Vereadores trocam provocações sobre convocação de Mauro Ricardo e ida de grupo a São Paulo
Por Sandro Freitas / Rodrigo Aguiar
Foto: Bahia Notícias
Governistas e oposicionistas discutem de forma acalorada na Câmara de Salvador sobre o requerimento de convite à Casa do secretário municipal da Fazenda, Mauro Ricardo, previsto para ser votado ainda nesta terça-feira (26). O vice-líder do governo na Casa, Léo Prates (DEM), criticou a convocação do titular da pasta para depor ao controlador-geral do Município de São Paulo, Mário Spinelli, que investiga o esquema da máfia do ISS na capital paulista. “Ele é um funcionário da prefeitura de São Paulo, nomeado por Haddad”, discursou o democrata, ao questionar a idoneidade do controlador-geral. Prates ironizou também a ida de vereadores da capital baiana a São Paulo nesta sexta (29), quando o grupo terá uma audiência com Spinelli. “Quem vai a São Paulo em uma sexta-feira próxima do Natal vai para fazer compras na 25 de março. São Paulo não tem nem praia...”, comentou, ao pedir aos oposicionistas que trouxessem “uma lembrancinha para sua filha”. “Se vocês queriam uma explicação, existe e-mail. Ou ninguém sabe usar a internet? Tem telefone também”, acrescentou, em posicionamento da tribuna. Citado, o vereador Everaldo Augusto (PCdoB) rebateu o democrata e disse que o colega estava “debochando da oposição”. “Existia uma quadrilha na prefeitura de São Paulo comandada pelos principais auxiliares de Mauro Ricardo. O controlador é uma pessoa idônea; não é funcionário de Haddad, é da municipalidade. Veio da União e tem currículo para pegar corrupto. Acho que isso é deboche demais com um escândalo de R$ 500 milhões. Com esse dinheiro, dá para comprar 500 ruas 25 de março”, comparou. Para provocar, o petista Arnando Lessa entrou no embate e sugeriu que a oposição rachasse uma passagem para que Prates acompanhasse o grupo a São Paulo.