Polícia vai ouvir 20 ativistas que participaram da invasão ao Instituto Royal
Foto: Edison Temoteo/ Futura Press/ Estadão Conteúdo
Ativistas que participaram da invasão ao Instituto Royal e retiraram do local 178 cães da raça beagle que serviam a pesquisas científicas foram localizados pela polícia e vão prestar depoimento. As imagens divulgadas pela imprensa e informações passadas por redes sociais ajudaram a identificar aproximadamente 20 suspeitos, que poderão responder por furto qualificado – já que o crime ocorreu no período noturno –, dano e formação de quadrilha. Segundo a Agência Brasil, os inquéritos policiais sobre o caso foram transferidos nesta quinta-feira (24) de São Roque, município do interior paulista que sedia o instituto, para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) do município de Sorocaba. Segundo José Humberto Urban, titular da DIG, as diligências na pequena cidade de menos de 100 mil habitantes ultrapassaram a capacidade da polícia local. “A DIG de Sorocaba conta com contingente maior e vai colocar à disposição do caso”, informou o delegado. Urban declarou que os possíveis maus-tratos sofridos pelos animais não justificariam a invasão e a depredação. Integrantes do movimento Black Bloc, que também praticaram vandalismo, vão ser investigados pela força-tarefa formada pela Polícia Civil, Ministério Público e Polícia Militar. Eles poderão ser enquadrados na nova Lei de Associação Criminosa. De acordo com o inquérito, mais de 100 pessoas participaram da invasão à empresa, mas a investigação deve individualizar condutas. Isso significa separar a atuação dos ativistas e dos membros do movimento Black Bloc.