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Entrevista

Emerson Ferretti valoriza papel do cargo de presidente do Bahia: "É dono do futebol também"

Por Ulisses Gama

Emerson Ferretti valoriza papel do cargo de presidente do Bahia: "É dono do futebol também"
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Ídolo do Bahia dentro do campo por muitos anos, Emerson Ferretti agora quer defender o Tricolor na gestão do esporte. Candidato à presidência do clube pela chapa União Tricolor, o ex-goleiro e hoje comentarista esportivo pensa em fazer uma associação forte para o futuro. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele falou sobre os seus planos e destacou que o papel do mandatário tem muita utilidade, mesmo com o futebol estando nas mãos do Grupo City. As eleições serão no próximo sábado (2).

 

"Então, se você enfraquece a atuação do presidente do Esporte Clube Bahia, você está enfraquecendo o próprio clube. Você está entregando o poder todo ao sócio que é majoritário, ok, mas ele não é dono sozinho e o presidente do clube traz a voz e o sentimento de milhões de torcedores. Olha a importância disso", disse.

 

Com passagem pelo Ypiranga na função de presidente, Emerson destacou que um dos objetivos é fortalecer a marca do Esquadrão de Aço por Salvador. 

 

"Fincar a marca Bahia no coração da Bahia. Pelourinho é o coração da Bahia, é onde todos os turistas do mundo que vêm a Salvador passam e eles vêm todos os patrimônios e materiais da Bahia. Eles vêm o acarajé, a baiana, a música, a capoeira e não veem o Bahia", explicou.

 

O postulante também destacou outras propostoas, além de falar sobre a sua relação dentro da política do clube e uma possível ligação entre ele e o atual presidente, Guilherme Bellintani. Confira a entrevista completa: 

 

Por que Emerson Ferretti é o nome ideal para ser presidente do Bahia?   

Eu tenho falado muito sobre isso. A gente já está em campanha há 20 dias e foi uma preparação de longo tempo. A ideia não surgiu agora. Eu sempre gostei de gestão. Com 17 anos, eu já estava na faculdade de administração em Porto Alegre, só que não consegui me formar porque aos, 20 anos, eu já era goleiro titular da equipe profissional do Grêmio, mas eu sempre gostei de estudar muito. Durante a minha carreira profissional, eu sempre estudei, busquei me informar e me qualificar. Sempre procurei, nos clubes que eu jogava, em especial o Bahia, porque eu tinha uma abertura maior, pelo fato de ser ídolo, então, eu conversava com a diretoria, entendia um pouco mais da gestão do clube e, antes de encerrar minha carreira de atleta, eu voltei para faculdade de administração, em Salvador. Em meus dois últimos anos como atleta, eu frequentei a faculdade. Parei de jogar em 2007 e me formei em 2009. Além da formação em administração, eu sou pós-graduado em gestão esportiva e já fiz vários cursos de especialização de gestão esportiva e gestão do futebol. Fui me qualificando porque eu gosto de estudar e gosto de gestão. A ideia de ser presidente do Bahia eu sempre tive. Enquanto atleta, o Bahia foi o clube que eu me identifiquei, passei a amar, criei uma identificação muito rápida com o clube e com a torcida, e passou a ser um projeto de vida após encerrar minha carreira. Logicamente, eu me preparo para pleitear esse cargo, que é muito importante. Após minha carreira de atleta ser encerrada, eu tive outros trabalhos. Aliás, exerço alguns até hoje. Já faz 15 anos que sou comentarista de rádio e TV aqui na Bahia. E eu fui para prática na gestão com o Ypiranga onde foram oito anos de muito aprendizado. Eu pude botar na prática o que aprendi na faculdade. Tinha o conhecimento teórico fresco e, no Ypiranga, dentro de uma recuperação de uma marca, de uma estrutura física, porque o Ypiranga não tinha nada, a gente conseguiu fazer muitas coisas e, principalmente, salvar o clube de fechar as portas. Essa foi a grande conquista do trabalho no Ypiranga. Hoje, o clube está vivo, reformado, tem patrimônio e isso me credenciou. Fora isso, eu tive trabalhos na Prefeitura de Salvador, na preparação da cidade para a Copa do Mundo, o maior evento esportivo que Salvador já teve, eu acompanhei e ajudei a preparar a cidade. Trabalhei no Governo do Estado, na Sudesb, que é o órgão que cuida do esporte na Bahia e trabalhei no Comitê Organizador da Copa América em 2019, que também veio para Salvador. Então, eu tenho uma larga experiência dentro do universo desportivo, como atleta, como gestor, como imprensa. Para ser exato, são 44 anos dentro do universo do esporte e uma preparação muito longa para hoje estar pleiteando o cargo de presidente do clube que eu amo. Do lugar onde eu escolhi viver. Eu amo a Bahia, nunca escondi isso. Então, une paixões: o Bahia, a Bahia, a gestão e uma preparação para tudo isso.  

