O Ita&uacute; Cultural divulgou na tarde desta segunda-feira (21) os finalistas do Pr&ecirc;mio &ldquo;Oceanos - Pr&ecirc;mio de Literatura em L&iacute;ngua Portuguesa&rdquo;. As obras dos brasileiros Juli&aacute;n Fuks e Marcelo Rubens Paiva e dos portugueses Jos&eacute; Lu&iacute;s Peixoto e Gon&ccedil;alo M. Tavares tiveram seus romances selecionados. J&aacute; Antonio Carlos Viana e Arthur Dapieve foram indicados por seus contos, enquanto Eucana&atilde; Ferraz, Marcos Siscar, Ana Martins Marques e Nuno Ramos concorrem por poesias. De acordo com o jornal O Globo, o concurso distribui R$ 230 mil, sendo R$ 100 mil para o primeiro lugar, R$ 60 mil para o segundo, R$ 40 mil para o terceiro e R$ 30 mil para o quarto. Os vencedores ser&atilde;o anunciados no pr&oacute;ximo dia 6 de dezembro.

&ldquo;Um pr&ecirc;mio chama mais aten&ccedil;&atilde;o e &eacute; uma oportunidade &oacute;tima para mostrar que a Bahia produz m&uacute;sica t&atilde;o diversa que muita gente nem imagina&rdquo;, foi assim que o maestro da Camar&aacute;, Paulo Rios, definiu a import&acirc;ncia do I Pr&ecirc;mio de M&uacute;sica Contempor&acirc;nea da Bahia, realizado na noite desta ter&ccedil;a-feira (20), na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Rios esteve &agrave; frente do Conjunto de C&acirc;maras da Ufba que <a href="http://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/22355-obra-de-valorizacao-do-cabelo-afro-e-grande-vencedora-do-i-pmcb.html" target="_blank">apresentou ao p&uacute;blico cinco das dez obras premiadas</a> nesta primeira edi&ccedil;&atilde;o. 
 
Sem glamour, pompas nem grande p&uacute;blico, o clima na premia&ccedil;&atilde;o era de pura aprecia&ccedil;&atilde;o das obras. O mestrando em composi&ccedil;&atilde;o, Tharc&iacute;sio Vaz, de 28 anos, aprovou a iniciativa. &ldquo;A gente &eacute; muito carente de ter iniciativas como essa, que &eacute; uma parte muito importante do nosso aprendizado como m&uacute;sico, como compositor&rdquo;, afirma. Vaz, que tamb&eacute;m d&aacute; aulas e comp&otilde;e para trilhas sonoras, acredita que a premia&ccedil;&atilde;o abre um espa&ccedil;o para os compositores. &ldquo;&Eacute; importante ter nossas pe&ccedil;as tocadas, ainda mais num concurso, num pr&ecirc;mio que incentiva a produ&ccedil;&atilde;o. Porque a gente n&atilde;o s&oacute; tem a oportunidade de escutar o que a gente faz, mas de trazer pessoas pra conhecerem&rdquo;, explica. Nessa edi&ccedil;&atilde;o, Vaz n&atilde;o conseguiu inscrever nenhuma obra.

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	Grupo Camar&aacute;, regido pelo maestro Paulo Rios | Foto: Ailma Teixeira/ Bahia Not&iacute;cias
O maestro, que voltou a Salvador s&oacute; para a ocasi&atilde;o, compartilha a opini&atilde;o do mestrando. &ldquo;Pra mim, pessoalmente, &eacute; uma felicidade absurda porque eu tive toda a minha forma&ccedil;&atilde;o como compositor aqui. Participar de um pr&ecirc;mio de composi&ccedil;&atilde;o &eacute; algo maravilhoso, ver as pe&ccedil;as dos meus colegas, dos meus amigos sendo bem trabalhadas&rdquo;, comenta. Rios, hoje, vive no litoral do Piau&iacute;. 
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Com competidores e organizadores satisfeitos com a premia&ccedil;&atilde;o, uma segunda edi&ccedil;&atilde;o do evento seria quase certa, mas <a href="http://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/22319-a-fim-de-aproximar-o-publico-da-musica-erudita-i-pmcb-homenageia-a-axe-music.html" target="_blank">&eacute; preciso financiamento do governo para se concretizar</a>. &ldquo;A gente pensou num projeto cont&iacute;nuo, que todo ano acontecesse, que a gente pudesse contemplar outras tem&aacute;ticas para formar p&uacute;blico e a gente espera que isso aconte&ccedil;a&rdquo;, explica Nathan Ourives, um dos organizadores da premia&ccedil;&atilde;o. Ourives, ao lado de Patrick Andrews, pretende inscrever o projeto em editais p&uacute;blicos. Essa edi&ccedil;&atilde;o, sonhada pelos dois h&aacute; anos, foi financiada pelo Fundo de Cultura do Estado da Bahia.

