o termo. O que falar desse novo momento da associação?
Lamento essas campanhas que tratam um processo tão sério de informação com ilusão com o torcedor. Buscam trazer a paixão do torcedor, mas não posso iludir. Não posso dizer que o próximo presidente vai ter controle sobre o futebol. O City Football Group investiu R$ 1 bilhão e tem 90% do contrato. Isso quer dizer que quem toma as decisões é o City. Mas ter um bom relacionamento com o City é muito importante porque você vai, de forma assertiva, cobrar o que está previsto em contrato. Nenhum candidato vai dizer que vai tapar os olhos. A verdade é que todos os candidatos tem compromisso de fiscalizar o contrato. Tem candidato que busca, o ex-presidente Marcelo Sant'Ana, quer trazer uma veia, experiência no futebol que não reflete a realidade. Ele foi presidente do Bahia no primeiro ano e o Bahia ficou em 9º na Série B, no segundo ano subiu em quarto lugar graças ao Náutico, que perdeu para o rebaixado Oeste... Pós presidência, tornou-se empresário que não conseguiu emplacar, não conseguiu ser diretor executivo no Athletico e no ABC. Agora, depois de renunciar ao Conselho Deliberativo, dez dias depois de se afastar da empresa, ele volta para tentar ser presidente. Perguntei a ele se ele volta a ser empresário se perder. Ele não responde. Me preocupo muito, antes de ser candidato, como torcedor, por causa de algumas campanhas ilusórias. A gente precisa acompanhar o futebol do Bahia, mas não pdoemos vender ilusões para o sócio. Precisamos de um presidente que saiba captar recursos, foi isso que fiz enquanto era gestor, captei mais de R$ 20 milhões, e precisamos de um presidente com bom relacionamento. O City precisa se relacionar com alguém que não votou contra.

 

Como conseguir alavancar o número de sócios da associação?
Precisamos melhorar muito a comunicação entre sócio e Esporte Clube Bahia. Hoje muitas pessoas não sabem se são sócias da associação. Precisamos engajar o torcedor,ter a nossa sede própria. Consegui a sede própria da AMA e vamos conseguir a sede do Bahia. Já temos o projeto, está nas minhas redes sociais, vamos gerar pertencimento, envolver os ídolos nesse projeto para dar dignidade e resgatar a história, o senso e torcedor raiz. Precisamos miscigenar a nossa cultura com a nova realidade. O City tinha dinheiro para comprar um clube do zero, mas eles não queriam isso. Queriam um clube forte, com torcida e cultura. O nosso papel é fazer essa mediação, trazer esses benefícios com a nossa cultura. Nós vamos trazer essa identidade cultural para dentro da associação, vamos ser os porta-vozes, trazer o Grupo City para além do que está no contrato. Pretendo implementar na minha gestão um fortalecimento do Bahia da Massa e Bermuda e Camiseta, atrelado ao sócio da associação e da SAF. Isso será encaminhado para fortalecer o sócio que baixa renda para garantir novas vagas. São dois CNPJ'S diferentes, mas o Bahia SAF pode contratar a associação, basta ter entendimento de qualidade para que isso aconteça. Iremos ter no Grupo City um parceiro para fortalecer a associação.

 

 

 

Como é a sua relação com o Grupo City? Falou com algum deles durante esse período eleitoral?
A relação com o Grupo City é construída. Não se faz de um minuto para outros. A partir de comportamentos, você avalia e vai fortalecendo uma relação. Desde antes da realização do contrato, tenho uma relação honesta com o Grupo City. Nem de permissividade como presidente do Conselho Deliberativo, mas houve momentos em que precisei dialogar. Houve um momento que não abria mão de que os conselheiros tivessem acesso integral ao contrato e que a comissão provisória da SAF tivesse acesso em tempo real. Inicialmente, não era esse o formato. O Grupo City entendia que por questões estratégicas de mercado, a diretoria e a mesa diretora poderiam ter acesso. Eles entendiam que quanto mais pessoas, mais chances de vazamento. Apesar de defender que o sócio também deveria ter acesso, conseguimos chegar ao meio termo. Todos os conselheiros tiveram acesso ao contrato na Arena Fonte Nova, os componentes da comissão provisória tiveram acesso em tempo real e eu, enquanto presidente do Conselho, tinha acesso em tempo real. Também exigi que a diretoria criasse um canal de perguntas e respostas para os sócios, além de disponibilizar advogados para tirar dúvidas dos sócios. Naquela época, foi o máximo possível. Naquela época poderia fazer tumulto e terminar sendo responsável por inviabilizar o negócio. Construímos uma relação honesta, onde eles sabem que eu defendo o interesse do Bahia, mas que não vou criar tumulto. É uma relação positiva, de respeito mútuo e tem tudo para fortalecer. Tenho contato com as principais lideranças, assisto os jogos no mesmo camarote de Raul Aguirre, CEO. Já tive diálogos com Ferran Soriano, sempre com muita franqueza. Ele percebe sinceridade de minha parte, sem nenhum tipo de interesse ou criando caos para o sócio.