 

Desde a cisão entre Bahia SAF  e Bahia Associação, se criaram muitas teorias. Muitas pessoas pensam de várias formas diferentes sobre o presidente da Associação Esporte Clube Bahia. Qual a importância desse cargo além do sentimento que você tem pelo clube?   

Diminuir a participação do presidente eu acho que é pensar pequeno, né? É você entregar o poder todo ao outro sócio.O que aconteceu foi que esse esse ano nasceu o Bahia SAF, que é uma empresa privada e que o Esporte Clube Bahia transferiu todos os ativos de futebol para essa empresa e 90% das ações dessa empresa foram compradas pelo Grupo City, diga-se de passagem, o melhor parceiro que o Bahia poderia ter atraído, porque ele é o maior gestor de clubes do mundo. Então, hoje, nós fazemos parte de um grupo mundial que domina o futebol mundial porque tem 13 clubes ao redor do mundo e com resultados muito relevantes. Daqui a pouco, eu vou trazer  as transformações em todos os clubes que o grupo City entrou como administrador. Então, se você enfraquece a atuação do presidente do Esporte Clube Bahia, você está enfraquecendo o próprio clube. Você está entregando o poder todo ao sócio que é majoritário, ok, mas ele não é dono sozinho e o presidente do clube traz a voz e o sentimento de milhões de torcedores. Olha a importância disso. Olha a responsabilidade de ser a voz, de ser a pessoa que vai representar o clube junto ao sócio, ao parceiro Grupo City no Bahia SAF, que cuida do futebol, que é onde a maioria dos torcedores estão interessados, né? Eles querem ver a bola entrar, querem ver a bola na rede. É isso que o torcedor quer. Então, o torcedor tem que entender isso: o Bahia é dono do futebol também, junto com o City e fortalecer o clube, fortalecer esse presidente é um dos deveres que o torcedor e o sócio têm para a gente poder ajudar o Grupo City a transformar a realidade do Bahia num curto espaço de tempo para que o Bahia volte a ter conquistas relevantes.   

 

 

 

 

A Associação, a partir do ano que vem, começa praticamente do zero. Hoje, a Associação tem somente uma sede administrativa e um setor financeiro onde as coisas estão sendo organizadas. Se fala numa possibilidade de orçamento de quatro milhões a partir do ano que vem, contando já com os dois milhões e meio que são oferecidos pelo Grupo City. Como tornar, já a partir do ano que vem, essa Associação rentável e próspera para o futuro do clube?  

 

Esse é o desafio do próximo presidente. Essa receita que a gente imagina é uma receita básica que dá para manter um trabalho básico de manutenção, de um quadro de funcionários reduzido, de uma sede, mas todos os outros projetos a gente vai ter que buscar receitas em outros lugares para poder executá-lo. Já tem vários caminhos para serem executados, por exemplo: a criação da Fundação, que, logicamente, passa pela aprovação do Conselho Deliberativo, mas a partir do momento de criada a Fundação, você pode receber doações diretas de empresas, de pessoas físicas, você pode fazer parcerias com entes públicos, Prefeituras, Governo do Estado, Sistema S, Ministério Público, Defensoria Pública. Você pode ter patrocínios diretos de empresas. Então, você traz através de projetos bem elaborados e com o braço social que a Fundação vai atuar, você traz recursos para usar na Fundação. Nos projetos olímpicos, da mesma forma. O Bahia hoje não tem nenhuma estrutura física para poder iniciar um trabalho no ambiente olímpico. A gente vai precisar construir do zero. Passa por projetos bem elaborados aprovados, principalmente, nas leis de incentivo federal e estadual, e também passa, logicamente, pela captação de patrocínio. Nós já estamos em contato com uma agência de marketing expert em marketing esportivo de modalidades olímpicas, com quase 20 anos de atuação no mercado e a gente já tem algumas ideias em relação a projetos que a gente já quer iniciar, porque não podemos perder tempo. Logicamente tem algumas modalidades que precisam ter um investimento menor, que são modalidades individuais e podem ser as primeiras a serem absorvidas por esse novo Bahia Olímpico. Mas tem as modalidades coletivas, que demandam maior investimento e que, logicamente, precisam ter projetos e patrocínios por trás. Paralelo a isso, falando de estrutura física para ter as modalidades olímpicas vai ser necessário fazer parcerias tanto com o poder público, Prefeitura, Governo do Estado, como também instituições privadas, como clubes... Porque eles já têm essa estrutura física. Existe estrutura física na cidade que você pode utilizar, mas, logicamente, para o Bahia utilizar e fazer um trabalho de formação de atletas, montagem de equipes, disputa de competições e até criar competições esportivas. Pro Bahia ser um criador de competições esportivas você precisa ter a parceria para usar as infra estruturas, apesar de muita coisa já estar aí na natureza, né? Por exemplo, a gente tem uma orla, uma costa muito grande que você pode ter vela, remo, surf, vôlei de praia. Você tem aí várias modalidades que a natureza já nos beneficiou, gratuitamente, e tem a estrutura física da cidade, com quadras de tênis, quadras de basquete, basquete 3 por 3, quadras de vôlei, ciclismo,  pistas de skates. Tem muitas estruturas que podem ser utilizadas. Eu acho que o Bahia entrando forte no ambiente olímpico vai motivar e fomentar a modalidade olímpica. Outra coisa que a gente precisa para aumentar as receitas é motivar o torcedor a se associar ao clube, com uma comunicação bastante eficiente para que ele entenda que se associando ele está fortalecendo o clube. Trazendo benefícios para o sócio. Uma rede de benefícios que hoje o sócio do Esporte Clube Bahia não tem. A rede de benefícios ficou toda com o sócio torcedor, que pertence à SAF. É trazer para o sócio do clube essa rede de benefícios para motivar o torcedor a se associar. E também quando tiverem modalidades olímpicas, eu acredito que vai motivar o torcedor porque vão ter vantagens em relação a todos esses produtos que podem ser criados com as modalidades olímpicas.   

