ACM Neto volta a criticar gestão de JH; Transalvador só tinha dinheiro para 8 meses
Por Sandro Freitas
Foto: Betto Jr. / Ag. Haack/ Bahia Notícias
Durante a apresentação do orçamento da prefeitura de Salvador para 2014, na tarde desta terça-feira (1º), uma coisa ficou muito clara, apesar de não ter sido dita abertamente. O prefeito ACM Neto (DEM) voltou a criticar a administração financeira feita por João Henrique (PSL), apesar de não citar nomes. Ao destacar o aumento superior a 50% na receita da gestão municipal para o próximo ano e a necessidade de barrar investimentos para controlar as contas, o gestor revelou o tamanho do abacaxi que recebeu do ex-prefeito. No entanto, o secretário municipal de Gestão, Alexandre Paupério, destacou alguns pontos do que foi encontrado pelo atual comando municipal, entre eles: arrecadação superestimada; subdimensão das despesas; alto endividamento de curto prazo; demandas acumuladas de servidores; concursos pendentes na Saúde e Educação; excesso de terceirizações; e gastos com pessoal quase no limite, perto de 48%, enquanto a Lei de Responsabilidade Fiscal permite até 48,6%. Um dos principais exemplos da alarmante situação em que Salvador se encontrava financeiramente no começo do ano é a necessidade de dar um calote temporário. “Se fosse pagar todas as dívidas parava a administração”, indicou Paupério. Outro exemplo negativo da gestão de JH foi o valor estimado para o orçamento da Transalvador de 2013. O secretário de Gestão revelou que o planejamento orçamentário para a pasta só permitia o funcionamento do órgão por oito meses. Para o ano que vem, o orçamento prevê R$ 577 milhões para a Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte, na qual está inserida a Transalvador. Só para o transporte público serão R$ 152 milhões. O prefeito ACM Neto disse que o novo orçamento prevê dinheiro para criação de corredores exclusivos de ônibus, reorganização do trânsito e instalação de semáforos inteligentes na cidade. As ações que envolvem a mobilidade urbana também utilizarão recursos destinados ao urbanismo, que tem verba prevista para 2014 de R$ 1,5 bilhão.