 


Como você pretende trabalhar com as embaixadas do clube?
Nosso plano de gestão tem a expansão do alcance territorial, que visa fortalecer a relaão com os sócios do interior, embaixadas e um diferencial meu é de que tudo que digo, tem uma história escrita por mim mesmo. Quando digo que tenho experiência em associações, isso pode ser verificado na AMA, quando digo que sou um presidente de Conselho que tenho equilíbrio, isso pode ser visto na forma que conduzi as reuniões, a convivência com dez grupos políticos. Quando falo de fortalecer os sócios do interior, não é uma promessa de campanha que vou fazer e sumir. Eu instituí as reuniões híbridas, que permite a participação do sócio do interior. Hoje ele pode ser conselheiro por conta das reuniões híbrida. Nossa gestão também fortaleceu a situação dos ex-jogadores de futebol do Bahia. Vamos utilizar os ídolos para fortalecer essa relação com o torcedor. Toda essa movimentação gera força, engajamento. Teremos esportes no Bahia e com sistema de acesso garantido, vamos ter um clube de vantagens da associação e teremos isso graças a nossa relação com o City. Vamos atrelar produtos do futebol, trazendo benefícios para quem for sócio da associação e do Bahia SAF. Aposto no fortalecimento desse relacionamento para atrair e dar robustez para o nosso quatro de sócios.


Sua campanha tem sido marcada por muitas rusgas com o ex-presidente Marcelo Sant'Ana. Teme que isso atrapalhe a questão propositiva na eleição?
Preciso lhe dizer que antes de ser presidente do Conselho, sou torcedor e estou disposto a defender o Bahia com toda a minha força. E eu não tenho dúvida que a eleição de Marcelo Sant'Ana traz risco para o Esporte Clube Bahia. Por falta de capacidade, falta de experiência... Ele mesmo admitiu ter um conselho consultivo feito por pessoas que não apoiam mais ele. Pessoas que ajudaram ele em outro momento não estão mais pelo estilo dele. Marcelo tem uma péssima relação com o Grupo City, que é o grupo que tem 90% do nosso futebol. Quanto a essa questão propositiva, penso que não. Óbvio que essas declarações certamente vão ser colocadas na chamada de uma matéria e vão render cliques, mas eu não deixo de falar sobre minhas propostas. As pessoas acabam sendo atraídas pela polêmica. Meu plano de gestão tem dez pilares. Tenho uma história como gestor de associações e presidente do Conselho do Bahia. Se eu tivesse um milímetro de dúvida sobre minha capacidade, não iria colocar meu nome à disposição. Não tenho interesse financeiro e político.

 

 

Você tem uma boa relação com os ídolos do clube. Como tem sido esse contato?
Primeiro, é uma relação fraternal mesmo. Sou filho de ex-jogador, convivi com os ídolos e tenho responsabilidade em ter o apoio deles. Esse apoio veio porque eles sabem exatamente o que irei fazer. Eles sabem do amor que tenho, até irracional. Estou em um momento pessoal e financeiro tranquilo e me expor para me tornar presidente é chamar porrada que normalmente você não tomaria normalmente. Eu sou pai de família, tenho filho com autismo... E sempre procurei colocar amor em tudo que faço. Os ídolos estão comigo e é bom lembrar que eles são de uma época que não era o glamour que tem hoje. Ronaldo Passos atuou 18 anos no Bahia, Douglas deve a vida dele ao Bahia, todo mundo sabe a gratidão que Douglas tem por não entrar em um avião que ganhou. É um cara que jogou oito anos no Bahia e ganhou sete títulos. É algo que me honra e traz grande responsabilidade.

 

Particularmente, qual a opinião do candidato sobre outros esportes na associação?
Penso muito que teremos bons resultados com boxe, temos um ídolo que é Hebert Conceição, podemos ter bons resultados com maratonas aquáticas e natação. Podemos ter um termo de cooperação com a prefeitura de Salvador na piscina olímpica. Posso citar basquete, mas isso é um mero pensamento do presidente. Não dá pra criar ilusões. A gente precisa cumprir o estatuto, a legislação e trazer o que ter pertinência técnica... Vamos ouvir o sócio e seguir todo esse percurso que eu disse pra você.

 

Você chegou a pedir para os sócios "não arriscarem o futuro do Bahia" durante as eleições por conta do investimento do City para 2024. A depender do presidente eleito, esse investimento pode mudar?