 

 

 

Existe um mundo de modalidades olímpicas, mas, hoje, a preocupação do torcedor do Bahia, sem dúvidas, é a próxima partida de futebol, o resultado positivo, os três pontos. Isso passa pelo Grupo City, que hoje comanda o futebol do clube. Como você enxerga esses primeiros momentos do grupo City e, caso seja eleito, qual vai ser o seu caminho para fiscalizar e acompanhar o cumprimento deste contrato?   

Primeiro, eu queria destacar, que ficou pendente na última resposta, o trabalho das Embaixadas, de pessoas que moram longe de Salvador, amam o Bahia e também são muito importantes, porque fomentam a marca Bahia, criam novos torcedores, se associam... Tem um movimento fora de Salvador de torcedores tricolores organizados nessas embaixadas que a gente precisa fortalecer também e aproximar o clube deles. É um dos nossos projetos e eles podem ser os nossos olheiros em relação a atletas olímpicos. Podem ser nossos parceiros nessa caminhada também. Falando do futebol, a expectativa criada pelo torcedor, a partir do momento que o Grupo City tomou conta do futebol do clube, foi muito alta e os resultados estão bem aquém. Mesmo ficando na Primeira Divisão, a avaliação vai ser que os resultados esportivos foram aquém da expectativa criada. Como eu sou do futebol, eu entendo que no futebol a gente não aperta um botão e muda uma realidade de uma hora para outra. Pode acontecer, pode, mas não é o comum. É um processo, é um trabalho, que você vai fazendo ajustes, porque erros são inerentes ao processo e você vai fazendo ajustes. Às vezes você trabalha, trabalha, e o resultado vem daqui a dois, três anos, mas vêm, o importante é ter os resultados. Essa expectativa criada foi muito em função do que o Grupo City já transformou, por exemplo, o Manchester City, que é o maior campeão inglês nos últimos 15 anos, que é o período que o Grupo City comanda o Manchester City. São sete títulos ingleses e um da Champions League em 15 anos. Ele transformou a realidade de um clube que fazia 44 anos que não era campeão inglês. O grupo City botou o Melbourne City para ser campeão australiano pela primeira vez em 2021. Fez o Mumbai City ser campeão indiano pela primeira vez em 2021. Fez o New York City campeão pela primeira vez da MLS em 2021. Yokohama Mariners, também, campeão japonês depois de muito tempo e, hoje, o Girona é líder do Campeonato Espanhol, clube que até então era irrelevante no futebol espanhol e, hoje, é líder à frente dos gigantes Real Madrid e Barcelona. Então, essa capacidade do Grupo City de transformar a realidade dos clubes, logicamente, veio para o imaginário do torcedor tricolor e eu não tenho dúvidas que vai acontecer. Só que o primeiro ano é um ano de ajustes. O Grupo City, inclusive, não conhece bem o futebol brasileiro. Está chegando agora. E é daí a importância de ter um presidente que seja oriundo do futebol. E aí eu acredito, que é uma vantagem que eu carrego em relação aos outros concorrentes. Por toda a minha experiência que eu já listei aqui na primeira pergunta. São 44 anos dentro do futebol. Eu conheço o futebol brasileiro. Essa experiência pode ajudar muito nesse trabalho junto ao Grupo City. É um trabalho em conjunto de dois sócios que precisam conversar. É uma experiência que o Grupo City não pode desprezar. Eles têm a expertise, o poder financeiro, mas a gente conhece o futebol brasileiro e a gente conhece o Bahia, a torcida do Bahia. Já fui atleta do clube durante seis anos. A gente junta isso e fortalece o trabalho. É nesse sentido que a gente pensa em trabalhar com o Bahia SAF.   

 

Muito se fala sobre o Bahia ser o mundo, mas pouco se vê o Bahia fora de Salvador, aqui na Bahia, no interior, digamos assim, Eu vejo que você foca também numa interiorização do Esquadrão. Como seria essa interiorização? Como fazer com que esses sócios continuem associados à Associação. Como seria essa estratégia de interiorização do clube?   

O nosso slogan, inclusive, é o Bahia é o mundo, o Bahia é do povo. Até para respeitar a identidade do clube, a essência do clube, de um clube popular. Então, o Bahia é o mundo, mas o Bahia é do povo. E o povo não está só aqui em Salvador, o povo está por toda a Bahia. Inclusive, fora da Bahia. A gente tem muitos torcedores do Bahia em São Paulo, por exemplo. Quando a gente vai jogar lá é impressionante porque tem muitos baianos, mas tem muito simpatizantes também. É impressionante como o torcedor do Bahia ocupa os estádios lá em São Paulo e em outros lugares do Brasil. No interior do estado, logicamente, a gente precisa fazer um trabalho de motivação. Naturalmente, eles já existem, torcedores tricolores, porque eles são baianos e o Bahia é uma das forças do futebol da Bahia, então, naturalmente, já tem, mas, logicamente, que a gente compete com outros grandes times, inclusive do futebol brasileiro e hoje em dia do futebol mundial. A presença do Bahia no interior precisa ser reforçada e, principalmente, o diálogo com as embaixadas. Domingo passado, eu estive em um evento, no segundo Encontro das Embaixadas, um torneio que eles fizeram em Feira de Santana. Participaram oito Embaixadas e a gente teve a oportunidade de conversar com todas elas e ouvir um pouco da demanda. Eu acho que passa, primeiro, por aí. Ouvir as Embaixadas, que conhecem a realidade de cada lugar. A Embaixada de Senhor do Bonfim, de Capim Grosso, de Alagoinhas, de Feira de Santana, de Quixabeira. Eles conhecem a realidade local e podem trazer para nós quais são as necessidades e a partir daí nós trabalharmos juntos. Eu cresci na divisão de base do Grêmio e o Rio Grande do Sul, para mim, é o lugar que melhor trabalha essas questões de Embaixada. Ainda tem a figura dos Consulados lá. Grêmio e Inter são, talvez, os dois times no Brasil que melhor trabalham isso. Toda cidade do Rio Grande do Sul tem a Embaixada do Inter, a Embaixada do Grêmio, o Consulado do Inter, o Consulado do Grêmio e o trabalho deles é muito forte. Eles criam eventos, levam as divisões de base do Grêmio, do Inter para jogar lá. Eles têm atividades culturais, sociais. E essa expertise deles a gente pode trazer. Eu tenho acesso, eu cresci dentro do Grêmio. Eu tenho acesso ao Grêmio, eu tenho acesso ao Inter, ao Juventude, e a gente pode fazer um benchmarking para entender como eles agem, ouvir as embaixadas do nosso interior e adaptar a nossa realidade. Isso precisa ser feito e aí a gente vai estar fortalecendo o trabalho no interior e as embaixadas vão ser um braço do Bahia em cada lugar trazendo novos torcedores, gerando receita, vendendo produtos, criando eventos culturais e sociais, eventos esportivos, com a participação do clube. A gente também pode trazer essas embaixadas para os jogos do Bahia aqui, na Fonte Nova, em algum momento do ano. Fazer com que esse encontro das embaixadas possa ter uma vez no ano em Salvador. Quem sabe disputar um torneio dentro da Fonte Nova, que é onde o Bahia joga. Tem muita coisa boa que pode ser feita, mas, logicamente, a gente precisa, primeiro, entender as necessidades deles. Abrir um canal de comunicação para entender o que eles precisam.   

 

Emerson, a sua chapa é uma união tricolor de alguns grupos políticos e um deles é o Simplesmente Bahia, que é o grupo do atual presidente Guilherme Belintani. Como você avalia a gestão dele e com você encara, de repente, uma possível pecha de continuísmo com a sua candidatura?  

