Otto diz que será 'senador vereador' e defende maior distribuição de recursos: 'Brasil não é DF'
Por Rodrigo Aguiar
Foto: Rodrigo Aguiar / Bahia Notícias
Protagonista do evento que formalizou a aliança entre o seu partido e o PT, o vice-governador Otto Alencar (PSD) disse nesta terça-feira (17) que pretende ser um “senador vereador” a partir de 2015, com o objetivo de liderar um movimento em favor da mudança da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e contra a atual distribuição de recursos arrecadados pelo governo federal. “Não há a menor condição de o Brasil continuar com o sistema federativo atual. É uma divisão perversa, que coloca os prefeitos em romaria. O Brasil não é Brasília”, discursou o postulante ao Senado, em evento ocorrido na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Otto contou que já pretendia disputar uma vaga de senador em 2010, quando deixou o posto de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), mas acabou como vice-governador na chapa que reelegeu Wagner, à época pelo PP. O presidente estadual do PSD reiterou ainda que chegou a ser consultado pelo governador sobre sua disposição para concorrer à sucessão este ano. “O governador me perguntou: ‘Otto, posso contar com você?’ Mas eu disse: ‘Não, governador. Saí do tribunal para ser candidato a senador’”, declarou. Ao discursar para um auditório lotado de prefeitos, Otto defendeu que muitos gestores “honestos” têm contas rejeitadas em função de problemas para cumprir as metas da LRF e pediu uma reforma da lei. Ao falar sobre o evento, o vice-governador disse que se tratava de “uma reunião de todos os partidos da base”. Estiveram no local os presidentes estaduais do PR, José Rocha; do PDT, Félix Mendonça Jr.; e do PTB, Jonival Lucas. Caciques do PP baiano, os deputados federais João Leão e Mário Negromonte não foram ao evento, mas foram representados pelos filhos, os deputados estaduais Cacá Leão e Mário Negromonte Jr.