Pros vence disputa com Solidariedade por políticos na Bahia, mas perde no Congresso
Por Sandro Freitas
Fotos: Vágner Oliveira / Bahia Notícias | ABr
O prazo para filiação de políticos que ainda têm mandato e que não pretendem se candidatar em 2014, sem correr o risco de perder o mandato, termina nesta sexta-feira (25), um mês após a criação das duas legendas. O Bahia Notícias fez um balanço das migrações de vereadores e prefeitos para as duas novas siglas. No estado, o Partido Republicano da Ordem Social venceu a disputa, mas está em desvantagem quando se trata da representação da Bahia no Congresso. O Pros conseguiu a filiação de 250 vereadores em câmaras municipais baianas, de acordo com o presidente estadual da legenda, Maurício Trindade. O número é bem maior do que os 150 vereadores que ingressaram no Solidariedade, segundo o comandante da sigla na Bahia, Marcos Medrado. No total, a troca de partido envolveu cerca de 8% de todos os vereadores do estado, que tem um total aproximado de 4,5 mil legisladores municipais. Em relação ao número de prefeitos, o Pros também levou vantagem com a filiação de “sete ou oito” gestores municipais, afirmou Trindade. Para o Solidariedade foram “um ou dois”, quantificou Medrado. Os números ainda podem mudar ao longo desta sexta. A troca de partidos entre os administradores representa um porcentual menor do que o de vereadores. Dos 417 prefeitos baianos, cerca de 2% mudaram de legenda. Na capital baiana, vale lembrar que o destaque também foi o Pros, que filiou três vereadores para a base do prefeito ACM Neto (DEM): Ana Rita Tavares, David Rios e Cátia Rodrigues. O Solidariedade arrebatou apenas Geraldo Júnior. Na Assembleia Legislativa da Bahia, nenhum dos dois conseguiu um representante sequer.
Por outro lado, em Brasília, é o Solidariedade quem tem uma bancada baiana mais forte. A legenda conta com três deputados federais pelo estado: Arthur Maia, Luiz Argolo e Marcos Medrado. Já o Pros tem apenas Maurício Trindade, que está licenciado para ocupar o cargo de secretário municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza. Apesar dos números, ambos consideraram o resultado de filiações positivo. Os dirigentes destacam que a maioria delas representou também uma mudança ideológica, já que a maior fatia dos novos integrantes virou a folha ou saiu da base do governador Jaques Wagner (PT) para ingressar no Pros, que milita na oposição, ou então aderiu ao Solidariedade, nova casa dos insatisfeitos com a corrente liderada pela trinca PMDB, DEM e PSDB. No entanto, em números absolutos, a base de oposição ficou mais forte na Bahia, com aumento do grupo ligado ao prefeito soteropolitano ACM Neto, enquanto Wagner reforçou o time na capital do país. No cenário nacional, os dois – por enquanto – seguem na mesma corrente, de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT). Para 2014, a eleição de deputado federal tem até agora dois candidatos baianos do Pros – Ana Rita Tavares e Maurício Trindade –, enquanto o Solidariedade terá quatro postulantes, com a tentativa de reeleição dos três que já estão por lá, além do suplente Manuel Vasconcelos.