Em relação ao investimento, isso está atrelado ao ambiente. Se você tem um ambiente propositivo, de fluidez... O City vê o Bahia como a menina dos olhos, de forma positiva. Mas se eu tenho um presidente que mobiliza milhões de pessoas... O presidente pode influenciar para o bem e para a forma de criar tumulto, espuma... A tendência é que o sócio busque um caminho saudável. Pra quê investir em um esporte que está dando dor de cabeça? Pra quê se 'aporrinhar' tanto com alguém que possa estar dando problema, confusão. O que acontece pode gerar repercussão positiva e negativa. O Grupo quer repercussão positiva.

 

Como você avalia a condução do Bahia após a passagem de bastão para o City?
Depende da fase. Quem conhece o contrato, sabe que tínhamos que cumprir 16 etapas para ter o closing. Essas etapas foram cumpridas de forma correta, antes do prazo e precisamos reconhecer o empenho para isso. Não é simples. São muitas etapas, altíssima complexidade. Logo após o closing, se iniciam diversas outras etapas burocráticas e que não dão tanta visibilidade. O momento era de prender esforços para garantir isso. Mas se você me perguntar sobre essa terceira parte, a diretoria poderia ter feito movimentos para estruturação da associação. A pedido de outro grupo político, encaminhei o pedido de inscrição no Comitê Brasileiro de Clubes para que possamos, por exemplo, receber recursos da Caixa. Enquanto presidente e candidato, poderia não dar notoriedade e arquivas, mas tenho que pensar no bem do Bahia. Deferi e encaminhei no mesmo dia. Não quero criar espuma política e problema. Acho que a diretoria já deveria ter feito isso, mas temos que reconhecer o lado positivo. O "Repensando o Bahia" poderia ter sido feito, teve o pedido, mas temos que olhar para a frente. Se eu for presidente, a associação vai ser forte. Se você me perguntar se eles deveriam ter contratado, eu diria que não. Se você pega um profissional gabaritado que sabe que o presidente está no último mandato e que três meses depois irá sair, fica difícil fazer contrato. O que eu digo enquanto presidente do Conselho tem repercussão. Muitas das cobranças eu faço de forma institucional. Se a resposta for coerente, me dou por satisfeito. Não vou para a imprensa criar tumulto. Em parte, concordo, mas acho que eles poderiam ter feito um pouco mais.


Como você avalia a gestão de Guilherme Bellintani no Bahia?
Avalio de forma honesta. Poderia ser, enquanto candidato que não tem apoio de Bellintani, poderia tratar ele como uma pessoa que deve ficar longe, mas preciso ser honesto. Bellintani tem as qualidades dele, foi Bellintani que trouxe o Grupo City, deixando com dívidas quitadas, alavancou o número de sócios no Bahia e Guilherme tem um defeito em relação ao futebol. Ele poderia ter delegado, até porque ninguém é bom em tudo. Respeitosamente, não é a praia de Guilherme. Mas acho que foi um presidente positivo. Se eu for eleito, apesar dele não me apoiar e de não ter direcionamento dele, já que ele apoia Ferretti, não tenha dúvida de que vou procurar Guilherme Bellintani para ajudar o Bahia.


E o Grupo City?
Como torcedor, óbvio que a gente estava achando que com o Grupo City, iríamos ter resultados fantásticos em campo e eu me encaixo. Mas se você para pra analisar com equilíbrio, isso não é possível, não é o esperado. Tenho certeza que o Grupo City tem história e quando disse para você que essa é a melhor SAF do Brasil, não tenho dúvida nenhuma. Temos o melhor parceiro do mundo e você pode me cobrar. O Grupo City deu certo, a SAF deu certo e o Bahia é um multicampeão do Brasil.

 


Você tem Fernanda Tude como vice na sua chapa. Qual será o trabalho para as mulheres no clube?
O 100% Bahêa é um grupo que tem uma atuação forte. Fernanda Tude, além de mulher, tem alta capacidade. É advogada, empreendedora, conhece o futebol como poucos, tem 15 anos de experiência em associações e o 100% Bahêa tem uma característica de que não fazemos apenas o cumprimento de número mínimo. Sempre colocamos mulheres maior do que o obrigatório e em posição de eleição. Tem grupo que adiciona nas últimas posições. Acho que é simbólico e não admiti retirar essa obrigatoriedade enquanto presidente do Conselho. É assim que nós vamos ampliar. Fernanda Tude vem para trazer a participação da mulher e incluir todas as minorias. O Bahia é um clube do povo, com pessoas de todas as formas e é isso que vamos fomentar e fortalecer no nosso plano de gestão. Pretendo incluir pessoas com deficiência na nossa equipe, também vamos inserir mulheres. Isso vai depender também do orçamento com a nossa gestão, porque temos responsabilidade financeira. O Bahia não é lugar de cabide de emprego. Teremos pessoa com competência técnica e representatividade. Queremos todos e todas com qualificação.

