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Marca Bahia Notícias

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Após acordo com parte da oposição, governistas aprovam mudanças no IPTU antes do previsto

Por Rodrigo Aguiar

Após acordo com parte da oposição, governistas aprovam mudanças no IPTU antes do previsto
Com um acordo costurado com parte da oposição, a bancada governista conseguiu concluir a aprovação – com folga e de forma mais rápida do que prevista inicialmente – de alterações no Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), ainda na noite desta quarta-feira (18). Um acerto feito entre o prefeito ACM Neto e cinco vereadores petistas incluiu algumas mudanças no primeiro texto, relativo à atualização da Planta Genérica de Valores da capital baiana, e diminuiu o poder de obstrução da minoria, que contou com o reforço do petebista Edvaldo Brito. Contrário à apreciação imediata do projeto substitutivo encaminhado pelo Executivo, o tributarista pediu vista da primeira proposta, mas não foi atendido pelo presidente da Casa, Paulo Câmara, que alegou seguir o regimento para não deferir o pedido, em regime de urgência-urgentíssima. Diante da negativa, chegou a prever uma judicialização do assunto e classificou a iniciativa do Thomé de Souza como “inconstitucional” e “autoritária”. A comunista Aladilce Souza chegou a argumentar que se tratava de um “outro projeto”. “Creio que, na vida democrática, a legalidade não se esgota em si mesma se não tem legitimidade, que é a transparência”, endossou o petista Waldir Pires.


Foto: Sandro Freitas / Bahia Notícias

Líder do bloco oposicionista, o vereador Gilmar Santiago (PT) chegou a usar a expressão “acordo na calada da noite” para se referir ao acerto feito por integrantes da bancada liderada por ele. Um dos articuladores da combinação, Henrique Carballal (PT) defendeu que a proposta da prefeitura, de “taxar os mais ricos”, não seria tão diferente do que defenderia eventualmente a sua legenda caso estivesse à frente da administração municipal. A matéria teve seis votos contrários – Waldir Pires, Aladilce, Gilmar Santiago, Everaldo Augusto, Hilton Coelho e Edvaldo Brito. Aparentemente cansada de obstruir a sessão, a minoria não discutiu ou criou obstáculos à apreciação do segundo projeto, referente à isenção do tributo. A proposta teve cinco votos contrários. Se posicionaram contra os mesmos vereadores que não referendaram a primeira matéria, com exceção de Brito. Ficam isentos do tributo imóveis com valor venal de até R$ 80 mil e têm desconto de 10% o contribuinte que efetivar o pagamento de uma só vez. Também não precisarão pagar o IPTU creches conveniadas com a prefeitura ou eventos culturais ou desportivos apoiados institucionalmente pelo Município.