Prova de vestibular para Medicina na FTC tem respostas grifadas
Por Bárbara Affonso
Foto: Marco Santos
Vestibulandos que faziam a prova de segunda fase para o curso de Medicina da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) tiveram uma surpresa na manhã deste domingo (6), em Salvador. Um dos dois tipos de avaliação aplicados aos estudantes veio com as respostas grifadas. Em contato com o Bahia Notícias, a candidata Lara Kertzman contou que os próprios vestibulandos notaram a falha no exame e alertaram os fiscais da instituição de ensino. “Retiraram as provas do tipo um e falaram que imprimiriam outro material. Demorou meia hora e avisaram que quem fazia o tipo dois também teria que interromper a avaliação”, relatou, ao completar que a FTC decidiu por transferir a realização do vestibular para as 19h desta segunda-feira (7). “Eles avisaram da transferência e disseram que quem tiver passagem marcada vai ter o dinheiro ressarcido”, completou. O pai da vestibulanda, o ex-vereador de Salvador Miguel Kertzman (PPS), chegou a citar o ex-governador da Bahia, Otávio Mangabeira, para se referir ao episódio. “Otávio Mangabeira é nosso grande profeta: pense em um absurdo. Na Bahia, tem precedente”, criticou. De acordo com o político, após a confusão, nos corredores da faculdade, os alunos questionavam qual seria o destino original do gabarito junto às provas impressas para avaliação. "A pergunta que não deixa calar é a seguinte: de hoje até amanhã, os estudantes terão outros dois tipos de prova? O que vem por aí? Um armengue?", questionou. A coordenadora do processo seletivo da entidade, professora Ana Paula Amorim, alega que a FTC já havia solicitado à empresa terceirizada que elabora as questões do vestibular um kit reserva de avaliações, que será utilizado nesta segunda-feira. "Por isso, conseguimos fazer a mudança célere. Houve o cancelamento para garantir a lisura do processo seletivo. Tansferimos a data para termos tempo para organização e para reimprimir as questões. Serão dois novos tipos de prova", explicou. De acordo com a professora, a instituição de ensino ainda apura os motivos da marcação das respostas.