 


Recentemente, a campanha apresentou o projeto de uma grande sede social para receber os associados e conselheiros. Pode falar mais sobre a ideia?
Quem não me conhece viu aquilo ali e ficou se perguntando se vai dar certo. Já quem me conhece diz que realmente. É uma repetição de uma história que já escrevi. Quando eu comecei na Associação dos Amigos do Autista, tinha o sonho da sede própria e muitos diziam que não era possível. E hoje temos um projeto em execução na Estrada do Curralinho, uma sede sendo levantada, com projeto inicial de R$ 14 milhões e hoje R$ 18 milhões com os aditivos. Uma sede de uma associação que não tinha nenhuma renda, vivia sempre uma situação difícil e hoje nós temos uma sede que está sendo construída e será inaugurada no dia 2 de abril de 2024, dia mundial do autismo. 

 

Como reforçar a marca Bahia no Brasil e ao redor do mundo?
É mais um ponto que não fica só na promessa, também fica na minha história. Sou presidente do Conselho Deliberativo que, na reforma estatuária, trouxemos a preocupação com as cores e a marca do Bahia. Se o sócio acessar o estatuto do clube, vai ver que até o código pantone de cor está presente, para garantir as cores e nossa identidade. Nós iremos crescer de dentro para fora, expandir nossa marca. Não conheço um empresário que não queira ligar a sua marca com a do Bahia. O Bahia é muito forte, nossa marca é forte e ela deve fazer parte da sociedade e das pessoas que torcem para o Esporte Clube Bahia.

 


Como pretende colaborar na relação do Grupo City com Federação Bahiana de Futebol (FBF) e Confederação Brasileira de Futebol (CBF)? 
Temos um ex-presidente que teve um relacionamento tumultuado com a CBF e Federação Bahiana de Futebol. Tenho uma rede de relacionamento muito boa e tenho os ídolos ao meu lado. Tenho pessoas que viveram a história do futebol... Além do relacionamento com os gestores do futebol, tenho pessoas que irei me socorrer se eu precisar do apoio. Irei pedir apoio e nos colocaremos à disposição do Grupo City que tem a sua rede de relacionamento. Mas em momento algum vou criar ilusão de que é o presidente que vai definir os rumos do futebol. Ele será um facilitador, alguém que irá intermediar. Sem passar imagem de brigão e conflituoso.

 

Você afirma que os candidatos não devem iludir a torcida sobre o trabalho no futebol, mas o presidente participa de um conselho consultivo no City. Como define essa participação com a SAF?
Não é pequena. É uma grande de administração. O conselho de administração é de quatro pessoas, com uma do Bahia. O representante do City responde por uma pessoa e o presidente da associação na interlocução. É a pessoa que vai dialogar e sabendo que não há conflito de interesse, um passado de empresariado e interesse outros, isso já dá um caminho fluído. A verdade é que por mais que você possa deliberar e opinar, a decisão é de quem tem a maioria das cotas. É importante ter um caminho de bom relacionamento e influenciar positivamente. É levar o sentimento da torcida para dentro desta mesa. Foi que fiz na viagem para Manchester. Encontrei Ferran Soriano e disse o que achava sobre Renato Paiva. Por conta dessa impressão, o grupo tomou essa ou aquela decisão? Não. Mas é diferente da pessoa ouvir minha opinião e pensar 'será que ele pensa isso mesmo ou quer me indicar um técnico?'.

 


Qual é o objetivo para entregar o Bahia em 2026?
Pretendo entregar com patrimônio material e imaterial muito mais forte, robusto, organizado, com direcionamento de crescimento no esporte e mais do que isso: no senso de pertencimento do sócio do Esporte Clube Bahia. Falam que vamos cuidar apenas de 10%. Espero que daqui a alguns anos, a gente possa ter ciência da força do Bahia.

 

Deixe suas considerações finais.
Hoje estou aqui para agradecer a vocês. Sou presidente que você conhece: equilibrado, responsável e que sempre atuou no melhor para o Bahia. Estamos em uma eleição polarizada. Não dê voto para aquele candidato que você sabe que não tem chances. Seu voto pode ser decisivo para que o candidato que não seja o melhor saia vencedor. Vote em Leonardo Martinez porque você terá alguém que quer o melhor para o Bahia, experiência comprovada e que vai lutar para ter o coração tricolor na Diretoria Executiva. 

 

Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias