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Marca Bahia Notícias

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'Não é um processo que em 7 ou 8 horas vai se concluir', diz Wagner sobre conflito em Buerarema

Por Sandro Freitas/ Bárbara Affonso

'Não é um processo que em 7 ou 8 horas vai se concluir', diz Wagner sobre conflito em Buerarema
Foto: Alberto Coutinho/GovBA
As reuniões promovidas nesta sexta-feira (25) pelo governador Jaques Wagner e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com o Ministério Público, órgãos estaduais e federais e produtores rurais do sul baiano para resolver o impasse em torno de terras no município de Buerarema não tiveram resultado prático. Em entrevista coletiva, os gestores anunciaram a elaboração de um plano de segurança para garantir a pacificação da área e informaram que a prioridade no momento é a mediação do conflito. “Nós ouvimos os não índios, produtores. Foram duas horas e meia, três horas, de reunião. Agora, estou vindo com o ministro para conversar com os indígenas e dizer aquilo que a gente pensa. Quem garante a legalidade de qualquer ato é uma sentença definitiva do Poder Judiciário. Temos uma equipe discutindo um plano de segurança, para que a gente garanta a pacificação até que saia uma decisão final – que só será possível da Justiça – ou, se for possível, aquilo que a gente está tentando construir, que é uma mesa de mediação”, explicou o governador, ao pontuar seu sentimento após o encontro com os produtores rurais: “Saio de lá percebendo que os não índios sabem que têm que chegar a um denominador comum. Nós não podemos sacrificar as duas partes com esse ambiente de permanente hostilidade que a gente tem em Buerarema. Isso não é um processo fácil, que em uma reunião de seis, sete ou oito horas vai se concluir.” 


Foto: Sandro Freitas / Bahia Notícias

Apesar de declarar que não considera demorada a ação do governo para intervir na situação, o ministro da Justiça manteve o tom do discurso de Wagner e avaliou necessário “aperfeiçoar nosso plano de segurança”, após o encontro entre técnicos da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança com o secretário estadual de Segurança Pública, Maurício Barbosa. “Recebi tanto produtores quanto índios em Brasília. Após termos conversado em separado em Brasília por diversas vezes, em comum acordo com o governador da Bahia, marcamos para hoje a mesa de diálogo. Mas, antes disso, tínhamos mandado a Força Nacional para que pudéssemos iniciar um processo de contenção da violência e de abuso na região”, justificou. “Na violência, nada se soluciona. Desordem, atos de vandalismo, atos de abuso de qualquer natureza não podem ser tolerados e nem ajudam ninguém resolver aquilo que entende ser seu direito. Os índios, obviamente, querem um rápido desfecho para a demarcação. Os produtores alegam nulidades no processo. Nós vamos avaliar tudo isso com a maior imparcialidade, com o maior equilíbrio, tendo como pressuposto que se fique em paz”, emendou.