Rio: CPI do Ônibus acaba em pancadaria; Justiça suspende formação de comissão

Uma briga entre manifestantes contrários à composição da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro que investigará o transporte público na cidade (CPI do Ônibus) e um grupo de cerca de 15 pessoas, acusadas pelo movimento, de ser miliciano, deixou diversos feridos na tarde desta quinta-feira (22). A confusão ocorreu no intervalo da sessão para o almoço, quando revoltosos atiraram pedras contra os supostos integrantes de grupos paramilitares, que partiram para o confronto, aos socos e pontapés. Por precaução, o comércio próximo ao prédio da Câmara Municipal chegou a fechar as portas. De acordo com reportagem de O Globo, pelo menos dez homens do grupo dos supostos milicianos ficaram refugiados em um prédio da Rua Evaristo da Veiga, em frente à lateral da Casa Legislativa carioca, que foi cercada por protestantes. A entrada do prédio foi bloqueada por policiais militares e a vidraça da portaria foi quebrada por pedradas. Do lado de fora, muitos manifestantes aguardavam a saída do grupo. Os homens conseguiram sair pelos fundos do prédio, que dá acesso à Rua Almirante Barroso, e de lá a PM fez um cordão de isolamento e os refugiados foram resgatados em viaturas policiais. Sete pessoas foram presas na confusão, mas já foram liberadas. Todas pertencem ao grupo que apoia a atual composição da CPI do Ônibus. Também na tarde desta quinta, a juíza da 5ª Vara de Fazenda Pública do Rio, Roseli Nalin, concedeu liminar para suspender a instalação do colegiado. O prazo para apresentar recurso é de 48 horas. A decisão é motivada pelo pedido de vereadores de oposição que questionam a proporcionalidade da composição da CPI dos Ônibus.