Inclusive, os concorrentes tentam colocar isso. Primeiro, Bellintani teve seus erros, mas eu acho que ele teve muitos acertos na gestão. Ele pegou o clube com 14 mil sócios e está entregando com mais de 50 mil. Ele pegou o clube com 80 milhões de orçamento e está entregando com quase 200 milhões de orçamento. Ele criou a loja, a marca própria, a Esquadrão. Ele criou a loja do clube. Ele criou o museu do clube. Criou o núcleo de ações afirmativas, que encheu de orgulho o torcedor tricolor. Tem muita coisa boa e, talvez, a maior conquista desta gestão foi trazer o maior grupo de gestão de futebol do mundo, que é o Grupo City, para ser parceiro do Bahia. Então, tem muita coisa boa. Eu sou um candidato independente, não sou filiado a nenhum dos grupos políticos do Bahia, eu não fazia parte da política do Bahia até pouco tempo atrás, quando começou a se materializar a ideia da candidatura. Eu precisei me aproximar das pessoas que fazem a política do Bahia, porque qualquer candidato precisa ter uma chapa de 100 conselheiros para poder escrever a sua candidatura. Eu precisava ter acesso às pessoas que fazem a política interna do Bahia e eu não sou filiado a nenhum grupo, como eu falei anteriormente. Eu estou indo com a chapa 123, que é a chapa do Bahia na Veia, que foi o primeiro grupo que entendeu que o Emerson era o melhor nome para concorrer à presidência. Eu conversei com todos os grupos, talvez, eu não tenha conversado só com o 100% Bahia, que desde o início teve Leonardo Martinez como candidato, mas todos os outros grupos, eu conversei, me coloquei à disposição. Fui sabatinado por alguns deles e estou indo com quem entendeu que o Emerson era o melhor nome. E aí são quatro grupos: O Bahia na Veia, a Nova Ordem Tricolor, a Convergência Tricolor e o Simplesmente Bahia, e eu tenho como meu vice, o Paulo Tavares, que foi um consenso desses quatro grupos, que ele seria o melhor nome para compor a chapa comigo, justamente pela expertise dele dentro do Bahia. Ele é um dos dois únicos conselheiros que desde 2013, desde a intervenção, fez parte de todas as gestões, inclusive, foi Conselheiro Fiscal no primeiro mandato de Bellintani. Ele conhece muito bem o clube e todos os números, toda a máquina do Bahia e como ela funciona. Ele vem complementar, além de ser um empresário bem sucedido, que entende muito de gestão, e foi um consenso dos quatro grupos. Eu estou muito satisfeito com a escolha. Bellintani e Vitor, a atual diretoria, não se manifestou, se mantendo neutro até então e, para mim, eu estou feliz porque eu estou indo com gente que acredita no que eu acredito para o Bahia, que é o sucesso da SAF. Eu votei a favor, defendo esse trabalho que foi feito. Vou trabalhar para desenvolver a SAF junto com o Grupo City e quem acredita nisso também tem me apoiado.   

 

Foram oito anos no Ypiranga, entre 2010 e 2017, muito tempo de clube. Qualquer gestor tem os seus erros e os seus acertos. Qual o seu principal acerto, no comando do aurinegro, e qual o seu principal erro?  

 

Eu vou até expandir, qualquer gestor não, qualquer pessoa em todos os momentos da vida profissional, pessoal, com os amigos, a gente erra, acerta. Logicamente que erros acontecem, até pela inexperiência. Eu fui atleta a minha vida toda, apesar de ser formado, foi a minha primeira experiência na prática. Se gestores experientes erram, porque eu, que estava na minha primeira experiência como gestor, não iria errar? Claro que houve erros, mas eu acho que a maior conquista e o meu maior legado no Ypiranga foi ajudar, trabalhar e, talvez, ser o principal elemento desse processo de salvar o clube. O clube estava fechando as portas. O clube não tinha uma caneta, uma bola. O clube não tinha nada. O clube tinha dívidas. A Vila Canária, o seu único patrimônio, seu Centro de Treinamento, já havia sido perdida. E hoje você vê a realidade do Ypiranga completamente diferente. A Vila Canária é do Ypiranga, foi recuperada na nossa gestão. A Vila Canária está reformada, hoje tem um campo de grama sintética, tem refletor, tem arquibancada. É um ‘estadiozinho’ que comporta jogos de pequeno porte. O clube está vivo e essa foi a grande conquista. O clube voltou aos campos enquanto eu era gestor. Quando eu cheguei o Ypiranga fazia 10 anos que não disputava um Campeonato Baiano. A gente conseguiu, sem dinheiro, e sem uma equipe qualificada colocar o time novamente em campo. Isso já foi uma grande conquista também. Mesmo sem estrutura. Tiveram dias que a gente acabou de treinar 6 horas da tarde e não sabia onde ia treinar no outro dia porque a Vila Canária estava numa situação degradada e Salvador é carente de campos de futebol. Essa era a situação que a gente enfrentou no Ypiranga e a gente conseguiu muitas coisas. Inclusive, a gestão é elogiada por, praticamente, toda a imprensa na época. Foram muitas conquistas. Sobre os erros, talvez, a inexperiência, né? Pois eu fui aprendendo com o andamento do trabalho, porque eram muitas situações novas que eu precisava resolver. Eu, como presidente, precisava tomar à frente e resolver. Logicamente, nem todas foram corretas. O maior erro, eu não sei se eu considero um grande erro, mas eu percebi que, nas primeiras conversas, as pessoas achavam que o Ypiranga já tinha fechado as portas e aí eu deduzi que a gente precisa mostrar à sociedade que o Ypiranga está vivo e qual é a melhor forma? Botar o time para jogar, mesmo sem condição, então, já no primeiro ano, a gente botou o Ypiranga para jogar e o torcedor quer os times vitoriosos, mas a gente botou para marcar território, para mostrar para sociedade que o Ypiranga está disputando, então, ele está vivo, porque era muito difícil conseguir apoio, no início, só falando que o Ypiranga não tinha morrido. Eles precisavam ver o Ypiranga jogando uma competição. Então, a gente botou o Ypiranga, nos primeiros anos, sem dinheiro, mas botou só para disputar. E quando você coloca um time em campo, você é cobrado pelo resultado. É que nem um jogador quando entra em campo, às vezes ele está machucado, está com problema em casa, não está bem emocionalmente, mas a partir do momento que ele entra em campo, é cobrado pelo desempenho. Ninguém quer saber se ele está com problema, se ele está dentro de campo, tem que desempenhar. O Ypiranga foi a mesma coisa. Existem cobranças em relação ao desempenho do time de futebol do Ypiranga, mas de pessoas que não conhecem a realidade do clube e a dificuldade de colocar o time em campo, ainda mais de buscar resultados, sem dinheiro.  

