Senadores do PT cobram julgamento no STF do mensalão tucano

Após a determinação de prisão imediata de 15 dos 25 réus do mensalão, senadores petistas cobraram do Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento do chamado mensalão tucano, que aconteceu na disputa eleitoral de 1998 durante a campanha do PSDB, considerado pela Justiça e pela Polícia Federal o embrião do mensalão do PT, cinco anos depois. O crime ocorreu na tentativa de reeleição a governador de Minas Gerais e hoje deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB), que tinha como candidato a vice o hoje senador Clésio Andrade (PMDB). Os petistas afirmam que a Suprema Corte adotou "dois pesos e duas medidas" ao julgar o mensalão do PT e postergar o julgamento de caso semelhante que atinge políticos do PSDB, ocorrido antes. "O esquema de pagamento de mensalidades foi criado em PSDB em Minas Gerais cinco anos antes. Não tem nem data para julgamento e corre o risco de prescrever. Não se pode ter dois pesos e duas medidas", disse Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que o STF assumiu o "compromisso" de julgar o mensalão tucano, por isso tem que cumprir seu papel. "É um compromisso que eles assumiram de analisar o caso que ocorreu com o PSDB. É natural que isso aconteça. Não dá para ter dois pesos e duas medidas", afirmou. Já o senador Álvaro Dias (PSDB-MG) disse que será "inevitável" o julgamento do mensalão tucano, mas pontuou disse que o esquema não pode ser comparado ao mensalão petista. "O PT querer transformar os fatos em irmãos gêmeos é uma pretensão exagerada. Não há nenhuma semelhança, lá não havia mensalão, mas irregularidades em um processo eleitoral”, finalizou. Informações da Folha de São Paulo.