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Wagner garante que não terá ciúmes de candidato e avisa Rui Costa: ‘Não precisa me defender’

Por Sandro Freitas

Wagner garante que não terá ciúmes de candidato e avisa Rui Costa: ‘Não precisa me defender’
Foto: Bahia Notícias
Com a garantia de que não é “ciumento”, o governador Jaques Wagner (PT) afirmou que deu carta branca para o chefe da Casa Civil e candidato ao governo do Estado, Rui Costa (PT), trabalhar a campanha do ano que vem, sem a necessidade de defender o atual governo 24 horas. A promessa é de que ser for questionado sobre eventuais erros ou problemas do Executivo, o escolhido para tentar manter o PT no governo terá a oportunidade de apontar o que pretender fazer para mudar o cenário, caso preciso. “Rui: me esqueça. Não sou ciumento. Se apresente com a sua cara. Sei o que fiz pela Bahia. Apresente o projeto político. Quando baterem em mim por causa da segurança, não venha me defender. É obrigação fazer mais, porque você encontrou a Bahia muito mais organizada”, avisou o governador, em tom de brincadeira, durante o evento organizado pelo novo candidato a deputado federal, Luiz Caetano (PT), na noite desta sexta-feira (29). Enquanto estava na tribuna, o governador destacou inúmeras vezes a importância de ouvir e motivar os militantes, a quem chamou de “vermelhinhos”, com pena de até perder a eleição. “Se o PT deixar de ouvir a base e se acomodar com poder e o ar condicionado do gabinete, nossa história se encerra”, avisou Wagner, que deu o exemplo do ex-presidente Lula. Segundo ele, o cacique-mor da sigla “não seria o que é se não tivesse o exército da militância e o partido para concordar e discordar”. O chefe do Executivo baiano ainda detalhou a passagem de Rui Costa pelo governo, como secretário de Relações Institucionais, quando era incumbido de “levar as notícias ruins”, até chegar a chefe da Casa Civil.
 

Foto: João Lima
 
Wagner também contou que telefonou nesta sexta para a presidente Dilma Rousseff (PT) com o aviso de que o PT baiano tinha um candidato “de alta qualidade”. No entanto, o gestor preferiu não manter o tom de certeza do candidato em relação à vitória no ano que vem, ao argumentou que não gostaria de fazer o “caboclo subir no salto alto”. “Vamos guerrear”, prometeu o governador. Em meio às especulações de que teria forçado a escolha do próprio secretário, assunto que não foi tocado diretamente por ele, o governador sinalizou que a legenda “respeita a liderança, mas não tem medo de chefe”. Ainda durante o discurso, Wagner disparou diretamente contra o DEM, citando a legenda do prefeito ACM Neto e, também, o extinto PFL, enquanto falava sobre a importância de manter as alianças. “Precisamos sentar com outros 11 partidos. Ninguém quer de volta o passado e isso tenho em pesquisas. O marco do PT é que devolvemos ou introduzimos um novo jeito de fazer política.[...] O PFL matava a cidade para dar ordem de chicote: ‘ou vota em mim ou a cidade está mora’. Se o cara [prefeito] ganhou, eu entro e faço obra e ele ainda sobe no meu palanque”, disse o petista, que ainda atacou os antigos gestores, sem citar nomes. “A democracia da Bahia estava no lixo”, criticou.