 

Como você visa manter os atuais associados junto à Associação? E melhor, como você busca trazer novos parceiros e novos sócios para Esporte Clube Bahia?   

Primeiro, precisa ter uma comunicação muito aberta, muito franca e direta com o torcedor, com o sócio. O clube precisa melhorar. Nem o clube, nem o Grupo City fizeram uma comunicação eficiente neste ano. É um dos pontos fracos que a gente observou. Isso precisa ser melhorado para que o torcedor se sinta pertencente, participativo. A segunda coisa é trazer uma rede de benefícios para o plano de sócios do clube para que o torcedor perceba vantagem em se associar, além de fortalecer o clube, gerar receita, mas que ele tenha vantagem para se associar. E a partir daí, você fazer parcerias. Como eu falei, a gente vai ter parcerias nas modalidades olímpicas. A partir do momento que o Bahia tiver times disputando competições, o engajamento do torcedor é automático. Então, você ter um time de basquete do Bahia, o torcedor tricolor vai ao ginásio assistir. O Bahia faz uma competição de ciclismo, na cidade, o torcedor tricolor que gosta da modalidade vai participar. Se tem um time de vôlei de praia, o torcedor tricolor vai prestigiar. Então, você começa a engajar o torcedor de outras formas. A partir daí, você cria produtos dessas modalidades, comercializa esses produtos. Isso tudo vai gerando receita e vai atraindo parceiros. A marca Bahia é muito forte e tem condição de transformar a realidade olímpica da Bahia. Se trabalhar certo e trazer parceiros, empresas privadas, iniciativa privada, para junto do Bahia e assim potencializar. A marca Bahia precisa ser muito bem explorada, no bom sentido, para potencializar esse trabalho.  

 

Emerson, principalmente nesse começo do trabalho do Grupo City no Bahia, o presidente da Associação e o vice-presidente também, servem como fios condutores das relações com as entidades do futebol, como a CBF, a Federação Baiana. O próprio exemplo disso é a presença do vice-presidente, Vitor Ferraz, em uma reunião com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o Cadu Santoro, diretor, e o CEO do Grupo City, o Raul Aguirre. Como você enxerga o atual momento da relação do Esporte Clube Bahia com a CBF, que é a entidade máxima, e na sua visão, caso seja eleito, como você pretende melhorar essa relação?   

Eu acredito que tudo passa por diálogo sempre. Não é brigando que a gente vai conseguir ter o respeito ou conseguir algumas coisas. Ter diálogo não é baixar a cabeça, não é ser submisso, é se posicionar, mas com diálogo. Você pode se posicionar sem brigar. Então, eu acredito muito no diálogo, se posicionando. A gente tem, hoje, na presidência da CBF um baiano que conhece muito bem a realidade, as pessoas que fazem o Esporte Clube Bahia, que tem uma boa relação com o clube até porque foi presidente da nossa Federação por muitos anos e a gente tem esse canal de comunicação aberto. O acesso à CBF, a Edinaldo, então, isso pode ser feito com muito diálogo sempre. Não é ser beneficiado pela CBF, mas sim ser respeitado. Isso a gente tem que buscar ao máximo através do diálogo e agora, com o Grupo City que é um player internacional, que tem poder, que tem força e que precisa ser ouvido nessa interlocução com a CBF.   

 

Emerson, enquanto jogador você viveu a realidade de um Bahia como clube empresa na parceria com o Opportunity. Eu queria que você trouxesse um relato de como você via o trabalho naquela época e como isso pode ser útil é pro seu trabalho como presidente e, principalmente, na relação com jogadores. Querendo ou não, o presidente vai ter uma presença no setor construtivo do City e vai ter esse relacionamento com atletas. Você que tem uma experiência, tem um diálogo com jogadores, pode ser importante nisso?   

