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Vereador quer bichos no cinema, segunda sem carne, hashis de metal e proibir empresas gringas

Por Alexandre Galvão

Vereador quer bichos no cinema, segunda sem carne, hashis de metal e proibir empresas gringas
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Você já imaginou chegar em um restaurante na segunda-feira e não poder comer carne ou, em um japonês, usar palitinhos de metal? Já pensou também em como seria ir ao cinema e, antes do filme, ver fotos de animais? Esses são apenas alguns dos projetos do vereador Marcell Moraes (PV), que ostenta com orgulho o título de “300 projetos apresentados” à Câmara Municipal de Salvador (CMS). A ideia da “segunda sem carne”, segundo Moraes, é para se equiparar com a tradicional comida baiana na sexta-feira. “Assim como tem a sexta da comida baiana, pode ter a segunda sem carne”, previu. O edil, que levanta as bandeiras da sustentabilidade e da causa animal, já foi alvo de protestos por parte dos candomblecistas, quando quis proibir o sacrifício de animais em rituais da religião (PLE -1212013) (veja aqui). Mas a polêmica não para por aí. O verde propôs mudanças também em outra tradição milenar: comer com hashi, o tradicional palitinho de madeira da comida oriental. “Só porque é tradição que tem que comer? Por exemplo, quando teve a febre aviária, era tradição comer frango, aí as pessoas teriam que comer ainda assim? Temos que aprimorar as tradições”, questionou, em entrevista ao Bahia Notícias.


Ebós já foram vítimas do ambientalista

A PLE-2462013 dispõe da obrigatoriedade dos estabelecimentos comerciais oferecerem hashi de metal, o que evitaria o tradicional de bambu. O dia de empresas com nomes em outras línguas também podem estar contados. A PLE-427/2013 tem a intenção legislar contra a liberação para negócios estabelecidos no âmbito do Município de Salvador de utilizarem expressões estrangeiras. “Chegue em um shopping e pergunte se as pessoas sabem as traduções dos nomes das lojas? A maioria delas não sabe”, argumentou. As novas gerações, talvez, não aprendam uma antiga cantiga de roda: "Atirei o pau no gato". Moraes pretende ainda que as escolas sejam impedidas de ensinar a música por “incentivar a violência animal”. “Eu recebi o apoio de quase todos os professores, eles já não cantam essa música. Eles cantam de um jeito que não deve atirar o pau no gato, que o gato é amigo", sugeriu. Questionado sobre uma possível rejeição popular aos projetos, Marcell disse ter certeza do sucesso: "Todo mundo aprova”.