A Reitoria da Universidade Federal da Bahia sedia na pr&oacute;xima ter&ccedil;a-feira (20), &agrave;s 18h, o I Pr&ecirc;mio da M&uacute;sica Contempor&acirc;nea da Bahia. Organizada pelos m&uacute;sicos Nathan Ourives e Patrick Andrews, o pr&ecirc;mio vem com a proposta de homenagear os 30 anos da ax&eacute; music comemorados em 2015 com a tem&aacute;tica &ldquo;Erudito com Ax&eacute;&rdquo;. &ldquo;A gente tentou fazer esse projeto h&aacute; alguns anos e fomos contemplados em 2014. Aconteceu um atraso na programa&ccedil;&atilde;o cultural e o projeto s&oacute; ia poder ser realizado em 2015, ent&atilde;o veio a calhar a comemora&ccedil;&atilde;o dos 30 anos da ax&eacute; music&rdquo;, afirma Nathan Ourives, 31, doutorando em composi&ccedil;&atilde;o. 
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A complexidade da m&uacute;sica erudita esteve diretamente ligada &agrave; proposta nada espec&iacute;fica de jun&ccedil;&atilde;o com a ax&eacute;. &ldquo;A gente percebe a falta de p&uacute;blico para a m&uacute;sica de concerto, contempor&acirc;nea, erudita em geral. A gente tentou utilizar esse link com a ax&eacute; music para aproximar o p&uacute;blico&rdquo;, justifica. Na rigorosa sele&ccedil;&atilde;o &ndash; as m&eacute;dias entre os finalistas v&atilde;o de 7,67 a 8,18 pontos &ndash; avaliou-se grau de criatividade, originalidade, viabilidade de execu&ccedil;&atilde;o em cinco ensaios, maturidade t&eacute;cnica e clareza de escrita. Al&eacute;m, claro, da rela&ccedil;&atilde;o com a ax&eacute; de livre grau e escolha dos compositores. &ldquo;Tem sempre um rigor alto e cada compositor tem um gosto, uma vis&atilde;o da partitura diferente, ent&atilde;o eles tiveram a possibilidade de criar de acordo com suas prefer&ecirc;ncias&rdquo;, explica Ourives. 
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Apesar de reverenciar &agrave; m&uacute;sica baiana, <a href="http://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/22318-com-obra-sincretica-baiano-celebra-a-axe-music-no-i-premio-da-musica-contemporanea.html" target="_blank">apenas o primeiro finalista do pr&ecirc;mio &eacute; do Estado</a>, fator bem visto pelos organizadores. &ldquo;A gente v&ecirc; com bons olhos ao perceber que a Bahia ainda atrai muita gente de fora. O peruano caiu aqui por quest&otilde;es pessoais, mas o <a href="http://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/22289-chileno-esta-entre-os-quatro-finalistas-do-i-premio-da-musica-contemporanea-da-bahia.html" target="_blank">chileno veio aqui pra estudar</a>, ele procurou um professor daqui. Ele queria estudar na Escola de M&uacute;sica, ela tem uma tradi&ccedil;&atilde;o&rdquo;. <a href="http://Resistência dos cabelos afro é tema de obra no I Prêmio da Música Contemporânea da Bahia" target="_blank">O segundo colocado &eacute; ga&uacute;cho,</a> enquanto o terceiro e o quarto s&atilde;o peruano e chileno, respectivamente. &ldquo;A melhor quest&atilde;o &eacute; fazer esse interc&acirc;mbio cultural&rdquo;, destaca. 
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Com 14 compositores inscritos, Ourives acredita que a edi&ccedil;&atilde;o de estreia teve boa repercuss&atilde;o. &ldquo;A gente achou um n&uacute;mero muito alto se tratando desse tipo de m&uacute;sica porque demos uma instrumenta&ccedil;&atilde;o complexa, porque a forma&ccedil;&atilde;o da Camar&aacute; &eacute; espec&iacute;fica&rdquo;, defende. Dentre as obras habilitadas, 10 foram classificadas para a premia&ccedil;&atilde;o. Os quatro primeiros finalistas, apresentados em s&eacute;rie pelo Bahia Not&iacute;cias, ter&atilde;o suas obras estreadas pelo Camar&aacute;, o Conjunto de C&acirc;maras da Ufba, regido pelo maestro Paulo Rios. As obras tamb&eacute;m ser&atilde;o gravadas e disponibilizadas digital e gratuitamente para todo o p&uacute;blico. As outras seis pe&ccedil;as classificadas ser&atilde;o lidas em ensaio aberto durante a premia&ccedil;&atilde;o e uma delas ser&aacute; premiada com a estreia pelo Camar&aacute;. O p&uacute;blico presente ainda poder&aacute; votar nos compositores para eleger aquele que receber&aacute; a encomenda de uma obra a ser estreada pela Orquestra Sinf&ocirc;nica da Bahia. 
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Com patroc&iacute;nio da Funda&ccedil;&atilde;o Cultural do Estado da Bahia (Funceb), a premia&ccedil;&atilde;o dar&aacute; tr&ecirc;s pr&ecirc;mios em dinheiro, nos valores de 1,5 mil, 3 mil e 5 mil reais. Ap&oacute;s a apresenta&ccedil;&atilde;o do Camar&aacute;, o j&uacute;ri, formado por tr&ecirc;s m&uacute;sicos, vai definir o pr&ecirc;mio dentre as quatro obras finalistas. O evento ser&aacute; aberto a todo o p&uacute;blico, com ingressos distribu&iacute;dos por ordem de chegada no local. Por parte dos organizadores, outras edi&ccedil;&otilde;es da premia&ccedil;&atilde;o ser&atilde;o realizadas. &ldquo;A gente pensa em dar oportunidade aos compositores em in&iacute;cio de carreira pra que eles tenham suas composi&ccedil;&otilde;es tocadas&rdquo;, finaliza.

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