Sim, eu acredito que os jogadores vendo o presidente como sendo um deles. O presidente foi um de nós que já esteve aqui. Eu acho que eles vão criar uma uma aproximação, uma empatia grande em relação a isso. O BASA, que era o Bahia SA, da minha época, tinha um formato diferente do que foi constituído agora com o Bahia SAF e quem comandava o futebol do Bahia não era o pessoal do Opportunity, eram as mesmas pessoas que já estavam. Então, na prática não mudou muito o dia a dia, as decisões. Tinha o dinheiro, essa retaguarda, mas o dia a dia era as mesmas pessoas. Então, não tinha muita diferença. Somente em um ano, em 2004, que parece que o Opportunity tomou mais à frente, colocou pessoas na gestão para poder tomar as rédeas do clube um pouco mais. Era diferente a configuração.  

 

Já existem esportes que vocês estão querendo iniciar na Associação ou eles ainda vão ser estudados?   

O primeiro passo é filiar o Bahia em todas as federações que existem. A gente não tem essa informação ainda, se o Bahia é filiado as variadas federações. Este é o primeiro passo. Filiar também ao Comitê Brasileiro de Clubes, que faz parte do Sistema Nacional do Esporte, recebe verba das loterias, 0.46% das loterias, e essa verba é repassada aos clubes que desenvolvem trabalho olímpico. Então, o Bahia precisa ser inserido nesse meio. A partir daí, iniciar a construção de projetos de modalidades coletivas porque elas demoram um pouco mais, precisam de mais dinheiro. A construção do projeto precisa ser imediata e aí o estudo de viabilidade se vai ser basquete, vôlei, handebol, o que vai ser mais viável, o que pode trazer recursos para o clube, o que pode trazer engajamento para a torcida e o que pode trazer visibilidade e também parceiros comerciais. Qual modalidade dessas coletivas têm maior potencial para trazer essas quatro coisas: parceiros comerciais, visibilidade, receita e engajamento do torcedor. E, logicamente, títulos porque o torcedor quer ganhar sempre, né? E que a gente precisa, quando colocar as equipes, serem equipes competitivas, porque não pode ser colocado só por colocar, o torcedor quer vencer. As modalidades individuais podem ser iniciadas imediatamente. Você pode ter tênis de mesa, um trabalho de formação de atletas de tênis de mesa. É um esporte que demanda muito pouco investimento financeiro e estrutura física mínima. Então, você já pode iniciar um trabalho dentro de uma modalidade olímpica, por exemplo, com o tênis de mesa. Skate, já tem as pistas na cidade. Você faz uma parceria com a Prefeitura e você utiliza a estrutura física que já tem. Surf, já existem vários atletas. Vôlei de praia. Tem modalidades que você já pode começar de imediato e a gente já tem conversado com pessoas desse ambiente olímpico aqui, na Bahia, para que a gente não perca tempo. O boxe já existe um trabalho muito forte aqui na Bahia sendo feito. Por que não o Bahia montar a sua equipe de boxe? Absorver esses atletas que já fazem um trabalho bacana. Nesse primeiro momento, são coisas que não são tão simples assim, mas tem menos dificuldade de acontecer. Então, essas modalidades de imediato já podem ser absorvidas.  

 

Emerson, no seu plano de gestão, você fala em ouvir o torcedor. E, ter um canal aberto, ouvir essas opiniões, ouvir as sugestões do torcedor. O que você tem de plano para, de fato, ouvir o torcedor, receber esse anseio do tricolor que é tão apaixonado e participativo?   

Criar canais de comunicação que sejam fáceis para o torcedor e criar uma equipe de comunicação dentro do Esporte Clube Bahia, que atenda essa demanda. Esse é o primeiro momento. Eu já tenho, junto com Paulo, gente já tem conversado, tendo sucesso na eleição, já parte da gente o contato com as Embaixadas, nos apresentando, nos colocando à disposição, já marcando reuniões para ouvi-las, com as torcidas organizadas, por mais que o Bahia não possa prometer algumas coisas porque a Arena Fonte Nova não é do Bahia, mas a gente precisa ouvir para entender, o que eles precisam, porque daí a gente pode interceder por eles junto a Arena, junto ao Grupo City. São vários players, vários stakeholders do Bahia que a gente precisa ouvir e o torcedor também. É criar esses canais, ouvir e trazer essas informações para que a gente possa, primeiro, responder, porque o torcedor quando entra em contato com o clube e não tem uma resposta, a frustração é muito grande, porque o sentimento é de desprezo. O torcedor se sente desprestigiado, desprezado pelo clube. É tomar um cuidado, e é uma dos nossos pilares, o cuidado com o sócio, o cuidado com o nosso torcedor e para cuidar deles, a gente precisa ouvi-los. Esse é o entendimento. E dizer que eu não vou fazer igual a outros que já fizeram. Primeiro, eu tenho 24 anos de Bahia. Eu sou um cara muito aberto ao diálogo e eu não vou mudar isso depois que eu pegar a caneta do Bahia. Eu circulo na cidade, eu me relaciono com a torcida desde quando eu era goleiro do Bahia, eu falo com as pessoas. Eu não vou mudar porque não vai mudar nada na minha pessoa o cargo que eu vou ocupar. Vou continuar sendo o mesmo Emerson e isso vai para dentro da minha gestão.  

 

Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

 

Emerson, você tem vivido um cenário diferente nos últimos dias. Um cenário de acirramento político em busca desse cargo tão importante, não só para as pessoas que o disputam, mas também pros torcedores que fazem parte da vida deste clube. Como você tem avaliado esse cenário político? Esse momento em que você tem que debater ideias, discutir e também ouvir algumas coisas, como acontece em qualquer campanha.   

É uma novidade para mim essa briga louca, né? E que às vezes esquece de discutir projetos, o futuro do clube, que é o principal objetivo, para desqualificar o outro, o seu concorrente. Isso a gente vê na na macropolítica, nas eleições para presidente do país e acaba se repetindo na micropolítica, porque não deixa de ser uma política. É novo para mim todo esse processo, mas a partir do momento que eu desejei e sonhei em ser presidente do Bahia, eu sabia que eu teria que passar por esse momento. E eu me preparei para isso. Por mais que algumas situações causem estranheza, sejam novas, mas eu me preparei para isso e eu acho que o objetivo final, que é justamente fazer um trabalho, que encha o torcedor de orgulho, vale a pena porque a gente tem um mês de campanha, mas depois vai ter três anos de gestão para poder encher esse torcedor de orgulho. Então, vale a pena você aguentar tudo isso. Até porque você precisa se mostrar, falar de ideias, mostrar que você é capaz, de fazer uma boa gestão, e, logicamente, a campanha é para isso. A gente está querendo mostrar, falar com o torcedor, se mostrar capacitado para poder defender o Bahia novamente. Eu que já fui campeão dentro de campo, já fui capitão do time, levantei troféu de bicampeão do Nordeste dentro do estádio do maior rival. Eu que já senti o que é ser campeão pelo Bahia, quero muito voltar a sentir esse gostinho, não mais dentro de campo, mas de uma outra forma, ajudando o clube a voltar a ser campeão, a ter conquistas relevantes.  

 

Emerson, te agrada a forma como clube vem sendo conduzido depois do closing com o Grupo City?  

Eu entendo que esse ano a prioridade toda foi o fechamento do negócio, que foi realizado em maio. Então, até maio eram necessários os últimos ajustes para que entregasse o Bahia SAF para o Grupo City. A partir daí, poderia, sim, ter iniciado um trabalho do clube já preparando para a próxima gestão. Não foi. Eu não conversei com o Guilherme, nem com o Vitor, para entender o porquê que não aconteceu. Talvez, eles não quisessem iniciar projetos, que talvez o próximo presidente não se interessasse em continuar. Então, eles preferiram deixar para que o próximo presidente, realmente, meta a mão no trabalho. Não que eles não tenham colocado. Como eu falei, a grande conquista deles foi trazer o Grupo City. A gente tem uma sede, hoje, que a gente pensa em trocar, mas não iniciou um trabalho efetivo, poderia ter iniciado, mas foi uma escolha da diretoria e a gente começa o trabalho, sem problema, a partir do momento que for eleito. A gente começa o trabalho e isso não é problema.   

 

Quais as suas considerações finais?   

Eu já deixei bem claro, desde o primeiro momento, as minhas qualificações, o meu preparo de muitos anos, a minha experiência dentro do futebol, são 44 anos, e isso me credencia estar pleiteando esse cargo. Então, eu não caí de paraquedas. Eu me preparei para estar aqui, eu tenho projetos que a gente já construiu, já estamos conversando com pessoas, com instituições que possam fazer com que a gente não perca tempo. Eu sou um amante do futebol, amo o Bahia, amo a Bahia e escolhi aqui para ficar. Sou o primeiro ex-atleta do clube a se candidatar à presidência. É um marco. Pedrinho, a torcida do Vasco entendeu que ele, por toda sua experiência, como atleta do clube no futebol, seria importante. Eu acho que isso abre uma nova era para ex-atletas ocuparem espaços de decisão dentro do futebol brasileiro, dentro dos clubes, e eu venho nesse caminho. Logicamente que a gente precisa se preparar para e eu estou preparado. E eu já defendi o Bahia, o torcedor do Bahia já viu o Emerson. Já se identificou com o Emerson, como um tricolor. A cidade de Salvador já me entregou o título de cidadão soteropolitano, já reconheceu os serviços que eu prestei à sociedade. Já me abraçou, já me acolheu. Eu sou mais um baiano, eu sou mais um tricolor que quer muito ver o Bahia muito forte e eu me preparei para isso. É por isso que dia 2, a gente está confiante que a chapa número 12, que é a minha e de Paulo Tavares, vai poder comemorar para iniciar um trabalho de dignidade, que enche o torcedor de orgulho. 

 

Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias